PARANORMAIS, RECURSOS TERAPÊUTICOS?
1980/1982
Trabalho do departamento de paramedicina
da
associação brasileira de parapsicologia
Médicos:
Dr.
Raul Pessoa sobral
Dra.
Esther da Fonseca
Dr.
mario maciel
Dra.
glória lintz
paranormais:
AYRES
RONALDO SILVA CALDAS
IVO
BARROS CARUSO
I. INTRÓITO
O
trabalho ora apresentado ao 3o. Congresso
Nacional de Parapsicologia e Psicotrônica é o relato das
observações feitas por uma equipe de médicos, auxiliada
por colaboradores, técnicos de outras áreas e representa
apenas uma primeira coletânea de dados, ainda bastante
incompletos, que parecem, contudo, indicar a atuação de
campos de força de energia vital sobre os processos
biológicos, no mecanismo da melhora e cura de diversas
enfermidades.
A
descoberta dessa energia e desse campo de força, capaz
de restabelecer as condições de saúde e vitalidade de
pessoas enfermas, pode ser encarada, necessariamente,
como uma aquisição nova da ciência e não como uma
contradição a ela, ficando o desafio de sua
comprovação aberto aos pesquisadores que se dispunham a
investigá-la, corajosamente, pois terão de enfrentar o
descrédito de muitos, a crítica severa de outros tantos
e a quase intransponível barreira de certa ortodoxia
fisicalista, que não aceita nada, além das formas
energéticas atualmente conhecidas e estudadas na física
e química.
- Vem
de longe a crença no poder de cura dessa energia vital,
utilizada desde épocas pré-históricas por magos e
curandeiros. Mesclada a crendices populares, chegou aos
nossos dias bastante desacreditada, como um amontoado de
superstições ou práticas místicas ou mágicas, que
afastaram de seu estudo investigadores científicos
conceituados. Este fato, obviamente, vem retardando o
conhecimento de certas verdades subjacentes, escondidas
em seu bojo, que a parapsicologia, como ciência de
fronteira, ora investiga e titula em seus domínios.
- Médicos de todas as épocas desde Hipócrates, com a
sua “VIS MEDICATRIX NATURAE”, acreditaram na ação
curativa dessa energia, sendo provável, como querem
alguns autores, que através do tempo apenas tenham
variado os nomes, pelos quais foi conhecida. Assim, o
mana dos Kahunas da velha Polinésia, o magnetismo animal
de Mesmer, a radiação ódica de Reichenbach, a energia
orgônica curativa de Reich, o poder curativo dos
“passes” nas sessões espíritas, da “imposição das mãos”,
do Johrei e de tantas outras práticas psico-religiosas,
nada mais seriam do que a influência dessa energia
vital, atuando e interagindo sobre os campos de força
correspondentes dos pacientes tratados. Os agentes
capacitados a transmitir essa energia, ou, por meio
dela, atuar nos campos de força dos pacientes, seriam
dotados paranormais que, pela própria natureza e
intensidade de seus campos energéticos teriam essa
capacidade inata, ou desenvolvida através de treinos e
exercícios adequados.
- Ao Departamento de Paramedicina da Associação
Brasileira de Parapsicologia, constituído por médicos
interessados no aproveitamento das novas conquistas do
conhecimento parapsicológico no campo da medicina, cabia
a investigação em duas áreas diferentes: a diagnose, por
meios paranormais e a utilização desses meios com fins
terapêuticos, ou seja, uma ampla possibilidade de
conhecimentos específicos, englobados na generalidade
das duas grandes áreas - psigama e psikapa. Fomos,
entretanto, levados à segunda - ação curativa - deixando
para outra ocasião os estudos sobre a primeira, pois o
acaso nos colocou em contato com dois paranormais,
Ayres Ronaldo Silva Caldas e Ivo Barros
Caruso, dotados de poderes de cura. O primeiro,
espontaneamente, e a titulo gracioso, procurou-nos,
oferecendo-se para ser observado. Acreditava-se capaz
de transmitir “algo” que atuava sobre enfermos,
provocando melhoras ou curas. Algum tempo depois o
segundo paranormal, com grande aptidão em outra área da
paranormalidade, impressionado com o trabalho do
primeiro, testou conosco suas possibilidades,
revelando-se, como o anterior, dotado dessa faculdade
curativa. Para o começo de nosso trabalho tínhamos,
assim, o ponto de partida.
