Parapsicologia RJ - Leonardo Sarti

MEUS MOMENTOS COM A CYNDI LAUPER

 

LEONARDO SARTI

 

Relato aqui vários momentos que podem ser considerados coincidência, mas que para mim transcendem para algo mais, devido à quantidade. Também falo de pensamentos que tive e me agarro a alguns “Ganchos” que podem ser considerados fantasias, sobre isto digo que se alguém acredita (ou fantasia) ter Super-Poder, ou que um amuleto o torna invulnerável, esta simples crença pode lhe permitir passar ileso por um tiroteio, ou sobre brasas.

Lembro-me de um professor me contar que um dos maiores jogadores de basquete, assim que fazia uma cesta, se pendurava no aro, e que talvez ele fosse um dos melhores do mundo, não por fazer tantos pontos, que isto talvez fosse uma conseqüência.  Que talvez o que ele realmente gostava era de se pendurar no aro, isto era um “Gancho” (sua fantasia, seu amuleto ou o que lhe dava força).  Então para se pendurar ele precisava fazer o gol.

Sou fã de uma cantora internacional chamada Cyndi Lauper (Cynthia Ann Stephanie Lauper).  Filha de mãe italiana lançou seu primeiro disco solo (She’s So Unusual) em 1983.

1989 Cyndi Lauper viria ao Brasil pela primeira vez.  Eu já era fã dela desde 1983 / 84 e ela sempre me encantou.  Eu não tinha carro nunca havia viajando sozinho e precisava de algum dinheiro para a viagem.

Dois meses antes, minha mãe recebe um valor que me permitiu comprar roupas, maquina fotográfica, etc. Na época escrevi em um diário que foi Mágica.

Ainda foi possível pagar ingressos para dois amigos (que foram comigo) Fernando (meu amigo de infância do Colégio) e Ide (uma amiga de outro colégio).

 NOVEMBRO DE 1989

Fui de Goiânia para ver os Shows da Cyndi Lauper em São Paulo.
Estava no Ginásio do Ibirapuera, junto com o publico, mas não acreditava que era realmente a Cyndi quem estaria ali, parecia ser algo impossível. Mas era realmente ela que cantou ali na minha frente, Linda e Maravilhosa.

Cyndi fez três Shows, nós fomos ao segundo (dia 04 de Novembro de 1989, sábado), resolvi ficar para o Show de Domingo (05/11/1989).  Me perdi o dia todo em São Paulo e nem pude me despedir de meus amigos (que voltaram para Goiânia).  Só voltei para a casa dos tios de minha amiga (onde ficamos hospedados no Bairro da Lapa) depois da meia noite.

Terminados os Shows, Cyndi ia para o Rio de Janeiro e eu voltaria para Goiânia, era dia 06 DE NOVEMBRO DE 1989, SEGUNDA FEIRA.

Eu já havia comprado a passagem de Ônibus para as 19:00 Horas, não tinha pensado em ir atrás dela no Hotel.

Sai de onde estava hospedado e peguei um ônibus para o Centro de Sampa, que eu mal sabia onde era, pois São Paulo é uma cidade bem grande, muito fácil de eu me perder de novo.

Desci em um lugar onde eu achava ser o centro e por curiosidade resolvi perguntar onde ficava a Rua do Hotel onde a Cyndi estava hospedada, acreditando que diriam para mim pegar o Metrô e dois ônibus, quando me informaram que a rua era bem ali, cerca de um quarteirão, fui até lá novamente pensando que o Hotel estaria numa ponta ou outra da tal Rua, que era uma avenida. Entrei em uma banca de revistas e perguntei – ONDE FICA O HILTON HOTEL? Me surpreendi novamente quando o rapaz disse – É ESTE PRÉDIO NA ESQUINA BEM ATRÁS DA BANCA.  Ela estava lá.  (Este era o antigo Hilton e ficava em frente ao Edifício Copan).

Eu curto a Saga de Filmes Star Wars (Guerra Nas Estrelas) que fala sobre uma Força misteriosa que envolve, guia e dá poderes as pessoas que estudam sobre ela, mas nesta época não sabia se era verdade, mas a FORÇA me guiou por uma cidade imensa e me fez descer do ônibus quase na porta do Hotel da mulher que sempre amei.

Consegui um autografo do Baixista Kevin Jenkins.  Fiz vários amigos ali e alguns desses amigos foram comigo de Táxi atrás da Cyndi nos aeroportos. Nós erramos e fomos para Congonhas e depois fomos para Guarulhos onde ela iria embarcar.

Consegui falar com ela de longe, já no setor de embarque.  Disse que eu a amava e pedi para ela voltar e nos dar autógrafos, mas ela já estava embarcando, mesmo assim falou conosco e acenou varias vezes.  Ela é uma Princesa.  Este dia está na minha memória como um dos dias mais felizes de minha vida somado com a visão dos dias anteriores dela cantando na minha frente.

Um desses novos amigos, chamado Lino (que se auto apelidava de BoyBlue, por causa de uma musica dela) conseguiu que seu álbum de fotos fosse até as mãos da Cyndi no Hotel e ela o encheu de autógrafos.  Eu comprei dele um desses autógrafos.

NOVEMBRO DE 1994

Eu estava com 40 graus de febre, fui ao único Show, no Teatro Olímpia, em São Paulo, mas perdi todas as oportunidades para me aproximar dela, não tenho grandes revelações e ainda não prestava grande atenção na FORÇA.

Sempre gostei de Cyndi Lauper desde quando a vi e ouvi suas musicas.  Ela me encantou de uma forma que ninguém, nenhuma mulher jamais conseguiu. Ela me atrai como uma mosca é atraída para a luz.  Eu a admiro como cantora, mulher, mãe etc.  Há momentos em que ela parece desenho animado, como os que eu via, e ela parece que adivinha meus gostos, foi assim quando ela resolveu ser empresaria de Luta Livre, ou quando pensei como seria legal se ela cantasse Another Brick In The Wall (do Pink Floyd), pensei isto anos antes dela cantar em Berlim no Show The Wall.

É comum qualquer fã achar que tem uma conexão com o ídolo, eu não sou do tipo que pensava assim, mas já ocorreram tantas coisas que me levaram a aproximar dela, que não podem mais ficar no campo das coincidências.  Arrisco a dizer que tenho ligação com ela a ponto de sentir a presença dela, e ela comigo, mesmo inconscientemente.  Eu tenho fotos dela espalhados por boa parte de minha casa, até no emprego tenho fotos como papel de parede no computador onde trabalho, e não existe um colega ou amigo que não saiba que sou louco por Cyndi.

Só para constar (seja coincidência ou não) no dia dos ataques de 11 de Setembro de 2001 eu estava no emprego, quando senti uma febre estranha (no momento dos ataques), fui para casa, ligo a TV e assisto a reportagem.  Sempre que tive febre durava o dia todo e às vezes voltava no dia seguinte.  Esta não.  Em algumas horas passou e voltei ao emprego para terminar meu turno, ainda me lembro de um colega (que deve ter ouvido comentário sobre as noticias) me perguntar se estava tendo Guerra.  O que quero dizer é que acho que o fato da cidade onde minha cantora mora estar sendo atacada me atingiu de certa forma.

NOVEMBRO DE 2008 CINCO SHOWS MARCADOS EM QUATRO CIDADES NO BRASIL

14 Anos após a última visita de Minha Princesa e Maior Cantora do Mundo, as coisas foram bem diferentes, já domino melhor a FORÇA, é simples preparar, desejar e conseguir, mas nunca deixar de aprender principalmente com os erros passados.  Fiz uma verdadeira operação de Guerra.  Sabendo que a Cyndi quase chegou aqui em 2007 tive mais um ano para preparações.

A FORÇA comigo é tão grande que assim como aconteceu em 1989, faltando cerca de dois meses para a chegada dela, eu recebi um valor em dinheiro que há anos eu esperava sair.  Foi possível comprar uma maquina nova, roupas, fazer uma revisão completa no Carro.  Desta vez eu não iria de Ônibus.  Os preparativos não acabavam mais, mesmo assim minha fé em mim mesmo se tornou inabalável a ponto de eu chegar à arrogância de perguntar a Cleusa, Chefa da Seção onde trabalho que se por acaso eu conseguisse me aproximar da Cyndi se ela queria que eu desse algum recado.

Ela me disse: DIZ A ELA QUE ELA É MUITO BONITA E QUE É PARA ELA BRILHAR.  Além de camisetas com a foto estampada (levei uma para cada dia) fiz também duas cópias de um desenho que fiz a mão livre anos atrás (1990), levei só as cópias, os originais nunca saíram de minha cidade.

Minha Campanha começou por volta de 23:00 horas do dia 11/11/2008 Terça Feira, foi quando saí de Goiânia, eu mal tinha dormido na noite anterior e meu único suporte era meu amigo Alexandre (Alemão) que mora em São Paulo e que conheci em 1989 na porta do Hotel São Paulo Hilton.  Eu dirigi a noite toda (I DROVE ALL NIGHT, Cyndi tem uma musica com este título) fiquei mais de 24 horas sem dormir e mesmo rouco eu gritava o nome dela bem alto na estrada, como se fosse um grito de Guerra, e isto me deixava mais atento e mais determinado a chegar.

Dia 12/11/2008

Dirigi a noite toda e estava um bocado cansado quando o dia começou, dormi por uma hora (em um posto de gasolina).  Mais revigorado segui viajem.  Ainda na estrada um amigo de infância do colégio chamado Ramon, me liga e diz – FARAÓ (meu apelido do colégio) VOCÊ ESTÁ SABENDO QUE A CYNDI LAUPER VAI FAZER UM SHOW LÁ EM SÃO PAULO???  Eu que estava quase chegando digo – RAMON, EU JÁ ESTOU “LÁ” EM SÃO PAULO.

DIA 13/11/2008 - QUINTA-FEIRA

Fui com meus amigos para o Via Funchal em São Paulo e ficamos na pista cerca de dois metros e meio do palco por quase três horas, fiquei maravilhado com o tamanho do lugar, achei imenso e ainda tinha um segundo andar e camarote.

Quando a Cyndi apareceu fiquei doido, quando ela chegou a minha frente, mesmo rouco gritei o mais alto que pude - CYNDI I LOVE YOU.  Que maravilha ver minha Princesa ali depois de tantos anos.  O som onde eu estava não estava tão bom, estava baixo a ponto de eu ouvir mais o cara cantando atrás de mim do que a própria Cyndi.  Da metade do Show para frente comecei a passar mal com o calor e o aperto de tanta gente isto tudo somado ao cansaço da viagem, minhas fotos saíram quase todas péssimas.  Terminado o Show ficamos ali na pista bebendo água para recuperar e fomos para a garagem VIP onde o meu Carro estava estacionado.

Qual não foi minha surpresa.  O carro da Cyndi (uma pequena Van Preta, não sei a marca) estava estacionado a três metros a frente do meu (eu tenho a foto para provar).  Ela estava de Chapéu coco preto e ficou próxima a porta do carro bem a minha frente, mas com um bocado de seguranças em volta.  Eu chequei a abrir meu Carro e pegar o desenho enquanto tentava bater uma foto dela.  Tive chance para bater dez fotos, ela chegou a olhar para mim, sei que viu meu desenho, ela manteve a pose, mas talvez por ter passado mal na pista, errei os botões da maquina, deixei uma sacola com álbuns de fotografia cair no chão.  Só bati uma foto com a Cyndi entrando no carro, mal dá para ver que é ela.

