Parapsicologia RJ - Raquel dos Reis Azevedo

SEIS INVENÇÕES E IDÉIAS NO 1º SEMESTRE DE 2012

Por Raquel dos Reis Azevedo (“Baby Kell“)

(ABRAP / IPRJ)

Agosto de 2012

 

Introdução

Durante o Curso de Engenharia de Produção, estive conversando com o Sarti sobre “invenções em 3D + t“.  Obtive alguns resultados mas, devido à incrível burocracia do INPI com preço elevado e à falta de interesse da COPPE, resolvi publicá-los neste Site. A seguir tais idéias são descritas e, como todas, necessitarão de desenvolvimento posterior técnico, de engenharia, de logística, de investimento e custo/benefício.  Em futuro próximo, novas idéias serão apresentadas aos queridos Leitores.

1 – PISTAS – CARROSSEL

Nesta, não serão mais os carros, trens, caminhões e, em geral, os veículos terrestres, que irão se mover, mas o chão sob eles, que deixarão de ser necessários.  A tendência certamente será a eliminação do veículo terrestre individual.

Toda a estrutura estará repousando sobre o solo da região em que for projetada e construída.

Tudo se passará como nos carrosséis, contínuos, em linha reta, curva ou circular.  O chão poderá ser como uma “esteira” sobre roldanas, estas com separação compatível com a resistência do material da “esteira ou do chão”, para uma certa distribuição de cargas a ser suportada pelo “chão”.  A eletricidade poderá ser usada para mover as roldanas.

Pistas mistas, entre seletivas e totais, poderão atender à resistência psicológica na adoção deste novo engenho por parte dos possuidores de carros etc.

O incremento significativo do transporte de massa, a diminuição do custo deste transporte coletivo, a redução da poluição com combustíveis, o planejamento preciso do tempo pela eliminação absoluta de gargalos e engarrafamentos, a ausência de acidentes e de ultrapassagens, a redução do barulho etc. são alguns aspectos positivos a serem considerados frente aos aspectos negativos, que certamente aparecerão e que poderão ser contornados nestas Pistas - Carrossel.

O esboço, ao fim deste trabalho, permite a visualização rápida do que foi explicado acima.

 2 – RODAS ESFÉRICAS

Neste caso, as rodas e pneus serão substituídos por “rolimãs deitados ou horizontais“, isto é, o movimento dos automóveis etc. se dará sobre as esferas dos rolimãs, do tipo usado em skate, apenas redimensionados para exercerem novas funções de deslocamento.  O contato das esferas com o solo é pontual e o atrito quase totalmente eliminado. A propulsão ocorrerá, para um cálculo simples de 4 esferas, com aproximadamente 1000 vezes menos potência, torque  e velocidade que o veículo atual.  Assim, qualquer pequena ejeção, por ar comprimido, como exemplo, poderá fazer movimentar o veículo, sem dificuldade, em qualquer direção, circularmente, em torno de 360° e por um tempo muito maior entre uma ignição e outra que o exigido para manter em movimento os carros com rodas.  Os tempos de aceleração e de desaceleração também serão nitidamente reduzidos. 

O motorista estará imóvel em um “castelo” situado sobre a borda superior da carcaça que encerra o rolimã horizontal, e o “ar comprimido”, ou o propulsor que for, estará alinhado com ele, acima ou abaixo dele.  O sentido desejado da ejeção será controlado pelo motorista, manual ou automaticamente, com alguma tecnologia mecânica ou eletrônica.  Naturalmente, o motorista controlará também a quantidade de massa a ser ejetada do propulsor localizado no castelo.   A lei de ação e reação se dará sem o auxílio do atrito entre o asfalto e o pneu, como ocorre com o carro convencional sobre rodas que é usado hoje em todo o mundo.

A frenagem do equipamento será efetuada pelo motorista através do seu próprio controle, a ser exercido diretamente sobre o direcionamento da ejeção. Desvios de rumo entre a posição do motorista olhando para  frente e acúmulos de desvios de rumo devidos, assim mesmo, ao baixo atrito entre as esferas metálicas e a estrutura interna do rolimã, também metálica, deverão ser manual ou automaticamente feitas, dentro de uma folga a partir da qual a direção do veículo se torne quase crítica do ponto de vista do projeto.

Em vista destas circunstâncias, o motorista, inicialmente, deverá ser especialmente treinado, até que a automação possa substituir grande parte de suas ações e ajudá-lo na direção do carro, caminhão, jamanta etc.

Este novo veículo terrestre poderá ter qualquer formato, tal como o carro atual e poderá aceitar mais passageiro que o atual; a relação peso / potência poderá ser otimizada ao máximo.

O tráfego e a malha rodoviária (e, quem sabe, a ferroviária também), aparentemente, seriam complicados.  Porém, deve-se levar em conta, por exemplo, que estes veículos sobre esferas poderão se deslocar também lateralmente e, então, as curvas da estrada ou da rua, enfim, das vias, deverão ser projetadas formando ângulos retos, caso seja necessário.