II.
PLANO DE
TRABALHO
1o.
- OBSERVAÇÃO DOS PACIENTES -
Ficou a cargo dos médicos signatários desta monografia,
Esther da Fonseca, Mário Maciel e Glória Lintz
supervisionados pelo chefe do Departamento - Raul Pessoa
Sobral e auxiliados pelas professoras Solange Barandier
Nogueira da Cruz e Rosemonde de Castro Pinto, técnicas
em assuntos educacionais.
2o.
- GRUPOS DE TRABALHO -
Constituíram-se dois grupos, cabendo ao primeiro
acompanhar as aplicações do paranormal Ayres RONALDO
Silva Caldas e ao segundo as aplicações do paranormal
IVO Barros Caruso.
3o. ESTUDO
DOS PARANORMAIS - Eles foram examinados,
apurando-se suas condições físicas, psicológicas e
sociais. Constatou-se que ambos estavam em gozo de boa
saúde física e mental, revelando também bom ajustamento
social.
4o. ESCOLHA
DE PACIENTES - Foram estabelecidas normas,
para a aceitação de pacientes, evitando-se proporcionar
as aplicações em pessoas que estivessem sob tratamentos
médicos, ou de qualquer outra natureza. Assim,
procurávamos evitar que os resultados conseguidos fossem
atribuídos à medicação e não aos efeitos da bioenergia.
Começamos trabalhando em doentes desenganados, com
prognóstico fatal, portadores de neoplasias avançadas,
nas quais as estimativas de sobrevida eram muito
pequenas. Talvez a bioenergia pudesse modificar neles o
tempo de sobrevida, ou o curso inexorável da evolução
fatal. Posteriormente, passamos a experimentar as
aplicações em doentes graves, portadores de doenças para
as quais não existiam tratamentos eficazes. Finalmente,
depois de haver concluído que alguma coisa realmente
mudava, interferia nos processos biológicos do paciente
quando recebia as aplicações, decidimos experimentar
tais aplicações em várias outras doenças, de melhor
prognóstico.
5o.
APLICAÇÕES - CUIDADOS ESPECIAIS
a)
DISTÂNCIA
PARANORMAL-PACIENTE:
Apesar de ser afirmado pelos paranormais que eles podem
atuar à distância, todas as aplicações foram feitas na
presença direta do paranormal e do paciente, mesmo que,
para isso, precisássemos deslocar o paranormal para o
local em que o paciente estivesse acamado.
b)
INTERAÇÕES ENTRE PARANORMAIS:
Para evitá-las os paranormais atuaram em dias
diferentes.
c)
EVITANDO
A SUGESTÃO:
Lidando com seres humanos é muito difícil impedir a
atuação da sugestão. Tomamos as possíveis precauções
para tentar impedi-la. Estamos programando experiências
complementares, fora dos seres humanos, para testar a
ação da bioenergia sem qualquer possibilidade de
sugestão. Abelhas, formigas e ratos após anestesia,
serão divididas em dois lotes, um dos quais receberá
aplicações. A resposta será o tempo de recuperação do
estado de atividade do lote energizado e do testemunho.
d)
NÚMERO DE
APLICAÇÕES:
Em média de 5 a 9, embora alguns pacientes, por
necessitarem recebessem maior número.
e)
INTERVALO
ENTRE APLICAÇÕES:
5 a 7 dias.
f)
ÁREAS
DAS APLICAÇÕES:
Cabeça tórax e abdômen, feitas algumas aplicações com as
duas mãos e outras com uma somente, seguindo as fases
uma seqüência sempre igual, com a duração de cerca de 13
minutos. É bom saber que, enquanto os paranormais
soviéticos fazem aplicações diárias, durante 20 minutos,
nossos dois paranormais limitaram-se a fazer aplicações
bem mais espaçadas, mas isso não inviabilizou a colheita
de bons resultados.