Dali levamos algumas horas tentando localizar o hotel onde a Cyndi estava. Sabíamos que ficava na outra margem da Marginal Tietê, mas não sabíamos onde. O tempo todo eu havia olhado apenas para um prédio do outro lado da margem do rio e havia muitos edifícios, quando olhei de novo, adivinhe, gritei – OLHA LÁ O HILTON HOTEL.  Não era o mesmo Hilton de 1989 este era o Hilton Morumbi.  Mas a presença dela me atraiu a olhar o Hotel.

Fomos lá e vimos a Cyndi saindo de um restaurante no segundo andar ela acenou para nós, bati duas fotos de longe.  Devia ser umas três da manha e esta ida ao hotel foi muito importante para os dias futuros.  Lá na porta do Hotel eu falei (com meu inglês razoável) com um dos empregados dela chamado George, que segundo os fãs que lá estavam, ele não ajudava ninguém a se aproximar da Cyndi, mas ele tinha um bom papo e ficamos amigos e ele me revelou que a Cyndi não gosta de bater fotos sem maquiagem.  Lá fiz amizade também com um mineiro chamado Luiz que disse não ser fã, mas estava o tempo todo atrás da Cyndi.

14/11/2008 - SEXTA-FEIRA

Fui à porta do Hotel de dia, não encontrei a Cyndi, mas só de estar na mesma cidade que ela fez com que cada momento, mesmo quando eu não a encontrava, fosse os mais felizes de minha vida.  Tenho saudades até do frio que senti quando começou uma chuva fina, só por causa dela.

Esta foi a Sessão VIP também no Via Funchal São Paulo, desta vez havia mesas e a minha era bem próxima ao palco, alem do Alemão havia mais dois rapazes conosco, e um deles chamado Giovane disse que foi ele que entregou a bandeira do Brasil para ela na noite anterior, ele estava com dores pois teve a costela quebrada pela multidão na pista no dia anterior (soube disto depois por E-mail).

Nos não podíamos levantar das mesas, mas eu não resistia.  Quando a Cyndi (cantando Set Your Heart) desceu do Palco e foi para o meio da platéia eu fui atrás (e um dos seguranças foi atrás de mim me pedindo para voltar para a mesa, mas eu não voltei), pretendia dar um abraço nela quando ela voltasse para o palco, mas ela voltou cercada e eu quase toquei no cabelo dela, eu pensei – Puxa perdi a única chance de tocar, nem que fosse à roupa de minha Princesa.  Eu ainda tentei pegar na mão dela no palco no final da música, mas ainda não deu.

Ai entre a próxima musica (Grab a Hold) ela falou algo para os seguranças e veio para o meu lado, Estava cumprimentando alguns fãs quando eu chego e digo – CYNDI, I MAD ABOUT YOU (CYNDI EU SOU LOUCO POR VOCÊ) que também é o nome de uma Série de televisão onde ela atuou nos anos 90.  Ela me dá a mão esquerda e diz – HE KNOW ME (ELE ME CONHECE), eu dei uns seis beijos na mão dela.  A FORÇA está comigo.

Durante o Show pequei nas mãos dela varias vezes e ouve um momento em que ela cantou olhando nos meus olhos e segurando minha mão por um bom tempo, (Pode aqueles olhos verdes olhando nos meus olhos verdes, eu fiquei hipnotizado), eu pude sentir amor nela, amor pelos fãs.  Ela é muito Pura e Linda.

Num desses momentos eu beijei (também com seis beijos rápidos) a mão direita dela, foi quando ela começou a cantar Money Changes Everything, nesta hora um segurança me empurrou, eu estava segurando a mão dela e não posso dar 100 por cento de certeza, por que havia mais fãs em volta, mas dou 90 por cento de certeza que a Cyndi parou o Show por minha causa, e chamou um tradutor no palco para dizer aos seguranças que ela permite que os fãs toquem sua mão, que ela é assim, que é o jeito dela.

Depois disto ACABOU, segurança nenhum voltou a nos incomodar, tocamos nas mãos dela quantas vezes queríamos, acho que só faltou subirmos no palco.  Como eu achei que tudo foi por minha causa digo a meus amigos que minha Princesa veio em minha defesa.

Depois do Show falei com uma moça chamada Miriam que estava vestida de Cyndi Lauper Cover e fomos novamente ao Hotel (havia mais dois carros conosco), mas não a vimos, encontrei o Luiz e falei novamente com o George e encontrei um amigo que conheci também em 1989 chamado Elísio, falei com ele sem me recordar quem era, só soube quem ele era quando cheguei aqui em Goiânia.

15/11/2008 – SÁBADO

De manhã eu e o Alexandre fomos para o Aeroporto de Congonhas ver se localizávamos a Cyndi, mas nada, sai quase chorando do Aeroporto, mas todas as frustrações foram canalizadas para a vitória, pois a FORÇA está comigo. Lá encontramos um outro fã que conhecemos na porta do Hotel, chamado Márcio e que estava viajando para ver Cyndi em Porto Alegre.

Antes de sairmos o Luiz me liga e decide ir conosco para Belo Horizonte onde haveria mais um Show da Cyndi Lauper no Freegells Music, eu mal conhecia o cara e ele apareceu no momento certo para me ajudar.

Dirigi de São Paulo para BH por umas nove horas e meia com o Luiz dando as dicas para chegar até o Show.

Normalmente a Cyndi sempre marca seus Shows aqui no Brasil para as 21:00 horas, nunca após as 22:00 horas.  Em Belo Horizonte ela marcou para as 23:00 horas (a casa abriria as portas às 22:00), eu acredito realmente que minha Princesa marcou este horário só para dar tempo de eu dirigir de São Paulo para Belo Horizonte.
Paramos na porta do Freegells Music com a fila dando a volta no quarteirão.  O Alexandre ficou guardando lugar na fila enquanto eu estacionava o Carro, quando cheguei já havia mais umas cem pessoas atrás do Alexandre, e eu me senti uma espécie de celebridade ali quando varias pessoas ficaram sabendo que segurei nas mãos dela.  Incrível como nos Shows havia tantos jovens com idade por volta de 18 anos.  Tinha muitos veteranos como eu, mas éramos minoria.

O Show ainda atrasou e eu comecei a passar mal na pista (há uns 5 metros do palco), estava bem cansado e sem dormir e comecei a ter câimbras, não estava conseguindo ficar de pé, e comecei a olhar um lugar lá atrás onde pudesse me sentar.  Pensei puxa será que vou desmaiar aqui, corri tanto, me esforcei tanto, vou tentar ficar mais um pouco até ela cantar uma ou duas musicas.

Finalmente por volta de 12:10 da manha (horário de Verão) o Show começou, foi só eu ver Cyndi Lauper e senti uma nova energia revigorante, o mal estar passou na hora, fiquei forte o bastante para agüentar mais umas 20 horas de Show.  Eu estava com um dos desenhos que fiz, e minha intenção era se possível jogá-lo no palco, mas a distância não permitia.

Ela começou com Change Of Heart, o mesmo repertorio dos Shows de São Paulo, mas nenhum Show foi igual ao outro.  Apesar da casa em BH ser menor do que o Via Funchal, o som e a iluminação estavam excelentes.  Ali sim pela primeira vez eu realmente vi Cyndi Lauper. A Cyndi que me encanta cantando com som maravilhoso, eu não sou assim emotivo, mas houve momentos que perdi o fôlego e lagrimas de emoção escorriam no meu rosto.  Ela se superou a cada Show.
E isto não foi um sentimento só meu, quando ela cantou Goonies, a platéia já estava nas mãos dela a um bom tempo.  Houve um momento que ela olhou para a platéia onde eu estava, e eu acho que ela me viu, eu cheguei a acenar para ela.  Atrás de mim havia um casal e a moça (chamada Patrícia) disse para mim – NOSSA, MAS ELA É MUITO BONITA, ELA É BONITA DEMAIS.  Eu virei para ela com o rosto coberto de lagrimas e disse – ELA É A COISA MAIS LINDA DO MUNDO.

Eu tentei filmar boa parte do Show, mas não sabia se filmava ou olhava, queria os dois e queria fotografar também.  Em Money Changes Everything ela elevou a voz acima do teto, deixando a platéia, completamente louca.  Outro momento em que perdi o fôlego foi quando ela começou a cantar I Gonna Be Strong, eu estava filmando e mesmo ao vivo parecia uma cena de um filme lindo (ela não cantou esta em SP) ela ali na minha frente, eu confesso chorei mesmo (até hoje quando revejo o vídeo, perco o fôlego).

Cyndi Lauper é a maior cantora do Mundo.

Eu já assisti a vários Shows de vários artistas, tenho um conhecimento razoável de músicas do mundo todo, portanto saiba que as palavras a seguir são minhas, eu falei para algumas pessoas: Eu nunca vi uma energia tão grande de um artista para a platéia e da platéia para o artista como eu vi ali em BH, durante o Show eu fui sendo empurrado cada vez mais próximo ao palco, era como se o Mundo quisesse se aproximar de Cyndi Lauper.  O motivo de eu dizer que a frase acima é minha se deve ao fato de eu ter visto outro fã (com quem nunca falei) escrever algo semelhante em um Blog, comprovando a afinação de sentimentos dos fãs para a Princesa.

Outra comprovação disto teve haver com o fato de eu ter virado a câmera de lado durante Girls Just Want To Have Fun, e outro fã que postou imagens desta música no You Tube ter feito o mesmo.

Saindo do Freegells Music pude comprovar a educação da Cyndi.  Havia um corredor na calçada feito pela segurança para ela entrar na Van, e os fãs de um lado e do outro gritavam CYNDI.  Ela passou no meio e foi de um lado ao outro quase de fã em fã, pedindo desculpas que não iria parar para dar autógrafos.  Eu estava com meu desenho aberto e quando ela estava dentro da Van eu gritei
 – CYNDI I HAVE A PAINT FOR YOU (CYNDI EU TENHO UM DESENHO PARA VOCÊ), nisto uma moça diz em português para mim – EU ENTREGO PARA ELA.  Ai eu dei meu desenho para esta moça que acho ser Brasileira entregar.

16/11/2008 DOMINGO

Passamos a noite na casa da mãe do Luiz que descobriu onde a Cyndi iria embarcar para o Quarto Show (em Curitiba). Fomos para um dos Aeroportos de Belo Horizonte, chegamos cedo, e eu estava com a outra cópia do desenho que havia entregado.  Eu havia saído de Goiânia com duas canetas (tipo marcador permanente para CD), só que eu não as encontrava entre as malas no Carro.

Eu estava me sentindo um pouco desesperado, afinal não encontramos Cyndi no aeroporto de São Paulo (no dia anterior) e se eu não falasse com ela hoje, talvez nunca mais tivesse outra chance.

O Luiz sempre foi realista, enquanto eu, não gosto de realidade, gosto de fantasia. Houve um momento em que ele me disse (não sei se foi com estas palavras) – Você já beijou as mãos dela, o que mais você quer? Se não der, não deu, aceita a realidade.

Eu não pude aceitar este pensamento que poderia me deixar para baixo.  Eu gritei (não brigando com ele, apenas não aceitando sua visão). – NÃO, EU VOU FAZER O QUE EU QUISER, A FORÇA ESTÁ COMIGO, E REALIDADE NÃO ME INTERESSA, EU SOU FRUTO DA MAIS PURA FICÇÃO CIENTÍFICA.