Embora não tenha sido cogitado, seria possível que o motorista, no castelo sobre a carcaça, não estivesse fixo sobre ela.  Neste caso, ele poderia acompanhar o próprio movimento do veículo em tempo real com o movimento circular, como ocorre nos carros, em que o motorista está alinhado na direção do movimento.  Isto facilitaria sua condução visual e diminuiria seu esforço de coordenação vísuo - motora.

Este parece ser um novo conceito de movimento controlado, terrestre, que implicará na substituição paulatina da roda.

O desenho ao final permite uma visualização simples da ideia contida nestas Rodas Esféricas.

3 – TRANSPORTE MONTANHA – RUSSA

Esta ideia aproveita a gravidade terrestre para movimento dos veículos terrestres a longa distância.

Alguns “recuperadores de potência” deverão ser utilizados durante os percursos, para se conseguir um pequeno impulso adicional para retorno a certo potencial ótimo, embora a velocidade final a ser alcançada possa ser gigantesca ao término de cada trecho do percurso, como função exclusiva da inclinação da pista da pista da montanha-russa.  Tal como na própria montanha-russa do parque de diversões, as curvas e inclinações poderão ser quaisquer, mecanicamente e teoricamente, a princípio.

Os “recuperadores de potência” podem ser elétricos, a ar comprimido ou mesmo por algum combustível, de preferência pouco poluente, como gás, etanol, álcool ou mesmo biomassa e energia solar.

Evidentemente, não haverá ultrapassagens e o risco de acidentes estará minimizado ou nulo, pois todos os passageiros estarão à mesma velocidade.  

A poluição, também, será consideravelmente reduzida porque, mesmo sendo não-poluidores, os “recuperadores de potência” estarão muito espalhados ao longo do trajeto e serão de pequena potência, necessária apenas para se atingir uma altura ótima para continuar a viagem.

O investimento inicial e o custo de manutenção poderão ser altos e ficarão por conta das escolhas das sustentações da pista, dos riscos envolvidos, das distâncias, alturas e velocidades necessárias e desejadas, e outras variáveis técnico-econômicas.  A recuperação destes investimentos e custos será automaticamente atingida pela fixação de taxas de retorno inversamente  proporcionais  á procura, ou ao uso, deste transporte por Montanha-Russa, que aumentará muito e permitirá uma economia embutida de escala, intrínseca ao projeto.

Seria um concorrente aos trens-bala do trajeto Rio- São Paulo.

Alterações fisiológicas e biológicas no corpo humano devidas à inércia e à aceleração deverão ser prioritariamente consideradas no projeto.  Os aspectos psicológicos e emocionais também não poderão ser esquecidos, mas os impactos deste transporte serão flexivelmente adequados à população.

A tendência da ideia é eliminar o motor a explosão interna.

Ao final apresenta-se um rascunho esclarecedor.

4 – GUARDA-CHUVA MONOBLOCO OCO INFLÁVEL

Esta ideia surgiu ao pensar-se em guardar o guarda-chuva como uma bola, retirando-se, obrigatoriamente, as indesejáveis articulações que sustentam a cúpula do guarda-chuva e que a ligam à haste do guarda-chuva.

Esta bola seria inflável, se estivesse com algum ar, por injeção adicional de ar externo em um bocal-ranhura finíssimo que poderia situar-se no início da haste oca, ou, se ela não contivesse nenhum ar interno, a pressão atmosférica se encarregaria de fechar as paredes laterais da finíssima ranhura, com velcro, isto é, se ela fosse comprimida pela pressão atmosférica em relação ao vácuo interno, como em certos pacotes de café em pó.

Evidentemente, as duas mãos do indivíduo detentor do guarda-chuva seriam usadas complementarmente.   Caso isto fosse insuficiente, o vácuo seria obtido com máquinas de vácuo e o guarda chuva seria descartável e produzido em série e vendido a granel aos usuários.

Em qualquer uma das duas opções, repete-se, o conjunto monobloco cúpula - haste será oco.

O material a ser empregado deverá ser de plástico flexível ecológico, suficientemente resistente para que a haste não vergue e possa suportar o impacto da chuva e a própria cúpula.

Uma simulação com protótipo, feito de papel de jornal surtiu o efeito pretendido.   Com camisinha de Vênus também.

Alguns plásticos usados em PET, biodegradáveis, poderiam ser utilizados, conforme sugestão recebida de um artesão.

A cúpula será mais ou menos curva, podendo mesmo ficar plana ou com a concavidade voltada para cima, caso  as suas partes contínuas superior (a que recebe a chuva) e a inferior (a que é a continuação da haste), e que formam sua ocacidade interna, forem construídas com suas extensões relativas projetadas para a curvatura que se desejar.