6o. DIAGNÓSTICOS
DOS CASOS: Os pacientes já traziam
diagnósticos firmados por médicos, sendo aceitos também
os exames complementares de que eram portadores,
inclusive os realizados durante a vigência dos
tratamentos. Novos exames, em alguns casos, ficaram a
nosso cargo, para constatar resultados e avaliar a sua
evolução.
7o. CURSO
DO TRATAMENTO: Alguns pacientes ainda estão
em fases iniciais de tratamento, o que torna precárias
as avaliações atuais, podendo haver modificações, até o
final dos tratamentos.
III.
CASUÍSTICA -
Resultados
Dada a
limitação do número de páginas do trabalho, é
impraticável a análise de cada caso; por isso,
sintetizamos num quadro apenas os informes sumários
relativos ao paciente, doença e resultados, abreviados
em siglas: “C” - (cura); “GM” - (grande melhora); “PM” -
(pequena melhora); “SM” - (sem melhora); “A” - (abandono
de tratamento); “CI” - (continua em tratamento); “F” -
(falecimento); “EO” - (em observação).
O
QUADRO SUMÁRIO,
em folha anexa, contém os resultados de cada paranormal
, devendo ser lido antes de prosseguir a leitura do
presente trabalho.
IV.
COMENTÁRIOS SOBRE ALGUNS CASOS
Ficha no.
3R - TUMOR EXPANSIVO DO CÉREBRO:
não houve biópsia, face a localização do tumor, pelo que
a natureza do blastoma não foi apurada. O paciente foi
encaminhado pelo Hospital de Ipanema à Clínica São
Carlos, onde o oncologista Dr. Heleno de Albuquerque
procedeu aos tratamentos adiante mencionados, sendo
firmado o diagnóstico de “blastoma cerebral”. A
tomografia computadorizada de outubro de 1980 revelou:
“lesão expansiva no hemisfério cerebral direito”. Em
meados de dezembro do mesmo ano o paciente já havia
recebido 34 aplicações de cobalto, sem reagir
favoravelmente. Foi então iniciada a quimioterapia com
Citostal. Três meses após, o quarto ciclo de tratamento
estava concluído, sem melhoras. O paciente continuava
com crises convulsivas, não conseguia segurar objetos
com as mãos, caminhando com muita dificuldade, com o
auxílio de uma bengala. Incapacitado para o trabalho,
foi afastado do cargo de laboratorista, que ocupava,
permanecendo em casa quase todo o tempo. Em 8 de maio
de 1981 começou a receber as aplicações de bionergia do
paranormal RONALDO, repetindo-as
semanalmente, até 12 de junho, no total de 5
aplicações. Desde a primeira aplicação as melhoras
começaram a aparecer e, rapidamente, se acentuaram, a
tal ponto que o paciente volta ao trabalho, sentindo-se
bem e praticamente curado. Em fins de outubro foi
repetida a tomografia computadorizada, cujo laudo, para
surpresa geral, revelou o desaparecimento da lesão
tumoral, permanecendo apenas uma pequena área de baixa
densidade, não captante de contraste, ou seja, o
vestígio cicatricial do tumor curado. Como seqüela, o
paciente apenas claudica com a perna esquerda. O Dr.
Heleno de Albuquerque, em nosso Instituto, confirmou sua
opinião de que o caso representa uma cura
extraordinária.
Ficha no.