O Aeroporto imenso, mais parecia um Shopping Center encontrei uma papelaria que por acaso não tinha a caneta que eu queria.  Mas a FORÇA está comigo e eu resolvi usar isto, olhei para as outras lojas e de longe pensei – AQUELA LOJA TEM AS CANETAS QUE EU QUERO. Era uma loja de enfeites (lá do outro lado do Aeroporto) que não tinha nada haver com venda de canetas, mas não é que tinha para uso dos próprios vendedores.  Falei para moça me vende duas, eu pago o dobro do preço. Comprei duas canetas novinhas, eu sou TERRÍVEL.

Fomos para o segundo andar do Aeroporto esperar a Cyndi chegar quando eu senti que tinha que sair dali.  Meus amigos ficaram assustados, o Luiz muito coerente me disse – SE VOCÊ SAIR DAQUI VOCÊ VAI PERDÊ-LA, POR QUE AQUI EU SEI QUE ELA VAI PASSAR, POIS SÓ TEM UMA PORTA DE EMBARQUE, MAS LÁ EM BAIXO VOCÊ NÃO SABE DE QUE LADO ELA VEM, ELA PODE ENTRAR POR ALI, POR LÁ, POR AQUI DE BAIXO, O AEROPORTO É IMENSO.

Ele tinha razão, mas eu tinha que seguir meus sentimentos, e foi isto que fiz desci, deixei meus amigos e outros fãs lá em cima.

E fui tão arrogante que uma vez lá embaixo me sentei em um sofá de costas para a maior parte do Aeroporto, ela poderia facilmente passar atrás de mim sem que eu a visse.  Mas a FORÇA está comigo, de repente eu vejo o George em um quiosque de bebidas bem na minha frente, pensei – SE O GEORGE ESTÁ ALI, LOGO ELA APARECE.  Acabei de pensar e vejo uma Van passando com uma loirinha mais linda no banco de trás parando (em uma rua dentro do Aeroporto para desembarque de malas).

O Aeroporto imenso e ela para bem ali na minha frente. Tentei ligar (duas vezes) para meus amigos lá em cima, mas os telefones não atendiam.

Abri minha camisa revelando uma camiseta com uma foto dela tirada por Paparazzi na porta de um restaurante em New York.

Fui até o George que espantado, me diz (em inglês) – VOCÊ VEIO MESMO? Eu disse a ele – EU ESTOU SUPER CANSADO, DIRIGI QUASE DEZ HORAS, DORMI SÓ DUAS HORAS.

Neste momento o pessoal da Banda passa e a Backing Vocal Elaine Caswell, fala comigo, e eu digo a ela que bati algumas fotos de seu belo sorriso.  Volto a falar com o George sem tirar os olhos da Cyndi bem a minha frente (uns cinco metros), ela estava conversando com um senhor da produção, e com as malas no chão próximo.

Eu digo – GEORGE, EU ACHO QUE EU VOU LÁ FALAR COM ELA, O QUE VOCÊ ACHA?
E ele – VAI LÁ, VÊ O QUE VOCÊ CONSEGUE.

Eu lembrei o que ele me disse (em SP na porta do Hotel) e pergunto – ELA ESTA MAQUIADA?
Ele olha e diz – EU NÃO SEI.  É PROVÁVEL, AQUI NO AEROPORTO.

Eu volto a dizer – EU ACHO QUE VOU LA, O QUE VOCÊ ACHA?

Eu nunca pedi nada a ele, pois me disseram que ele não ajuda ninguém, mas ele diz para mim.

- ESPERA UM POUCO.  E foi lá falar com ela.  Ele volta e diz para mim continuar esperando.
Mais um pouco ELA me chama.  Ela estava de chapéu e óculos escuros (de celebridade incógnita).

Eu já aproximo mostrando o desenho e pergunto a ela – YESTERDAY I GIVE A COPY OF THIS PAINT TO THE GIRL IN THE VAN, DO YOU RECEIVE? (ONTEM EU DEI UMA CÓPIA DESTE DESENHO PARA A MOÇA NA VAN, VOCÊ RECEBEU?).

Ela me disse – YEESS (SIM).

O Sim dela bateu lá na minha alma, eu nunca vi uma voz tão limpa, suave e doce.
Ela pegou o desenho e uma das canetas e foi autografando, enquanto eu dizia o quanto achei que Show do dia anterior foi o melhor que já vi (comparado até com os dela mesma).

Eu também disse a ela – I DROVE ALL NIGHT (que é titulo de uma musica dela) AND ALL DAY, FROM THE MIDLE OF BRAZIL JUST TO SEE YOU (EU DIRIGI A NOITE TODA E O DIA TODO DO MEIO DO BRASIL SÓ PARA TE VER)

Uma observação, eu não disse meu nome, nem a cidade onde moro.

De repente ela diz para um outro empregado que estava atrás de mim – TAKE A PHOTO OF US (TIRA UMA FOTO NOSSA).

Sinceramente eu perdôo quem não acreditar em mim, por que eu estava lá, mas eu mesmo não acredito.  “ELA” MANDOU BATER UMA FOTO COMIGO.  E eu pude ver os dentes dela que me lembraram o Hollywood Smile (Um estilo de sorriso que ela costumava fazer nos anos 80).

O cara pegou minha maquina e quando eu vi aquela coisa mais linda do meu lado, a pessoa que eu mais amei durante toda a minha vida, eu a abracei puxando para perto de mim.

A foto foi batida, e eu pedi para o senhor bater mais uma, pois tinha receio de não ter saído boa.  Ela continuou abraçada comigo, mas ele se recusou e me devolveu a maquina, só que eu a tinha programado para bater três fotos seguidas a cada clique. Saíram três fotos independente dele querer ou não.  Saiu do jeito que eu queria, A FORÇA COMIGO É GRANDE.

Depois da foto, aconteceu algo inusitado, o pessoal da produção foi se afastando e eu fiquei sozinho com ela no saguão do Aeroporto.  E ela ficou ali na minha frente, me dando a maior atenção.

Eu disse a ela – MY BOSS, IS A WOMAN, AND SHE SAYD TO ME SAY TO YOU, “YOU ARE VERY BEAUTIFUL, AND WILL SHINE” (MEU CHEFE É UMA MULHER, E ELA DISSE PARA EU DIZER A VOCÊ, QUE VOCÊ É MUITO BONITA E IRA BRILHAR).

Cyndi Lauper pessoalmente é muito humilde, bem diferente daquele furacão que bota todo mundo para dançar quando está cantando.  E enquanto eu falava, eu a vi olhando minha camiseta.

Ela disse – THANK’S YOUR BOSS (AGRADEÇA A SUA CHEFA).  Sempre com aquela voz doce.

Eu falei com ela de uma forma que nunca falei com ninguém.  Eu estava calmo, bem tranqüilo, acho que falei como se eu fosse um Anjo.

Ai, (eu sozinho com ela) disse – YOU ARE THE MOST BEAUTIFUL THING OF THE ENTIRE WORLD (VOCÊ É A COISA MAIS LINDA DO MUNDO).

Ela – THANK YOU (OBRIGADA).

E eu (bem de frente para ela) continuei – TO ME, YOU ARE LIKE, A GOD (PARA MIM VOCÊ É COMO UMA DEUSA).

Neste momento ela virou o rosto meio de lado e disse – NO (NÃO).

Este não dela dizia mil coisas a respeito do quanto ela é humilde, simples e pura.  Há muitos anos eu a observo e confirmo o quanto ela é maravilhosa.  Sou louco por ela.

Neste momento outra coisa que nem eu acredito aconteceu.  A iniciativa partiu dela, mas eu fui junto como se tivéssemos ensaiado.

ELA ME ABRAÇOU (se não acredita está perdoado).

Enquanto estava abraçado com ela eu vivi este momento intensamente e pensei CARA VOCÊ ESTÁ ABRAÇADO COM A CYNDI LAUPER.  Ela é meio baixinha e eu pude sentir as mãos dela em minhas costas, quase se pendurando em mim.

Em seguida dei mais uns seis beijos no rosto dela.  Foi quando aconteceu a única coisa que eu me arrependo.  Eu comecei a chorar de emoção (acho que poderia falar mais com ela se isto não tivesse acontecido).  Ai ela me disse – DON’T CRY (NÃO CHORE) e correu para embarcar.  Eu ainda disse – GOOD TRAVEL PRINCESS (BOA VIAJEM PRINCESA).

O Alexandre (lá em cima) ainda pegou um autógrafo sem fotos.

Ficamos por ali esperando o Avião dela ir para Curitiba batendo fotos dela já no setor de embarque.  Ainda cheguei a emprestar minha maquina para uma faxineira do aeroporto, (ela não falava inglês) eu disse a ela para apontar para a maquina na frente da Cyndi que de tão educada bateu uma foto com ela lá mesmo no setor de embarque.

Depois voltei para Goiânia feliz da vida.  Entre a primeira vez que falei com Cyndi Lauper de longe no aeroporto de Guarulhos (Cumbica) dia 06/11/1989 até o dia em que ela me deu um autografo eu a abracei e batemos fotos juntos em 16/11/2008 se passaram 19 anos e 10 dias.

Dia 17/11/2008

O Alexandre já estava em São Paulo e ficou agoniado de saber que a Cyndi ainda estava no Brasil e ele não estava assistindo o Show dela.  Comprou uma passagem e vôo até Porto Alegre para ver o último dos cinco Shows, dia 19/11/2008  ainda foi ao hotel e ao Aeroporto atrás dela.

Em Janeiro de 2009 estava navegando pela internet para saber novidades dos Shows na América do Sul quando comecei a me corresponder com uma moça que eu achava ser apenas mais uma fã, até que alguns dias depois entrei em um Blog muito especializado e informativo sobre a Cyndi Lauper que descobri pertencer a esta moça.

O Blog dela hoje se chama THE GREAT CYNDI LAUPER (na época era Cyndi Lauper Shine) e ela é a Bárbara Cardoso.

Eu comentei com a Bárbara que havia falado com Elísio (que estava na porta do Hilton Morumbi) sem saber que já havia falado com ele na porta do outro Hilton de 1989 e que eu não sabia como entrar em contato com ele.  Acredite ou não ela tinha contato com ele e me passou o endereço.

Ainda em 2009 sempre que passava de carro, na porta de uma casa de Show de Goiânia chamada Atlanta Music hall, comecei a sentir vontade de gritar o nome de Cyndi Lauper e eu nunca fiz isto na porta de outra casa de Shows de minha cidade só nesta.

Quase um ano e meio antes de eu saber que Cyndi pretendia voltar ao Brasil, eu cheguei a fazer isto na presença do Ramon, que estava com sua esposa no meu carro, ele alem de gritar junto comigo (foi previamente combinado), agora me serve de testemunha.

Mais ou menos nesta época eu passei alguns E-mails para a Bárbara e para o Elísio falando de meu desejo, se um dia eu visse Cyndi em minha cidade, gostaria que fosse naquele local.  Também contei isto para alguns poucos colegas de trabalho (infelizmente minhas testemunhas estão sumindo aos poucos).

Durante o ano 2010 comecei a ler entrevistas onde ela dizia que gostou do Brasil e que gostaria de voltar, em uma destas entrevistas ela fez um elogio a nós, usando uma frase bem parecida com algumas palavras que eu disse a ela (pelo menos eu achei isto).

Dia 22 de Junho de 2010

(no seu aniversário) ela que sempre foi uma cantora Pop, lança um CD de Blues (Memphis Blues, que ficou 14 semanas em primeiro lugar na parada Billboard), o interessante é que para o Brasil este CD tem uma musica a mais.

Eu pensei bastante nisto.  Cyndi sempre fez algo assim para o Japão, o Brasil nunca foi (digamos) o melhor lugar do mundo.  Ela levou cinco anos para voltar da primeira para a segunda vez, e da segunda para sua terceira vinda ela levou 14 anos, de repente começou a falar em retornar, grava uma música a mais para nós, eu pensei, o que aconteceu nesta última vinda que chamou tanto a atenção dela?  Só teve duas pessoas que percebi que chamaram bastante a atenção, uma foi a Miriam (a Cyndi Lauper Cover), mas ela se destacou junto a reportagens e na Internet. Pessoalmente com a Cyndi eu acho que fui eu, pela forma como eu me fiz presente tantas vezes.  Claro que posso estar redondamente enganado, sei que tem fãs que correm atrás dela pelo mundo, que talvez sejam capazes de loucuras, mas acho que chamei a atenção dela de uma forma diferente, acho que consegui agradá-la.  Talvez nem a própria Cyndi confirmasse isto, mas devo confiar nos meus instintos, então FUI EU.

Em pouco mais de dois anos de sua terceira vinda, Cyndi anuncia sua quarta volta, eu só tive uns quatro ou cinco meses para me preparar.  Durante este período fico sabendo que ela marcou um Show aqui em Goiânia, no lugar onde eu queria, o Atlanta Music Hall.  Alem daqui, foram marcados Shows em Brasília e Cuiabá (ou seja, três na região central do Brasil) Próximos de onde moro, é como se ela estivesse me procurando.  Conversando com o Alexandre (Alemão) por telefone, ele me diz que haverá uma tarde de autógrafos em um Shopping de Sampa, no dia 23/02 (era o único lugar, com exceção dos Shows, onde tive certeza de que poderia encontrar Cyndi).  Programei o GPS com o endereço de lá.

2011 - Começo a desenhar o rosto de Cyndi (a mão livre, olhando uma foto) este seria o primeiro de seis desenhos.

Quando eu tive certeza absoluta que ela viria mesmo ao Brasil, a minha cidade e a casa de Shows que eu queria, comecei a olhar os pôsteres dela na minha casa (e eu tenho fotos que cobrem boa parte das paredes) e falei para mim mesmo – CARA, ELA VEM ATÉ MIM, NA MINHA CIDADE, A FORÇA COMIGO É GRANDE, EU POSSO TUUUUDO.

Eu me fiz um desafio, fazer Cyndi me achar no meio da platéia em um dos Shows. Então anunciei para umas poucas pessoas incluindo a Bárbara (por E-mail e eu tenho uma cópia datada de 03/02/2011) que – SE FOR DO DESEJO DE CYNDI EM CONCORDÂNCIA COM O MEU DESEJO, ELA VAI ME ENCONTRAR NO MEIO DA PLATÉIA, SEJA DO TAMANHO QUE FOR, E VAI SEGURAR NA MINHA MÃO.  Para a Bárbara (no E-mail) eu ainda disse – NÃO DUVIDE, POIS EU SOU O MESTRE DO IMPOSSÍVEL.

Pela terceira vez, faltando agora duas semanas para sua chegada, outro dinheiro que eu aguardava sair, como funcionário público chega as minhas mãos, novamente eu revisei o carro, troquei bateria, pneus, etc.

Eu só achei estranho Cyndi marcar Shows para Fevereiro e não Novembro como ela sempre faz no Brasil, fiquei pensando muito nisto, nos porquês. Apesar de que talvez seja a produção dela quem decida, tenho certeza que ela influencia estas decisões direta ou indiretamente e isto sempre me favorece, se ela viesse em Novembro eu teria dificuldades para ir vê-la.

Quase tudo pronto para a viagem, gravei em uma Pen-Drive (junto com uma cartinha), um filme de um de meus heróis de infância, Therence Hill com Henry Fonda, chamado “Meu Nome é Ninguém”, musicado e produzido por italianos, gravei também alguns toques que fiz anos atrás no teclado (coisa amadora, só para ela ouvir) e outras músicas, incluindo do Maestro Italiano Ennio Morricone.  E especialmente uma música chamada “Porto”, que anos atrás, minha mãe (que era do mesmo signo de Cyndi) chegou a me fazer ir a uma radio gravar, esta foi para Cyndi se lembrar de mim.

Pretendia sair dia 18/02 (numa sexta feira), mal terminei o primeiro desenho (que levei um mês fazendo) comecei o segundo (nestas últimas duas semanas), no dia de viajar ainda estava dando retoques, fui fazer a Xerox para levar (novamente não levaria os originais) e tive que voltar para escurecer mais (havia certos traços, pequenos nuances que não apareciam na cópia).

Tenho contas a pagar que vencem dia 24. 25 e chegam faltando três dias antes, achei que só poderia pagar depois de minha chegada, mas pouco antes de minha saída, olho na caixa de Correios, elas estão lá, paguei pela Internet e viajei tranqüilo.

18/02/2011 SEXTA FEIRA

Sai de Goiânia, iria passar um dia em São Paulo e de lá seguir para o Rio de Janeiro.  Viajei a noite toda (de novo).

19/02/2011 SÁBADO

Cyndi já estava no Recife para o primeiro de oito Shows (achei que era muito longe, apesar de distância, não importar).  Chego a São Paulo, me encontro com o Alemão (que havia comprado meus ingressos pela Internet), ele me leva até a porta do (antigo Hilton) Hotel onde a Cyndi se hospedou em 1989 (que emoção, me lembro de cada momento).

Depois ligo para o Elísio que me diz que estava indo para o Shopping Market Place (era lá que seria à tarde de autógrafos na quarta feira dia 23), fui direto, era ótima oportunidade de estudar onde me encontrar com Cyndi.

20/02/2011 DOMINGO

Fui de São Paulo para o Rio de Janeiro, escutando uma musica melhor que outra um dos pontos altos eram as curvas (chegando ao Rio), e eu gritava o nome de Cyndi o tempo todo, YEEEE.

Eu pretendia ir ao apartamento do meu primo Geraldo (falar com ele um pouco, talvez tomar um banho), ir aos aeroportos estudar como localizar Cyndi, e depois ir para a casa de Shows Vivo-Rio.

Mas cheguei por volta das 16:30 horas e fui direto para o Galeão (minhas informações diziam que haveria mais vôos para São Paulo ali, do que no Santos Dumont).  Era como se fossem dois aeroportos em um só, de tão grande que de um lado ao outro andei de esteira por um corredor (que devia ter um quilometro).  Iria ser muito difícil achar Cyndi ali.  Quando sai liguei para o Alemão que estava chegando à rodoviária com sua noiva Carla (ele não pode vir comigo de Carro).  Fui buscá-los e de lá fomos direto para o Show.  Na entrada comprei camisetas com foto da Cyndi e falei com o vendedor – ESTA COM OUTRA ESTAMPA (FOTO) EU COMPRO LÁ EM SÃO PAULO.  Na entrada o Alemão reconhece o Márcio (de 2008) e por incrível ele comprou ingresso para a mesma mesa (a minha, número 504), o Alemão ficou em outra.  Achei a casa muito luxuosa, com garçons servindo as mesas.

Outro fã chamado Flávio me reconheceu da pista no Show do dia 13/11/2008. Conheci o Rogério (um fã que conhecia a Bárbara pessoalmente). Todo mundo aguardando o Show.  Cyndi entra e nós vamos ao delírio.

Eu estava ma terceira fila de mesas, mas quando ela descia do palco chegava tão pertinho que quase dava para esticar a mão para ela.  Eu gosto de todas as musicas, claro que tenho minhas preferidas e têm aquelas menos escutadas, Crossroads é uma delas, mas ali, ao vivo, com som maravilhoso ela se tornou uma das que mais gostei no Show.  Cyndi estava acompanhada de dois músicos Brasileiros, o Saxofonista, Leo Gandelman e a percussionista Lan Lan, eu confesso que estava com um certo preconceito de brasileiros na banda, principalmente com a Lan Lan. Em um momento Cyndi pede para ela traduzir para nós o motivo simbólico da próxima musica, Lead Me On.  Eu estava sentado, filmando com a câmera quando Cyndi começa a cantar esta, acompanhada pelo saxofone, arrepiei na hora, demais.  Toda hora o saxofonista brasileiro abraçava a Cyndi, eu quase subi no palco para dizer para ele parar.

Final do Show, fomos lá para traz ver se conseguíamos algum autografo, mas ela saiu bem rápido, me despeço do Alemão que voltaria para São Paulo, ligo para meu primo Geraldo, eram umas 2:00 da manhã (já na segunda feira) e pergunto se posso passar a noite no apartamento dele em Copacabana.

Isto foi importantíssimo para mim.  Lá pedi para usar o computador para mandar um E-mail para a Bárbara (que estava em Minas Gerais) e lhe contar como foi espetacular o Show no Rio.

Conversei um pouco com o primo e lhe contei que de manhã iria procurar a Cyndi no aeroporto do Galeão, tudo indicava que era lá que ela iria embarcar para São Paulo, mas meu primo me disse – OLHA, EU ACHO QUE VÔO PARA SÃO PAULO É NO SANTOS DUMONT.  Eu ainda teimei dizendo que haveria mais vôos no Galeão.

Eu precisava dormir um pouco, meu carro estava estacionado na rua e tinha que acordar cedo, pois havia o risco dele ser guinchado.  Acordo com o porteiro ligando (a pedido do primo) e dizendo (para ele) – NÃO TEM MAIS CARRO NENHUM NA RUA, O GUARDA VAI CHAMAR O GUINCHO. Tomei um banho correndo, me despeço do primo (que acabou descendo comigo).  La embaixo ainda mostrei um dos desenhos que fiz para ele.

Mal estou saindo e um guarda estava vindo, o deixei lá atrás, HASTA LA VISTA BABY.

Fui fazer um lanche em um posto de gasolina e ainda mostrei umas fotos para a garçonete, enchi o tanque e pensei no que o primo me disse.  Vou para o Santos Dumont.

Estacionei por volta das 8:15 e fui para o segundo andar, só havia uma porta de embarque para todos os vôos, mas eu não sabia se estava no aeroporto certo e se seria hoje que ela iria para Sampa (poderia ser no dia seguinte).  Fico por ali pulando de cadeira em cadeira, com as Xerox dos meus desenhos enrolados (como um tubo) e escondidos pela roupa, estavam em papeis de 30X42.  Eu levei dois, um que passei o mês de janeiro fazendo (do rosto dela) e um de um guerreiro (que fiz em 1990), que não tinha tanto haver com ela, mas eu queria lhe presentear com ele. Havia varias cópias dos mesmos desenhos (que coloquei juntos por engano), entretanto resolvi deixar o segundo desenho que fiz (também em janeiro) no carro.