15-R - APLASIA MEDULAR: Trata-se de
doença sem tratamento curativo eficaz, salvo o
transplante de medula óssea que, é discutível e
perigoso, dada a freqüente ocorrência de rejeição do
enxerto e morte do enfermo. Nosso paciente vinha doente
e em tratamento há cerca de dois anos. Trabalhava como
mecânico de motores Diesel, na FIAT, sendo por isso
obrigado a aspirar, freqüentemente, ar viciado em
componentes tóxicos dos gases expelidos pela descarga
dos motores. Sentia-se fraco, cansado e estava ficando
muito pálido. No Serviço Médico da empresa fez diversos
exames, chegando os médicos, afinal, ao diagnóstico de
“hipoplasia medular”. Não tinha mais condições de
trabalhar, sendo afastado do serviço. Iniciando o
tratamento, a intensa anemia obrigava a freqüente
reposições sangüíneas, através de transfusões. Os
exames laboratoriais, repetidos freqüentemente, no
Serviço de Hematologia, em que o paciente se achava
matriculado, revelavam valores baixíssimos. Assim, o
hematócrito (valor globular de 100 ml de sangue total),
que no homem normal se situa em 47%, com variações para
+/- 5, no paciente descia a valores incrivelmente
baixos: até 13%, só se elevando a 17 e 19% após as
transfusões, caindo, progressivamente, durante dez dias
seguintes a 13 e 14%. No quadro, em anexo, podemos
acompanhar as variações do hematócrito, do número de
leucócitos, bem como as reposições efetuadas no período
de tratamento. Infelizmente não tivemos informações
sobre a evolução do número de plaquetas1 que,
inicialmente, estava muito baixo: 40.000/mm3;
como se sabe, a taxa normal é de 150.000 a 400.000/mm3.
Iniciamos o tratamento com bioenergia, do paranormal
RONALDO, em 6 de janeiro de 1982, tendo sido
feitas 10 aplicações. Como se pode ver, nesse quadro, o
paciente necessitou de transfusões de sangue somente até
8 de fevereiro, já apresentando, a seguir a elas,
hematócritos bem mais elevados. De 8 de fevereiro para
cá, mesmo sem transfusões, o hematócrito continuou em
ascensão, chegando a 40% em maio e 44% em junho. Não há
mais sintomas, estando o paciente “clinicamente
curado”. Este caso também pode ser considerado
“extraordinário”.*
(1)
Em
maio de 1982 a contagem de plaquetas apresentou
resultado de 210.000/mm3. Em maio de 1982 o
hematócrito ascendeu a 45%.
Ficha no.
5-I - TENOSINOVITE, TENDINITE, BURSITE E NÓDULO
NO SEIO: Destacamos esse caso, porque deixa
entrever que a bioenergia atua de forma global. Havia
cerca de dois anos que a paciente vinha apresentando
toda a região do cotovelo e antebraço direito inflamado,
com dores fortes, exacerbadas durante a noite.
Impotência funcional quase total, não conseguia levantar
objetos, nem dirigir automóvel, pois todo e qualquer
movimento com o membro superior direito agravava a dor.
Fez três infiltrações na articulação, que nada
adiantaram, continuando com dores intensas. A 25 de
março de 1982 começou as aplicações de bioenergia do
paranormal IVO, totalizando até esta data
9 aplicações. Desde a segunda as dores foram se
atenuando até desaparecerem totalmente. Também uma
atrofia muscular que vinha se acentuando no citado
antebraço e um nódulo duro que estava crescendo em seu
seio esquerdo desapareceram totalmente.
Ficha no.
23-R - HIPOTONIA MUSCULAR GENERALIZADA:
O caso desta menina vem desde 1975, quando começou a ter
dificuldade de caminhar; depois, de manter-se de pé e, à
medida que aumentava a hipotonia muscular, seus sintomas
foram se agravando até não conseguir mais mexer-se, seu
corpo tornou-se arqueado, recurvando-se para a frente e
seus músculos revelavam pronunciadas atrofias. A
biópsia feita em tecido muscular, o eletrodiagnóstico de
excitação dos membros inferiores e o quadro clínico
levaram ao diagnóstico de “hipotonia muscular
generalizada”, confirmado em 1978 pelo Dr. Antonio Marmo
Campos. Todos os tratamentos tentados não deram
resultados, através de vários anos, ficando a paciente
com as pernas totalmente paralisadas e o tórax pela
hipotonia muscular, com acentuada curvatura para a
frente. As aplicações de bioenergia do paranormal
RONALDO começaram em 20/04/82, no domicílio
da paciente, sempre assistidas por dois médicos amigos
da família. Após a quarta aplicação, em 11/05/82,
começaram a surgir melhoras, que foram se acentuando
cada vez mais. Em 01/06/1982 a paciente já consegue
sentar-se, mover as pernas e mantê-las esticadas.