ÀS 9:39 Compro um café expresso, (continuo no segundo andar).  Quase lá para as 10:00 sinto vontade de olhar para o andar de baixo.  Se eu fosse para perto das escadas rolantes eu veria praticamente todo o salão inferior, mas resolvi ir para um canto perto dos elevadores que dava para ver o lado externo do aeroporto e muito pouco do andar inferior, mas não é que vejo o tecladista Steve Gaboury.  Daquela altura eu não o reconheci muito bem só o achei parecido com um dos músicos dela, fui ao banheiro correndo, me olhei no espelho para ver se estava bem penteado, etc. e desci a escada rolante.  Ainda do alto já localizo Cyndi (ela estava sentada entre os músicos e contando um caso para eles).  Não tirei os olhos dela e fui indo para uma posição cerca de uns quatro metros a frente dela a passos rápidos, feito uma máquina, olhando direto para ela.  E sendo observado por ela (acho que) desde a escada, acredito que ela sentiu minha presença.  Ela foi diminuindo a fala (do caso que estava contando), diminuindo, enquanto eu avançava (minha caminhada deve ter durado uns nove segundos).  Quando ela para de falar (pela minha chegada).  Eu abro a camisa (feito o Super-Homem) mostrando uma foto estampada na camiseta (foto igual a do desenho que levei), faço uma saudação (tipo samurai) e digo – THE FORCE IS WITH YOU, MY PRINCESS (A FORÇA ESTÁ COM VOCÊ, MINHA PRINCESA), e me aproximo dela, que ainda sentada, olha para mim e diz (com a carinha mais linda do mundo, olhando para cima, para mim, yeeee) – THE FORCE???  HAAA, THAT FORCE.

(A FORÇA??? HAAAA, AQUELA FORÇA.)

E eu – I HAVE A GIFT FOR YOU (EU TENHO UM PRESENTE PARA VOCÊ).  Eu ainda corrigi a palavra – GIFTS (PRESENTES).  E pego os desenhos enroladas (como se eu sacasse uma espada da cintura, acho que ainda fiz uma pose neste sentido).  Ela já de pé, desenrola os desenhos (que estavam protegidos em sacos) e os coloca na cadeira.

Ela me pergunta se fui eu que desenhei.

Ao olhar o primeiro (que foi o que levei um mês fazendo e cuja foto estampava minha camiseta) eu disse a ela – AT THIS TIME I MEMORIZE YOUR FACE AND YOUR HAIR BECAUSE, I LOVE YOU.  (DESTA VEZ EU MEMORIZEI O SEU ROSTO E SEU CABELO POR QUE EU TE AMO.)

Ela se vira para mim (eu percebi que estava se lembrando de mim de nosso encontro em 2008) e pergunta – WHAT’S YOUR NAME? (QUAL É O SEU NOME?)

Eu não sei explicar, mas descobri em mim mesmo (algum tempo atrás), que ela gosta do meu nome, apesar dela ter trabalhado no seriado Mad About You, onde (no último capítulo) ela aparece com uma criança (filho dela na série) com o meu nome (que para mim, não tem nada haver, isto sim é só coincidência) eu estava ali já sabendo que meu nome soaria como um trovão para ela.

Eu digo em seguida a pergunta – LEONARDO.

Neste momento ela fez um - HANN (pegando fôlego de espanto) e começou a repetir quase soletrando – LEONARDO, LEONARDO (talvez umas três vezes).

Eu não sei o que ela sentiu, pois foi a primeira vez que disse meu nome a ela. Realmente não sei se este momento já havia vindo em sonho até ela, se ela previu isto, só posso falar por mim, com toda certeza, eu já sabia que ela gostava do meu nome sem nunca ter sido informado por nenhuma revista ou entrevista.

Em seguida mostrei o desenho do guerreiro e lhe disse – THIS IS MY VISION OF MIGHT THOR, AND HIS HAMMER, MIOLNIR (mjölnir), I KNOW, YOU LIKE (ESTA É MINHA VISÃO DO PODEROSO THOR E SEU MARTELO MIOLNIR, EU SEI QUE VOCÊ GOSTA.

Ela disse – YESS.

Só para explicar, algumas vezes Cyndi me lembra uma Walkiria da musica, A Cavalgada Das Walkirias do compositor alemão Richard Wagner, sem falar que o marido dela tem THOR no nome (David THORnton) e eles se conheceram em um filme onde havia um cavalo com o nome do martelo do Deus do Trovão (THOR), achei que tinha que lhe presentear.

Como havia varias cópias dos desenhos, principalmente do primeiro, ela me pergunta se todas eram para ela.  Eu não perdi a oportunidade e lhe disse que se quisesse me dar um autografo com foto.  Ela disse - OFF COURSE (CLARO), se vira para a percussionista Lan Lan e pergunta – HOW I’M WRITE OBRIGADO IN PORTUGUESE?? (COMO EU ESCREVO OBRIGADO EM PORTUGUÊS???).

A Lan Lan começa a soletrar e logo eu soletro junto, depois Cyndi pergunta a ela como se escreve LEONARDO, novamente eu entro no meio e digo – IS LIKE LEONARD (Lenard), BUT WITH “O” IN THE FINAL (É COMO LEONARD, MAS COM “O” NO FINAL)

Acredite ou não a Lan Lan estava lá, participou da conversa, mas eu estava tão enfeitiçado por Cyndi que eu praticamente não a vi.

Cyndi pega minha caneta e escreve em uma das cópias LEONARDO THIS IS REALLY WONDERFUL, OBRIGADO, CYNDI LAUPER (LEONARDO É REALMENTE MARAVILHOSO, OBRIGADO, CYNDI LAUPER).  Ela chama uma de suas assessoras e bate uma foto me abraçando enquanto eu seguro o desenho já autografado e com dedicatória, ai eu peço para bater mais uma, e Cyndi diz para ela bater mais uma, agora com Cyndi segurando o desenho e eu abraçando Cyndi (nesta a foto na minha camiseta aparece e quem vê pode comparar se meu desenho ficou bom).

Eu não me lembro de tudo que foi dito, lembro mais do que eu disse.

Ela me diz algo sobre meus desenhos, que talvez eu devesse fazer uma exposição, e eu lhe digo que me acho uma espécie de Leonardo da Vinci, pois faço esculturas, musica etc. Falei isto, mas sem realmente me comparar com ele que é incomparável.

Eu também tinha que falar dela vir a minha cidade.  Eu lhe disse - SEXTA FEIRA VOCÊ VAI CANTAR NA MINHA CIDADE NATAL, GOIÂNIA, POR DESEJO MEU (eu cheguei a fechar o punho verticalmente).

Ela não se mostrou espantada, só perguntou se eu era da produção, eu disse que não e voltei a falar que foi meu desejo que a fez vir até mim, ai eu fui contar que grito o nome dela na porta da casa de Show, foi a única hora que enrolei no inglês, não vinha (na cabeça) a palavra “I SHOUT” YOUR NAME (EU GRITO SEU NOME) e eu falava I CRY YOUR NAME (EU CHORO SEU NOME), como ela não entendia eu tive que dizer que de dois anos para cá sempre que passo na porta do Atlanta Music Hall eu digo CYNDI (falei tentando ilustrar), acho que ela entendeu.

Eu me desculpei um pouco pelo atrevimento de aproximar dela – CYNDI EU SEI QUE ESTE É SEU MOMENTO PESSOAL, MAS EU TINHA QUE VER VOCÊ.

Ela se mostrou bastante compreensiva e sorridente. - EU TENHO UMA CONEXÃO COM VOCÊ, E EM 2008 EU PUDE PERCEBER QUE VOCÊ TAMBÉM TEM UMA LIGAÇÃO COMIGO.

(Obs. Eu só não sei se esta conexão tem a mesma intensidade dela para mim, mas de mim para ela é bem forte e também não sei se ela gosta ou não disto), eu continuei,

- EU VOU SEGUIR VOCÊ PARA O SHOW DA CIDADE DE SÃO PAULO E VOU À TARDE DE AUTÓGRAFOS NA LIVRARIA.

Também não sei se foi neste momento, eu lhe disse - EU TENHO MAIS UM DESENHO PARA LHE ENTREGAR, DEPOIS EU LHE ENTREGO.

Se não me engano, eu me afastei, mas fiquei por ali na frente dela, e ela vem na minha direção, como se nos encontrássemos casualmente (ela falava rápido, mas eu estava compreendendo)

Ai lhe entrego a Pen-Drive e falo do seu conteúdo.

Eu também lhe disse – YOU ARE THE BEST SINGER OF THE WORLD, NO OTHER SINGER, AT ANY TIME, COMPARES TO YOU, I SWEAR, NOTHING COMPARES TO YOU (VOCÊ É A MAIOR CANTORA DO MUNDO, NENHUMA OUTRA CANTORA DE QUALQUER ÉPOCA SE COMPARA A VOCÊ, EU JURO, NADA SE COMPARA A VOCÊ).  Eu a abracei e dei alguns beijos nela.

Eu tenho muito orgulho de ser descendente de italiano e como ela também é, eu lhe disse que - EM COMUM NÓS TEMOS OS OLHOS VERDES,

(não sei bem por que, ela disse – HAA, THE GREEN EYES (HAAA, OS OLHOS VERDES))

Eu continuei - E MEU AVÔ TAMBÉM ERA ITALIANO COMO O SEU, dei mais alguns beijos nela, que começava a caminhar para subir a escada rolante.

EU PERGUNTEI SE PODERIA LEVÁ-LA ATÉ O PORTÃO DE EMBARQUE (La em cima), quando um senhor (que é meio cão de guarda dela, o mesmo que bateu minha foto com ela em 2008 e sempre se mantém atrás de mim) diz NÃO para a minha pergunta (que era para ela), eu olho para ele na hora, e quase lhe digo para sumir de perto, mas apesar de ser um sujeito que se mostrou desagradável, ele trabalha para preservar minha cantora, acho que ela não iria gostar de me ver dar um empurrão nele, então eu me contive, mas isto teve um impacto nela.  Cyndi me pareceu envergonhada pelo fato e disse algo (que não cheguei a prestar total atenção), ela se desculpou por ele, sem ofendê-lo, quase assumindo a culpa. Ele passou com jeito de cachorro que tentou morder a visita da própria dona.

Eu me mantive afastado enquanto ela caminhava (devagar).  Fiquei um pouco a frente.  Eu estava tão feliz que (acho que precisava de uma testemunha da minha felicidade) liguei para o meu amigo de infância Fernando (que estava em Goiânia).

- FERNANDO, VOCÊ ESTÁ OCUPADO??? EU ESTOU NO RIO DE JANEIRO, CARA, CYNDI LAUPER ESTÁ NA MINHA FRENTE.  Ai ela vem para perto e diz algo para mim (que eu não entendi, por estar no telefone), e o Fernando pergunta – ESTA VOZ É DELA??? E eu – É, ELA ESTÁ FALANDO COMIGO (falei quase chorando de emoção) ai ela subiu a escada rolante (não lembro se ainda estava ao telefone) e lá de cima (do meio para cima da escada), ela bateu a mão para mim. Inesquecível, Minha Princesa se despedindo de mim eu bati uma foto em seguida, mas ela já tinha se virado.  Mesmo com seguranças no aeroporto, não resisti (eu ainda nos pés da escada)

Gritei bem alto (para o aeroporto inteiro, digo o MUNDO inteiro ouvir)

- CYNDI I LOVE YOU.

Ela olhou para trás e deu uma risada.

Dei alguns segundos e resolvi subir escondido.  Eu não sei se devia ter feito isto, mas fiquei batendo umas fotos dela de longe.

Sai paguei o estacionamento e segui para São Paulo, no caminho parei para revelar as fotos de meu encontro, fiz varias cópias.  Neste mesmo dia ao chegar a Sampa, ela participou da gravação do programa Altas Horas (que iria ao ar sábado dia 26/02/2011)

Cheguei a São Paulo passei no Shopping Market Place mais uma vez para verificar todos os detalhes de entradas a lugares onde eu poderia reencontrar Cyndi, cheguei a dar uma volta a pé em torno do Shopping para pesquisar possíveis lugares de estacionamento.