Colocada de pé já consegue equilibrar-se sozinha. Os
músculos das pernas estão bem mais rígidos. Quando
deitada já pode levantar o tronco e permanecer sentada.
A coluna revela menor curvatura do que antes. Quando
apoiada, a menina pode até ficar de pé por uns 15
minutos, equilibrando-se bem. O que dizer deste caso
com tão surpreendente melhoras?
V.
CONCLUSÕES
1o. NEOPLASIAS
MALIGNAS - Nos seis casos de neoplasias
malignas (fichas nos. 4-R, 9-R, 13-R,
18-R (RONALDO), 7-I e 8-I (IVO)),
de prognóstico médico fatal, não foi possível evitar a
morte em quatro casos, mas, parece-nos, é possível
creditar à bioenergia utilizada uma sobrevida maior, em
relação às estimativas anteriores. Assim, no caso da
ficha no. 4-R (RONALDO),
o paciente a quem se atribuía uma evolução rápida e
fatal, no máximo de quinze dias de sobrevida à
laparotomia exploradora, com a constatação da
generalização do neoplasma por todo o abdômen, invadindo
pâncreas, epiplon, intestinos, etc., após o início das
aplicações de bioenergia do paranormal RONALDO,
o paciente apresentou surpreendentes melhoras, com
grande redução das dores e melhora do estado geral.
Seguiu-se uma estagnação. O que é extraordinário,
contudo, é que após quase nove meses da primeira
aplicação, o doente continua vivo, embora em condições
bastante precárias, que não autorizam uma mudança do
prognóstico inicial. Porque está conseguindo esta
inexplicável sobrevivência? O único tratamento tem sido
a bioenergia, já com vinte aplicações. No caso da ficha
no 18-R (RONALDO), de
câncer em estado final, o paciente logrou nas duas
primeiras aplicações, melhora física, tornando-se mais
corado e bem disposto. Viajava seis horas para vir
receber as aplicações de bioenergia do paranormal
RONALDO e não se sentia cansado. O processo
destrutivo era, porém, muito grande e ele não resistiu,
vindo a falecer algum tempo após.
2o. CASOS
DE TUMORES DE NATUREZA NÃO DETERMINADA - As
fichas nos 2-R, 3-R, 10-R, 14-R, 22-R
(RONALDO), e 9-I (IVO)
mostram resultados: curas (2), grande melhora (3), e em
começo de tratamento (1), ainda em observação. Assim, a
bioenergia atuou nos cinco casos estudados.
3o. AÇÃO
NAS DISRITMIAS - Nos casos das fichas nos
1-R e 5-R (RONALDO), houve grande melhora
no primeiro e cura no segundo, voltando o traçado ao
normal, sem nenhum outro tratamento.
4o. INSUFICIÊNCIA
RENAL CRÔNICA - Nos casos das fichas nos
16-R e 19-R (RONALDO) houve apenas
melhoras que podem não decorrer da bioenergia, pois os
doentes estão, ambos, fazendo hemodiálise.
5o. OUTRAS
INDICAÇÕES - Em que doenças a bioenergia
pode beneficiar os enfermos é ainda uma interrogação,
pois é assunto pouco estudado, controvertido, sendo
vagas e incertas as informações sobre ele publicadas.
Decidimos usá-la indiscriminadamente, nos pacientes que
nos procuraram, ou foram a nós encaminhados por outros
colegas. Sem uma conclusão definitiva, parece-nos,
contudo, que quase sempre os pacientes são beneficiados,
em diferentes graus, conseguindo, pelo menos e
aparentemente, uma melhora no estado geral. Não
conhecemos, até o momento, contra indicações.
6o. REVITALIZAÇÃO
CELULAR - A revitalização celular em pessoas
idosas parece também uma possibilidade de grande
interesse. Na Rússia, há estudos e observações sobre
alguns paranormais famosos, entre os quais os Krivorotov,
pai e filho, Alexei e Victor, que vêem sendo submetidos
a testes, na Universidade de Tifliis, na Georgia.
Outros, como Ivanof, um velho de oitenta anos, cheio de
vitalidade, citado como “apoio” energético de Brejnev...
São estudados de forma tão confidencial que apenas
algumas lendas nos chegam sobre eles. Os estudos sobre
o assunto são sumariamente divulgados, através de
livros, revistas e jornais da imprensa não científica.
Não obstante, achamos curioso e digno de registro, o
fato de que as sensações acusadas pelos clientes dos
Krivorotov, tais como calor, dor nos lugares afetados,
sensações de formigamento, ou o fluir de uma corrente
elétrica (bioeletricidade?), etc. também apareceram e
foram registradas, nos pacientes observados, que
utilizaram a bioenergia dos nossos dois paranormais.
7o. SENSAÇÕES
EXPERIMENTADAS - IMPROBABILIDADE DE
SUGESTÃO - Nenhum paciente foi informado
sobre o que poderia sentir, durante as aplicações, para
evitar a possível sugestão. Coincidentemente, todos
experimentaram sensações de calor, forte, fraco ou de
média intensidade, nas regiões afetadas. Algumas vezes
sensações de frio como congelamento, pontadas, fisgadas,
repuxamentos, pressão, arrepios. O paciente de blastoma
cerebral, na primeira aplicação de bioenergia do
paranormal RONALDO, acusou calor forte e
dor, na cabeça à direita (local do tumor). Na segunda
não suportou mais de cinco segundos de aplicação,
afastando a cabeça para o lado esquerdo (oposto ao lado
da lesão). Na terceira sentiu como se algo de
pontiagudo penetrasse em seu cérebro. O paranormal
queixou-se de um “cheiro desagradável”. Na quarta só
houve dores, sem sensações de calor. É curioso
mencionar que em todos os pacientes, essas sensações
sempre diminuiriam e desapareceram com as melhoras dos
sintomas e normalização dos exames, ou a cura, o que
torna improvável a hipótese dessas sensações terem
decorrido de sugestão.
No Hospital da República, da cidade de
Tifliis, pacientes foram escolhidos entre aqueles que
não falavam russo, para evitar o uso da linguagem e
possíveis efeitos sugestivos. Submetidos às aplicações
feitas por Alexei Krivorotov, trinta doentes, portadores
de paralisias pós-operatórias, em braços e mãos, outros
sofrendo de enxaquecas crônicas, dores lombares, etc.
apresentaram resultados positivos, entre melhoras e
curas.
8o. REAÇÕES
SOMÁTICAS DOS PARANORMAIS - RONALDO,
após 8 a 10 aplicações, em diferentes enfermos, sofria a
perda de meio quilo de peso. Seu desgaste físico,
apesar de sua constituição atlética, parece consumir
algo de suas defesas, pois em diversas ocasiões foi
necessário suspender as aplicações de bioenergia, porque
o paranormal ficava vulnerável às infecções, com febre
alta, e quadro clínico que o obrigava a acamar-se.
Fazendo uso de grandes doses de água nos intervalos
entre as aplicações e alimentação especial rica em
proteínas resolveu-se o problema da perda de peso. Com
IVO tal não sucedia, mas ambos, ao dia
imediato de muitas aplicações, acusavam cansaço e
abatimento físico.
9o. RECIPROCIDADE
E INTERAÇÃO - Com relação à possível
recíproca interação dos campos de força do paranormal e
do paciente, vale mencionar uma ocorrência com o
paranormal RONALDO: por duas vezes, ao
fazer a aplicação na paciente da ficha no
17-R, portadora de carcinoma do seio, com lesão aberta,
supurada, causada pela colheita de material para
biópsia, RONALDO sentiu cheiro
desagradável e insuportável, que lhe causou náuseas e
vontade de vomitar. Diante dele, porém, a doente sempre
esteve vestida, não apresentou nenhum cheiro especial e,
só os médicos haviam constatado a lesão, por ocasião do
exame.