 22/02/2011, TERÇA FEIRA EM SÃO PAULO.

Fiz algumas compras na Rua Santa Efigênia e fui para a casa do Elísio para ver o restante dos nove álbuns de fotografia (que havia visto só a metade de um em 2008).  A casa dele era bem longe só com GPS mesmo.  Vi vários álbuns e antes de eu terminar fomos para a casa de outro amigo dele.  Lá finalmente terminei de ver as fotos de Cyndi (eram de varias épocas), cada uma mais linda que a outra, e eram fotos recortadas de várias revistas que o Elísio compra desde 1983, (Oscar para tamanha dedicação).  Eu saio meio tarde (ainda fui comprar pães de queijo) precisei pegar estrada para chegar ao hotel onde me hospedaria naquele dia e ainda iria tomar banho, pegar o Alemão e sua noiva Carla e irmos para o Show (novamente no Via Funchal).  Demais, eu iria repetir tudo que fiz em 2008, pelo menos repetir as emoções, Yeees.  Chegamos, estacionamos no estacionamento VIP e com certa dó entreguei a chave do carro para o manobrista.

Era a terceira vez que eu fui lá para ver Cyndi e ainda não me acostumei com o tamanho do lugar.  Fui ao banheiro antes de começar e resolvi desamarrar o cabelo e colocar uma faixa (escrito CYNDI LAUPER) que comprei em 1994 e estava meio desfiada.

Eu sempre tenho aquela emoção de pensar que vou ver Cyndi de novo.  Ela entra, e eu comecei a filmar, era o mesmo repertorio (que ela muda às vezes), mas nenhum Show dela é igual ao outro.

O que estava assustador era a quantidade de seguranças desta vez, parece que contrataram mais de um exercito, se comparado ao que vi em 2008.

Eu pude prestar mais atenção nesta apresentação, e queria ver como ela entrava na música mais famosa, Girls Just Want To Have Fun, ela começou com um dos dois tecladistas (fazendo um solo) ai ela entra e põem todo mundo para dançar (como só ela sabe fazer, e a hora que ela quer).

Ela chama a platéia para perto do palco, mas o exercito de seguranças barra nossa passagem, ela para a música, pergunta como se diz LEVANTA E DANÇA EM PORTUGUÊS, sem resultado vai até a Lan Lan e nos diz - LAVANTA GARERA (LEVANTA GALERA), mais um pouco um dos montadores de som chega ao fundo do palco e diz em espanhol para não obstruirmos a passagem e VAMOS TODOS A BAILAR.

Cyndi fala mais um pouco e diz que não é Frank Sinatra,

Ela recomeça a música e todo mundo levanta para ir para perto do palco, mas os seguranças resistem um pouco e vão deixando o pessoal passar. Acho que todos, menos o segurança do lado onde nos estávamos.  Cyndi cantando de forma empolgada, Lan Lan num ritmo de batuque maravilhoso, ela foi um dos pontos altos de toda a Turnê, sem falar que acabou com o preconceito que eu tinha de Brasileiros na banda.

Todo mundo indo até ela, e o segurança do meu lado nos impedindo.  O Alemão começa a discutir com ele, e estava para virar uma briga.  Eu tive que me manter de fora, pois alem de arriscar ser expulsos do lugar, ainda poderíamos sair machucados.

Eu estava com a câmera no alto filmando o palco.  Tentei passar e o mesmo segurança põem a mão no meu peito me impedindo.  Quando eu vi isto pensei: ISTO NÃO DURA NEM CINCO SEGUNDOS.  E foi dito e certo, ele tira a mão da frente e eu vou MARCHANDO em direção ao palco no ri timo do batuque da Lan Lan.  Eu pego na mão de Cyndi juntamente com umas vinte pessoas.

Em seguida ela começa a cantar Time After Time.

Não sei se foi nesta hora, eu senti um distúrbio na FORÇA, foi algo estranho que eu não havia sentido durante a segunda feira e nem hoje o dia todo, até este momento, foi como se ela quisesse se desconectar de mim.  Foi um sentimento forte, dela para mim.  Sem nenhuma palavra ser dita, mas também não era um sentimento negativo de ódio ou maldade, mas da mesma forma que eu sei que tenho alguma influência sobre ela, com certeza ela tem sobre mim.  Fiquei meses pensando nesta sensação que tive.

Eu não sou de me achar bonito, alias eu acho que conquistei o direito de ser feio, mas todos temos nosso momento de brilho e terça feira dia 22 de fevereiro de 2011 eu estava Lindo.

Meses depois vendo as filmagens que fiz reparo numa cena neste Show e percebo que Cyndi olhou para mim, não foi na hora que peguei na mão dela, foi depois, ela me viu.  Quando refleti sobre o sentimento que tive durante o Show, queria saber os porquês.  Continuo dando liberdade a quem achar que estou errado, mas a única explicação que tive ou que dei para mim mesmo é que por mais impossível que seja, eu acho que mexi com os sentimentos de Cyndi como mulher.

Ela não é leviana, sempre foi fiel ao marido e a família, uma mulher assim recusa outros pretendentes.

Claro que posso estar errado, ela simplesmente pode ter me visto e pensado, É AQUELE DOIDO DE NOVO, seria até aceitável se esta versão estivesse afinada com meu sentimento, mas não está.

Depois do Show ainda na pista procurei a Miriam, queria bater uma foto com ela vestida de Cyndi, pois a que batemos em 2008 na maquina de outro cara nunca foi entregue, batemos duas fazendo o Hollywood Smile, Yeeee.

Na saída já na garagem esperando Cyndi sair do camarote, já havia mostrado minhas fotos com Cyndi no Rio de Janeiro, e o Alemão pergunta quem estava com ela lá no Rio – O LEO GANDELMAN ESTAVA??? A LAN LAN??? E eu disse, que era provável que o Leo não estivesse, pois ele só viria para o Show de Quarta Feira, mas que eu lembrava de uma mulher ajudando Cyndi a falar português comigo, que eu achava ser a Lan Lan.

 O Alemão vê uma atriz da Rede Globo entrar no camarim e fica me perguntando qual é o nome dela, que trabalhou em varias novelas, apareceu no Fantástico, etc, eu não sabia quem era, por não assistir novelas.

Até que ele lembra (não vou citar o nome, pois não me sinto no direito).  Ela passa perto de mim me olhando, nisto a Lan Lan também passa e o Alemão pede para mim bater uma foto deles.  Em seguida eu procuro a Lan Lan e pergunto – LAN LAN, ERA VOCÊ QUE ESTAVA ONTEM LÁ NO RIO AJUDANDO A CYNDI A FALAR EM PORTUGUÊS COMIGO??? E ela - ERA (eu sim).  Nisto a atriz que o Alemão tinha me apontado chega e para do lado da Lan Lan, botando o maior olhar em mim, eu continuo – LAN LAN ME DESCULPE, É QUE EU ESTAVA TÃO ENFEITIÇADO PELA CYNDI QUE NEM VI QUEM ESTAVA PERTO.

Ai ela me diz – HÁ QUE ISTO, AINDA MAIS UM HOMEM BONITO COMO VOCÊ.  Nisto a atriz (me olhando bastante) diz – NOSSA ELE É UM HOMEM MUITO BONITO MESMO.  Eu volto para o Alemão que me dá o maior puxão de orelha – CARA O QUE, QUE É ISTO? A ATRIZ BONITA, NÃO TIRAVA OS OLHOS DE VOCÊ, E VOCÊ NEM PARA OLHAR PARA ELA.

Mas eu estava lá para Cyndi.

Entretanto modéstia bem a parte, isto serviu para confirmar que eu posso sim, ter chamado a atenção de Cyndi para mim.

23/02/2011 - TERÇA FEIRA

O Alemão disse que pretendia chegar bem cedo no Shopping Market Place (se não me engano ele disse umas 7:00 da manhã), mas eu estava bastante cansado e não conseguia levantar da cama, ele me liga dizendo que tem muita gente, que se eu demorar eu não conseguiria a senha, pois era só para 100 pessoas.

Eu tive que dormir mais um pouco, entretanto, eu tinha tanta certeza que iria estar com Cyndi de novo que o horário não me interessava, quase chego a dizer que se eu saísse hoje (neste momento em que você lê este texto) eu conseguiria estar com ela.  Eu só sei que a hora não me preocupou, pois tinha certeza da vitória.

Chego ao Shopping, no meu recibo de estacionamento (que tenho guardado) está registrado que entrei às 10:03, ou seja, a loja devia ter acabado de abrir as portas. Subo e encontro uma fila que saia para fora da loja, contei 87 pessoas na minha frente.  Devia ter mais gente, pois a fila fazia uma curva atrás de uma prateleira e ia até o balcão do caixa.  Ouvi alguém lá na frente dizer que da metade da fila para trás não haveria senha, pois devia passar de 100 pessoas.  Fiquei ali mostrando minhas fotos (as de 2008 e as do Rio) para o pessoal próximo e houve um momento que eu disse algo tipo – TUDO QUE EU QUERO EU CONSIGO.  Ai, não me lembro quem disse – HÁ, É? ENTÃO POR QUE VOCÊ NÃO CASA COM ELA (referindo se, claro, a Cyndi).  Ai eu disse – ACHO QUE NÃO DARIA CERTO, SÃO MUNDOS DIFERENTES, TEMOS CULTURA E COSTUMES DISTINTOS E ELA JÁ É CASADA (o meu amor por maior que seja é feito para ser platônico), voltei a afirmar que tudo que eu quero eu consigo, e (mostrando minhas fotos) falei algo próximo de – VOCÊ NÃO ACHA QUE ATÉ AGORA, JÁ FIZ O IMPOSSÍVEL???

Eu me lembro que um rapaz que estava atrás de mim (e não lembro se era ele quem me perguntou sobre casamento) disse – É EU JÁ PERCEBI (ele falou isto olhando as fotos e de uma maneira que achei engraçado, e hoje lembro com saudade).  Pela quantidade de pessoas havia mesmo uma grande possibilidade de não existir senha para chegar a mim.

Quando percebi que as coisas estavam indo para o negativo eu disse para mim mesmo – NÃO, A FORÇA ESTÁ COMIGO E ESTA SENHA VAI VIR NA MINHA MÃO, POR QUE EU QUERO (e fechei os punhos da mesma forma, quando falei com Cyndi no Rio).  Mais alguns minutos a senha chega e eu peço para alguém bater uma foto minha segurando a senha (para provar minha fé em mim mesmo), depois bato (eu mesmo, mais de perto) fotos da senha frente e verso.   Chego ao caixa, compro o CD Memphis Blues, e me encontro com o Alemão, o Elísio também estava lá e revejo amigos que fiz no Rio e em São Paulo desde 2008.  A loja era imensa, com dois andares, eu estava novamente com a faixa na cabeça e com outra estampa na camiseta.  Estava ali na escada do segundo andar (ainda era umas 11:00, Cyndi só chegaria lá para as 12:30 horas).