10o BIOENERGIA
E CONTROLE CONSCIENTE - De um modo geral os
paranormais, ao fazerem as aplicações, se concentram
conscientemente na sua ação, preferindo locais
silenciosos e com fraca iluminação. Os Krivorotov
acreditam que comandam o processo através da
consciência. No entanto, o paranormal RONALDO,
por nossa solicitação, em diversas vezes, fez aplicações
“pensando em outro assunto”, mesmo conversando,
desviando sua atenção consciente, propositadamente, do
ato que estava praticando, embora, é claro, continuasse
a ter conhecimento dele. Se os dotados de poder de cura
transferem sua própria energia, ou apenas transferem
energia de outra fonte maior, não chegamos a nenhuma
conclusão.
11o. BIOENERGIA
E ACUPUNTURA - Sabemos que, através das
técnicas de acupuntura, é possível reequilibrar o fluxo
de energia do corpo, conhecida pelos chineses como “ch
i”, quando ela está bloqueada. Não poderia a bioenergia
dos paranormais atuar, em nível energético, tornando
esse fluxo livre, ajustando-o dentro dos parâmetros de
equilíbrio? Assim pareceu acontecer, quando gráficos
foram realizados em pacientes, medindo-se as cargas
elétricas colhidas nos pontos da pele, de projeção dos
meridianos, antes e depois das aplicações de
bioenergia. Elas tenderam para a faixa de equilíbrio
dos 12 meridianos, depois das aplicações, quando no
gráfico anterior a elas, revelavam pronunciados
afastamentos. E, “fato curioso”, os gráficos do
paranormal RONALDO, após as aplicações,
mostravam cargas elétricas de nível mais alto. A
energia vital, no processo de transferência para o
paciente receptor, deixa no paranormal doador, marcas
residuais de seu consumo, expressadas no aumento das
cargas elétricas.
12o. BIOENERGIA
E KIRLIANGRAFIAS - As Kirliangrafias também
podem trazer informações interessantes. Assim, na
coleção do Instituto Brasileiro de Pesquisas
Psico-Biofísicas de São Paulo, Kirliangrafias feitas em
doadores e receptores de bioenergia, antes, durante e
depois das aplicações, mostraram a diminuição da
luminosidade e claridade do “efeito corona” no doador e,
aumento no receptor, à medida que as aplicações se
desenvolvem, o que sugere que, o fenômeno flui do mais
alto para o mais baixo nível. Kirliangrafias feitas no
Instituto de Parapsicologia do Rio de Janeiro pelo
professor Mário Amaral, nos dois paranormais estudados e
em pacientes que estavam recebendo bioenergia mostraram
também o mesmo resultado: sensíveis modificações no
efeito corona dos pacientes com aumento da luminosidade
e da espessura e uniformização da faixa de descarga nos
receptores e o inverso nos paranormais, após a
aplicação. Fotokirlians feitas no paranormal IVO,
em estado “alpha”, mostraram aumento da luminosidade e
da largura da faixa luminosa, o que também aconteceu, de
forma bem mais intensa, em fotos colhidas após a
anestesia do dedo médio direito do paranormal. A
anestesia, provavelmente, inibe os mecanismos de
controles naturais do organismo, produzindo aumento da
irradiação. A Kirliangrafia registra, no “efeito
corona”, alterações quantitativas da energia irradiada.