Eu sou avesso a entrevistas, mas quando vejo, um repórter (da Rede TV, chamado Bicudo que eu nunca havia visto) põem um microfone na minha frente para me entrevistar (com um câmera já me filmando) e pergunta se eu gosto dos anos 80, (só aceitei ser entrevistado por que o evento tinha haver com meu amor pela Cyndi Lauper) eu respondi que sim, ai ele começa a perguntar se eu curtia os Menudos, o Topo-Gigio (ai eu vi que era um repórter comediante, mas resolvi participar), expliquei a ele que o Topo-Gigio era dos anos 60, mas teve uma nova edição nos anos 80.  Ele fazendo piada e eu respondendo perguntei a ele – ESCUTA, NÓS ESTAMOS AQUI PARA VER A CYNDI LAUPER, VOCÊ NÃO VAI ME PERGUNTAR SOBRE ELA? E ele me disse – VOCÊ QUER QUE EU PERGUNTE SOBRE ELA? Eu achei que ele iria fazer uma piada, e isto eu não ia aceitar, foi a única hora que eu falei bem sério com ele – NÃO FALA MAL DELA, QUE EU TE DOU UMA SURRA, (falei isto bem na frente da câmera), ai falei que Cyndi é a maior cantora do mundo e ele me pede para cantar uma musica dela.  Eu digo – HÁ, NÃO VAI DAR, EU NÃO VOU CONSEGUIR (e eu estava rouco ainda por cima). Um assessor dele passa abaixado e me dá a letra, justo da musica que eu acho mais difícil (e a mais famosa dela). Quer saber? Eu encarei, comecei a cantar (do alto da escada) e cheguei a postar uma voz até legal.  Cantei bem alto, e fui observando que o pessoal na livraria começou a ficar em silêncio para me ouvir, Hual, cantei Girls Just Want To Have Fun no lugar onde Cyndi logo estaria este foi um dos pontos altos, felicidade total.  No finalzinho da música eu errei uma frase, mas foi isto que foi ao ar, se eu não tivesse errado, talvez não aparecesse na televisão na reportagem com a Cyndi.

A hora foi passando e já havia muita gente ali, talvez umas 200 pessoas, eu e Alemão ficamos em uma fila e depois se formou outra que nos soubemos que era a certa, estávamos em uma fila de pessoas que não tinham a senha.  Fiquei sabendo que teve gente que levou CD de casa para tentar pegar autografo.  Ficamos na parte final da fila, só na expectativa.

De repente uma gritaria.  Cyndi Lauper chega, alvoroço total.  Da onde eu estava me estico para ver lá na frente da imensa livraria.  Quando vejo um cabelo loiro, Cyndi é Cyndi.  Menino, quando eu vi, tive um impacto, ela estava vestida e com cabelo como eu a via nos anos 80, era a minha Cyndi que estava ali, a Cyndi que conheci, naquela época.  A idade dela nunca me importou, pois eu sempre amei Cyndi e meu amor por ela é incondicional, mas eu estava vendo ela renovada, ela estava diferente do que eu havia visto nos dois Shows (do Rio e do dia anterior), eu fiquei extasiado do quanto Cyndi é Linda.  Fugi da fila uns instantes e fui até uma beirada de um parapeito e a filmei rapidamente.  Esta visão de Cyndi chegando a livraria está viva em minha memória.  Os dois momentos mais felizes de minha vida podem ser resumidos em: A saída de Cyndi no (antigo) São Paulo Hilton Hotel em 1989 e a chegada de Cyndi na Livraria Cultura em São Paulo em 23 de Fevereiro de 2011. Linda.  Volto para meu lugar na fila.  Entre nós e ela havia um cordão de isolamento separando o pessoal da produção e os fãs.

Atrás de mim havia uma moça, ela saiu da fila uns instantes e voltou tremendo, ela me disse – EU CHEGUEI ALI E GRITEI, CYNDI, E ELA OLHOU PARA MIM, OLHA COMO EU ESTOU? ESTOU PARA DESMAIAR, EU ESTOU TREMENDO.

Só aquelas 200 pessoas e as equipes de reportagem, não eram suficientes para mim, eu queria mais testemunhas, resolvi ligar novamente para meu amigo Fernando, em Goiânia (ele sempre teve uma grande importância para mim, com relação à Cyndi, pois além de ser meu amigo de infância no colégio, na época que eu estava começando a conhecer a Cyndi e gravar os primeiros clipes e músicas dela, no rádio e televisão, foi ele quem primeiro comprou um disco de vinil dela e me emprestou, foi vendo a capa deste disco que minha paixão por ela aumentou, ele também me acompanhou na loucura de ir até uma rádio para gravar uma música por causa de uma frase que ela dizia e que não tinha no disco, e ele também esteve em São Paulo comigo no Show do dia 04/11/1989 no Ibirapuera)

- FERNANDO, VOCÊ ESTÁ PODENDO FALAR??? CARA EU ESTOU EM UMA LIVRARIA EM SÃO PAULO, NA FILA, CYNDI ESTÁ AQUI PARA DAR AUTÓGRAFOS PARA UMAS 100 PESSOAS, VOCÊ ESTÁ OUVINDO O PESSOAL GRITANDO CYNDI I LOVE YOU??? TEM UMA MOÇA ATRÁS DE MIM, VOCÊ ESTÁ OUVINDO ELA DIZER QUE ESTÁ TREMENDO DE EMOÇÃO??? Despeço-me, a fila vai andando devagar, o Alemão era o próximo, empresto minha máquina para uma das assessoras da Cyndi (ela se chama Lisa Barbaris, se não me engano), e é ela quem bate as fotos do Alemão, ela continua com a máquina, é a minha vez.

Entrego a senha, paro de frente e (inacreditável), Cyndi segura nos meus ombros, me olha como se estivesse impressionada por eu estar ali e diz (que eu quase tenho certeza, que foi isto) – YOU CAME??? (VOCÊ VEIO???) ela falou isto me olhando bem nos olhos, com aqueles olhos verdes, mais lindos do mundo (alguém deve ter filmado isto).  Eu falei ao mesmo tempo – GREETINGS, LOVE OF MY LIFE, YOU ARE SO BEAUTIFUL (SAUDAÇÕES AMOR DE MINHA VIDA, VOCÊ ESTÁ TÃO LINDA).  Eu tinha que lhe dizer o quanto ela estava Linda, e continuo – THIS ARE THE ANOTHER PAINT I HAVE PROMISSE TO YOU, YOU CAN SEE LATER (ESTE É O OUTRO DESENHO QUE EU LHE PROMETI VOCÊ PODE VER DEPOIS), eu sabia que ali com tanta gente não daria tempo dela apreciar meu desenho.

Dou meu CD e minha caneta (estilo pincel atômico) para ela autografar.  Eu a abraço enquanto duas fotos são batidas (eu ainda acho que fui eu quem inaugurou isto de duas fotos lá em 2008).  É possível perceber o tamanho de minha felicidade vendo as fotos.  Saindo jogo um beijo para ela (esta cena apareceu no final da entrevista que ela ira dar após os autógrafos, está na internet).

Quando Cyndi me segurou nos ombros, de certa forma ela me deu um tratamento especial, mas além de sentir sua presença, eu tenho uma comunicação não verbal com ela.

Eu senti que ela me impediu de aproximar o suficiente para beijá-la, percebi isto na hora e depois fiquei pensando por que.  Eu estava limpo e cheiroso, será que eu sou tão chato, será que fiz ou deixei de fazer alguma coisa, pensei que tinha alguma culpa.

Mas me lembrava de dois dias atrás no Rio (ela estava sem maquiagem), eu a beijei varias vezes e houve um momento em que ela aproximou o rosto para eu beijar, por que me impediu agora? Também dias depois fui entender.  Finalmente vendo as reportagens da tarde de autógrafos, a maioria dos fãs estavam beijando Cyndi no rosto, ela chegou a passar um álcool gel, pois era boca sobre boca beijando o mesmo lugar.

Os ensinamentos de minha mãe, que era do mesmo signo de Cyndi, me ajudaram a compreender.

Cyndi fez isto (me impediu de beijá-la) para me proteger de algum vírus bucal (de outro fã), novamente minha Princesa me defendeu, LINDA.

Fico por ali no Shopping, almoço, bato algumas fotos e atravessando a rua tinha outro Shopping (chamado Morumbi), vou lá e revelo as novas fotos, passo a tarde ali e ligo novamente para Goiânia para contar para outro amigo (Gustavo) sobre o dia mais feliz de minha vida, (o dia ainda não havia acabado, mal sabia que Cyndi ainda iria me surpreender.  Este interurbano levou uma hora aproximadamente).  La para as 18:05 pago o estacionamento e vou para o hotel (mesma coisa do dia anterior), fomos para o segundo Show no Via Funchal (este teria a participação do Leo Gandelman).

O saxofone é um instrumento musical muito romântico e dá um brilho especial, principalmente em musicas como Lead Me On.

Novamente havia um exército de seguranças, mas quando Cyndi nos chamou para perto do palco eles não nos impediram.  Quando terminou a música ai sim eles nos fizeram voltar para as mesas, e eu percebi que Cyndi queria que nos ficássemos lá perto dela.  Ela canta mais uma ou duas músicas.  Eu fiquei pensando como ela iria fazer, se ela nos chama logo eles barram, a solução seria ela descer do palco, nós a cercarmos e iria ser difícil eles nos controlarem.

A solução que ela achou foi muito melhor que a minha, alguém me disse (depois) que ela nos chamou, mas eu não vi isto (não neste dia), então vou falar apenas do que vi, e isto me faz chorar de emoção só de lembrar, ela enfeitiçou a platéia, como só ela sabe fazer, quando eu me dei conta, todo mundo, eu e o Via Funchal inteiro se levantou das mesas e fomos para baixo do palco de uma forma, rápida e volumosa, que nem o exército de seguranças seria capaz de nos impedir, fomos como água represada que transborda de repente.  Isto foi do meio do Show para frente e ficamos ali, cantando uma música atrás de outra, junto com ela, pegando nas mãos dela, foi bem mais do que o dia anterior, ela ia de um lado a outro, demais.  Em um momento eu gritei – LOVE OF MY LIFE (que é titulo de uma música do Queen) e um rapaz do meu lado disse – EU ACHO QUE ESTA, ELA NÃO CANTA.  E nos rimos.  Um outro que estava atrás de mim gritava em português mesmo – LIIIINNNDA.  Ai eu coloquei a câmera apontada para nós e lhe disse, vamos gritar juntos, e gritamos - LLLLIIIIIINNNNNNNNNDDDDDDAAAAAA.

Cyndi continuava indo de um lado ao outro do palco, parava e segurava nas mãos dos fãs, sempre uns vinte de cada vez, com tanta gente estava difícil chegar até ela, mas eu desenvolvi uma tática que me permitiu chegar bem perto, as pessoas são como ondas no mar, e é possível surfar no meio delas, quase deu certo eu cheguei a centímetros de tocar nas mãos dela varias vezes, mas valeu, demais, eu sou o sujeito mais feliz do mundo. Na saída (novamente meu carro estava estacionado próximo de onde o carro de Cyndi iria parar, e eu cheguei a bater mais uma foto dele) o Alemão queria um autografo em seu pôster que estava no porta malas.  Cyndi sai e fica do outro lado do carro que (já havia estacionado) iria levá-la, dando autógrafos.  Eu poderia, mas não tentei pegar outro autografo, pois achei que já havia conseguido muito, tive que fazer uma autocrítica pois estava com receio de me tornar um chato, consegui o impossível, já estava bom.  Agora só queria olhar para ela.  Quando ela autografou o pôster do Alemão eu filmei o momento para ele recordar.  De lá fomos para a porta do Hilton Hotel onde Cyndi parou novamente para poses e autógrafos, o Elísio estava lá com vários itens de sua coleção.  Eu estava com a máquina e iria filmar o Alemão abraçado com ela, mas na hora a assessora dela (Lisa) pega a máquina de minha mão e tenta bater a foto.  Ela pergunta para mim por que a máquina não fotografa e eu lhe digo que está no modo filmagem.  Eu reconfiguro para ela, que bate duas fotos do Alemão com Cyndi.  Eu achei muito bacana a forma como o Alemão se portou junto a Cyndi (ele sabe mesmo como tratar uma dama).