13o. BIOENERGIA
E ORGÔNIO - Reich, em um dos seus
princípios, afirma que a energia orgônica flui do menos
para o mais carregado, o oposto do que ocorre com as
outras formas de energia. Contrariamente, a bioenergia,
ao que expusemos antes, parece fluir do mais para o
menos carregado, numa aparente contradição. Por isso,
pensamos que energia universal (prana, orgônio), no
organismo do paranormal, sofre um processo de
metabolização, assumindo uma condição diferente. Nessa
nova condição, a energia estaria pronta para ser usada,
seria a energia vital propriamente dita, ou bioenergia,
que fluiria, ao contrário do orgônio, do mais para o
menos carregado, como o provam as fotokirlians antes
mencionadas. As rápidas melhoras por nós constatadas,
em alguns casos, decorreriam do fato dessa energia ser
diretamente utilizável, sem necessidade de qualquer
elaboração. Ela atuaria na reativação da função
autoreparadora do organismo receptor, fazendo a
recuperação dos padrões celulares danificados pela
doença. Assim, no caso da “disritmia cerebral grau 3”,
ficha no 1-R (RONALDO),
tratado durante treze anos, sem nenhuma melhora, sem
modificação do traçado do EEG. Após as aplicações de
bioenergia do paranormal RONALDO cessaram
as cefaléias de que sofria a paciente e seu novo EEG
revelou apenas “discreta disritmia”. Assim também, no
caso da “aplasia medular”, a explicação estaria na
regeneração dos tecidos lesados, capacitados de novo,
para o exercício das funções hemopoética, leucopoética e
megacariocítica ou plaquetária. Como, pelo menos, as
duas primeiras funções se modificaram no sentido da
cura, tudo leva a crer que o mesmo ocorreu com a
terceira. Infelizmente não tivemos conhecimento dos
resultados das últimas contagens plaquetárias2,
nem dos mielogramas feitos no Instituto de Hematologia.
Como não só a série vermelha do sangue se beneficiou,
mas também a de glóbulos brancos e, provavelmente, a
plaquetária, pensamos que a ação da bioenergia deve-se
exercer ao nível das células estaminais indiferenciadas
pluripotentes da medula óssea, sendo possível que
estimule também as células já diferenciadas,
unipotentes, as chamadas “commited stem cells”. Estas,
energizadas, receberiam melhor a influência dos fatores
eritropoetina, leucopoetina e trombopoetina, que
orientam as células iniciais para as linhagens
sangüíneas dos eritrócitos, dos leucócitos e das
plaquetas. Só nesses níveis se compreenderia a atuação
da bioenergia nessas três funções essenciais à vida,
como tudo indica ter acontecido.
Nos dois casos antes comentados, sem
tratamentos eficazes na terapia “de massa”, o mecanismo
de cura se ativou pela transfusão energética.
(2)
Em maio
de 1982 a contagem de plaquetas apresentou resultado de
210.000/mm3.
VI.
AVALIAÇÃO
DE RESULTADOS
Confinados, quase exclusivamente, nas relações
paranormal-paciente, por falta de outros recursos,
deixamos de complementar nossas observações com as
medições bioquímicas, traçados de EEG e ECG,
determinação dos valores das variações dos campos
eletrostáticos e magnéticos e outros exames, que
poderiam trazer valiosas informações. Nosso trabalho
ficou limitado a simples observação da evolução dos
casos, sob critérios puramente clínicos. Não dispomos
de dados estatísticos significativos, nem de conclusões
finais, nem mesmo de uma resposta cabal, pois o trabalho
está apenas começado e, tudo ainda por fazer. Alguns
casos, inegavelmente, responderam de forma
extraordinária, surpreendente. Sabemos que a descrença
reinante vai atribuí-los a “falha nas observações”, “à
sugestão”, “a coincidências”, ou mesmo a ação retardada
dos medicamentos utilizados antes. Enquanto isso, os
meios psico-religiosos, o misticismo e o curanderismo aí
estão, crescendo cada vez mais, proporcionando essa
estranha oferta de tratamento em áreas não médicas.
Nessa heterogênea mistura, temos de reconhecer, aparecem
casos de cura, que desafiam explicações não são poucos!
Atribuí-los à “sugestão” é simples demais, nada
explica. É preciso intensificar e fazer pesquisas mais
completas, principalmente, nos meios médicos da
parapsicologia. É preciso conhecer as prováveis
modificações na bio-físico-química e nos processos
psicológicos dos paranormais, que lhes capacitam a
operar com esse poder curativo cuja evidência parece
inegável, em algumas experiências antes relatadas. É
necessário e urgente responder a esta pergunta:
SÃO OS PARANORMAIS UMA ARMA TERAPÊUTICA?