Novamente eu poderia bater outra foto abraçado com Cyndi Lauper, mas me contive.  Entretanto havia uma coisa que eu tinha me esquecido de dizer a ela. Desde os anos 80 eu percebi que um número sempre aparecia relacionado à Cyndi.

Eu não estudo numerologia, nem costumo tomar decisões baseadas nisto, mas comigo mesmo percebi que o numero 6 (ou 9 que é um 6 invertido) sempre aparece em minha vida, então ainda nos anos 80 fiz algumas contas por conta própria e descobri que o 11 sempre acompanha Cyndi.  Ela nasceu em um dia 22 que é 11 + 11, ela sempre vem ao Brasil (com exceção desta vez) em Novembro, que é mês 11, seu filho nasceu também em Novembro.  Nova York e São Paulo são duas cidades (que eu percebi) que tem haver com o 11 (não estou falando das duas torres que pareciam um 11 e foram derrubadas no dia 11).   Este número repete com ela mais vezes do que me lembro para contar.  Seguindo nos meus pensamentos observei que eu e ela temos um número de ligação (vamos chamar assim), que me aproxima dela, este número (aparentemente) é o 4. Sempre que me encontrei com ela (parece) que ele está envolvido.  Beijei as mãos dela em um dia 14 (que tem um 4).  Encontrei-me com ela em BH no dia 16 (que é 4X4).

Resumindo eu digo a ela (enquanto ela autografava para os fãs que estavam ali, e fizeram uma pequena fila) – CYNDI, EU TENHO QUE LHE DIZER QUE EM SUA VIDA HÁ SEMPRE UM NÚMERO QUE APARECE, ESTE NÚMERO É O 11, NEW YORK TEM ALGO HAVER COM ESTE NÚMERO E ESTA CIDADE (SÃO PAULO) TAMBÉM.  Nisto a assessora dela (Lisa Barbaris), que estava ao meu lado (ainda com minha câmera na mão) me pergunta – É UM NÚMERO DA SORTE?

E eu digo – TALVEZ.

Ela bateu uma foto minha falando com Cyndi, (com o Elísio ao fundo, sendo autografado).

Não sei se Cyndi, já sabia ou acredita nisto.

Na saída Cyndi diz olhando para mim – ESTE É O ÚLTIMO (se referindo aos autógrafos e fotos) era uma deixa para eu bater mais uma foto com ela, mas eu continuei achando que já estava bom para mim.

Eu voltaria para Goiânia no dia seguinte.

24/02/2012

Almoço, volto à porta do Hilton, apenas para bater uma foto, era aproximadamente uma da tarde, enquanto isto Cyndi já estava aqui em Goiânia e alguém bateu uma foto dela almoçando na Churrascaria Montana Grill na Av. 85 Setor Marista.  Eu só chegaria lá para as 23:30

25/02/2011 SEXTA FEIRA

Finalmente haveria o Show em Goiânia, estava marcado no Atlanta Music Hall para Meia Noite.  O Alemão iria trabalhar em Sampa e viria de avião para cá.

Aqui tinha certa facilidade para eu localizar Cyndi, eu sabia qual Hotel e qual aeroporto ela passaria.  Fui para o Castro’s Hotel, ela estava lá, conversei com alguns fãs (todos com cara de 18 anos, ou menos).

Um deles me conta que ela fez Cooper em um parque próximo e esteve em uma lanchonete no quarteirão do Hotel.

Eram umas seis da tarde.

Corremos para a porta principal onde uma Van estacionou, fico do outro lado, Cyndi entra, mas não me vê, acho que ela ia fazer a passagem de som.  Acho que fiz um lanche, se não me engano voltei em casa e fui para o Show, entro no estacionamento do Atlanta, eu teria ido buscar o Alemão no aeroporto, mas ele chegaria muito próximo do horário.  Eu estava com um certo preconceito com o pessoal de minha própria cidade, eu os acho muito voltados para musicas rurais, eu pensei que talvez eles não curtissem Cyndi, afinal ela viria com suas músicas do disco de Blues.  E também pensava que o Atlanta fosse menor.  Mas quando chego e vejo a casa Lotada e o tamanho do lugar era comparável com o Vivo-Rio. A pista (onde fiquei) estava tão lotada que não deu para avançar nem dois metros à frente. Eu levei fotos (claro) e fiz amizade com algumas pessoas, uma delas se chamava Lucinha, ela tinha vindo da cidade de Quirinópoliz para ver Cyndi Lauper, ela me disse que já ganhou concursos de Karaokê com músicas de minha cantora.  Quando ela disse que AMA CYNDI foi como se descobrisse a chave do meu coração.  Foi o único dos Shows que assisti de pé por não haver cadeiras (bem era pista né) Cyndi entra em meio a aplausos, o som estava ótimo e foi o Show que ela estava mais Linda, com um brinco de meia lua.  Dançamos bastante, mas foi o Show mais curto também no final me encontro com o Alemão e a Carla, eles chegaram à segunda música, a comida e bebida eram de graça.  Nos fomos para o Hotel e não sabíamos que ela deu autógrafos nos fundos do Atlanta.  Tive que despedir da Lucinha e perdemos contato.

Lá encontrei fãs que vieram do Rio e de São Paulo, ficamos na porta até Cyndi chegar, ela passa, fala – OI para nós e entra.  Ficamos ali batendo fotos.  E depois levei o Alemão e sua Noiva para um Hotel nas proximidades.

26/02/2011 SÁBADO

Fomos ao aeroporto Santa Genoveva, mas chegamos com segundos de atraso, Cyndi já tinha embarcado, mas conversamos com uma moça chamada Lorena que trabalha lá, ela bateu uma foto da Cyndi com a Lan Lan.  Fomos para o segundo andar para ver Cyndi embarcando para Cuiabá.

27/02/2011 DOMINGO

Eu veria Cyndi mais uma vez.

Fui pegar o Alemão e a Carla no seu hotel e fomos para Brasília, a viagem seria da umas duas horas e meia no Maximo.  O Centro de Convenções (local do Show) fica no Plano Piloto bem atrás do que seria a cabine na parte central do Avião (eu olhei no mapa, quando estudava outras rotas para lá).  Estacionamos.  Eu estava em dúvida de qual camiseta usar, acabei seguindo o palpite do Alemão e fui com uma camiseta oficial do show. Entramos, fui falar com o cara que vende as camisetas e foi a Bárbara que me localizou – VOCÊ QUE É O LEONARDO??? E eu – A FORÇA ESTÁ COM VOCÊ BÁRBARA (eu só a conhecia pela internet), ela estava com uma camiseta com a mesma estampa da minha, batemos fotos e ela me revela que conseguiu um convite para ir ao camarim da Cyndi.

Eu e o Alemão estávamos na primeira fileira, eu perto da parte central e ele (com a Carla) na parte direita e em frente as nossas cadeiras havia um murinho de uns 50 centímetros que nos separava da passagem entre o palco.  Eu me levantei e fui para perto deles conversar, mostrei fotos e (como aconteceu em 2008) viramos celebridades por ter aproximado da Cyndi, uma moça que estava sentada próximo a eles bateu uma foto nossa (eu com o Alemão).  Voltei para meu lugar e estava sentado com uma cadeira de distância de um cara chamado Piancó (se não me engano) e foi ele que disse que seu amigo havia batido uma foto de Cyndi em Goiânia (acho que foi a do Montana Grill).  Eu procurava pela Bárbara, mas não sabia qual era a cadeira onde ela estava (o local era grande), quando eu a vi estava (com seu primo) na fileira atrás da minha, ali encostada.  Foi sorteada uma pintura de uma artista plástica chamada Lilian Lauper (que não é parente da Cyndi), a quem estava sentado em uma cadeira denominada F-11 (aqui neste relato, eu posso ter me enganado com a letra, mas tenho certeza do número, era o 11 de Cyndi).

O Show começa e como estava de frente pude filmar tranquilamente.  Cyndi desce do palco e sobe no murinho bem na minha frente, e vai andando para minha esquerda, ela não me viu.  Ela desce e volta correndo e batendo na mão das pessoas.  Quando ela volta para o palco, comecei a atrair mentalmente para que ela voltasse.  Ela desce mais uma vez e ruma para a direita.  Quando começa a introdução do tecladista para Girls Just Want To Have Fun (que é a música que eu mais gosto no mundo) eu aviso a Bárbara – SE PREPARA PARA DANÇAR.  Eu dancei para caramba, e filmando.  E chamando Cyndi mentalmente (came to me, came to me).  Ela vem na minha direção e me vê de frente dando a mão para ela (mais ou menos como eu havia previsto, mas dependia da vontade dela) e ela pega na minha mão, Yeeee. A Bárbara viu isto.

Eu fiquei numa felicidade imensa.

Depois já no palco (não sei se filmei isto, pelo menos não localizei na gravação) vi Cyndi me olhar, pelo menos duas vezes.  Uma destas vezes eu estava sentado (filmando), e não sei o que ela pensou.  No final outro fã (chamado Fernando) que estava próximo a mim, sobe ao palco correndo e lhe entrega um buquê.  Fomos para a saída, mas ela passa rápido e entra na Van.  A Bárbara conseguiu uma toalha de rosto que Cyndi usou na saída do palco.  Eu ainda bati uma foto abraçado com a Lan Lan, e depois falei com a artista plástica Lilian Lauper e vimos o trabalho um do outro e trocamos elogios.

Senti vontade ir a Porto Alegre para o último Show, mas não daria tempo.

Eu havia sentido um perigo na turnê lá para o lado da Ásia e pensei na Austrália.

Cyndi chegou ao Japão no dia do Terremoto (que causou a Tsunami) e manteve os 05 Shows marcados, e mesmo com as usinas nucleares perigando explodir eu disse que nada iria acontecer, pois a FORÇA está com ela.

Em junho estranhamente o Outdoor (que ficava em frente à Churrascaria Montana Grill, onde Cyndi almoçou dia 24/02/2011) onde havia a propaganda do Show (realizado em 25 de Fevereiro aqui em Goiânia) voltou a mostrar a propaganda por uma semana.  Ele foi retirado e em Agosto, não sei por que, ele voltou e ficou o mês todo.  Eu nunca havia visto Outdoor de Show passado voltar, sei que bati varias fotos e falei para todo mundo - QUE A FORÇA COMIGO É TÃO GRANDE QUE ATÉ O OUTDOOR DE MINHA CANTORA VOLTA PARA O LUGAR DE ONDE NUNCA DEVIA TER SAÍDO.

Em Outubro comecei a ter um problema de vista, se Cyndi tivesse marcado Shows em Novembro, ia ser difícil para eu dirigir em São Paulo e Rio de Janeiro, se a decisão dela teve haver comigo ou não, eu não sei, mas me parece que ela tem uma sabedoria cognitiva que sempre me favorece, ela é LINDA.

LEONARDO SARTI.