O formato da cúpula poderá ser qualquer um, inclusive retangular, já que quem segura o guarda-chuva só anda para frente e seus braços seguem seu movimento, para a frente e para trás, na mesma direção do andamento, isto é,  o braço livre move-se paralelamente ao corpo de quem se movimente e que segura a haste e, então, os braços não estarão sujeitos a ser molhados pela chuva.

Mas, a cúpula poderá ser uma estrela ou uma maçã mordida, ou uma meia-lua etc.  Qualquer design será permitido.

Este guarda-chuva, que será guardado como uma pequena esfera, além das facilidades de abertura, fechamento e controle manuais e de aproveitamento da visada (o campo visual pode ser aumentado com redução da curvatura da cúpula), poderá vir acompanhado com uma esponja para secá-lo, caso se queira fazer isso e não molhar o aposento em que se entrar.  Naturalmente, ele poderá ser guardado em uma bolsa qualquer, sem dificuldade.

O rascunho inicial deste guarda-chuva é apresentado ao final.

5 – AUTOMÓVEL - BOLA

Os automóveis - bola deverão ser sustentados por estruturas do tipo Montanha - Russa, pois não terão apoio sobre quatro esferas mas sobre apenas uma.  Os contatos com tais sustentações serão, ou por guias de trilho, à semelhança de trenzinhos, ou laterais, caso duas calotas da esfera do rolimã estejam lateralmente em relevo, tocando em cada um dos dois lados da pista, por exemplo.

Só será utilizada uma esfera e o mesmo chassis rolimã do tipo skate, mas  horizontal como antes descrito nas Rodas Esféricas, deslocando-se a altíssima, mas controlada, velocidade média.   Os passageiros experimentarão efeitos óbvios da força G e deverão ser psicológica e biologicamente treinados para conseguir suas primeiras guias de trânsito.

A menos do peso do passageiro, as vantagens anteriores do aproveitamento da gravidade, como a da velocidade idêntica para todos os veículos em trânsito naquela montanha-russa, continuarão preservadas.

O efeito não-poluente é evidente, assim como a ausência de acidentes, pois não ocorrerão ultrapassagens etc..  O ganho e o planejamento do tempo individual parecem vantagens absolutas sobre o carro com pneu em estradas e ruas, assim também como o não uso de combustível fóssil, limitado, poluente e caro, aqui substituído pela força ou potencial gravitacional.

Ao final é apresentado um rascunho do Automóvel- Bola.

6 – ESFERAS VOADORAS e DISCOS ESFÉRICOS VOADORES

Estas bolas (e discos) em vôo prescindem de asas.  Seu princípio básico é a constituição fixa de tubulações reguláveis em seus diâmetro, formando quatro triedros superiores e quatro triedros inferiores, fixos no centro de uma carcaça esférica, mais ou menos espessa, constituída  de material leve, transparente e resistente,

O material propelente, por exemplo, com propulsor iônico de longa vida útil, ou outro qualquer, será expelido do centro e fluirá através das tubulações, também fixas em relação a este centro de propulsão.

Esta composição fixa de tubulações formando triedros, tubulações estas que ejetam massa, sempre poderão, geometricamente, produzir movimento no espaço.  Para cima, para baixo, parado, movimento lateral e frenagem.

Todos os tripulantes estarão nos quatro triedros superiores.  O piloto sobre o centro volumétrico do propelente, que ele regula tanto quanto o diâmetro das tubulações.  Os passageiros, se alojarão ao longo dos semicírculos superiores das tubulações.

Tudo fixo como em um avião convencional com asas ou um helicóptero.

 Apenas a título de curiosidade, deve-se notar que o efeito Gimbal Cardan universal é alcançado com a propulsão física através das tubulações em triedro, instalada na geometria pura dos triedros, desde que sejam utilizadas tubulações flexivelmente curvas ou com suas aberturas externas angulares ou tangenciais em relação à superfície da esfera (ou do disco).  Assim, todos os movimentos rotacionais tridimensionais poderão ocorrer, aparentemente sem dificuldade teórica.

A aterrissagem e a decolagem verticais deverão dar-se suavemente e sem ruído.  Não haverá sustentação atmosférica em nenhuma asa.  Toda sustentação será, nada mais nada menos, que uma composição vetorial de forças de ação e reação, aplicadas para aterrissar e decolar as Esferas Voadoras, sob o comando do piloto ou por controle remoto. Claro que, para os Discos, alguma sustentação vertical será exercida pela atmosfera sobre a base inferior do disco.

Os Leitores podem imaginar somente que o corte horizontal dos eixos tubulares horizontais da Esfera fará com que ela se transforme em Disco. Assim, o Disco e a Esfera fazem parte do mesmo conjunto de ideias.

O giroscópio pode ser largamente utilizado para fixação do piloto, etc.

O deslocamento espacial tridimensional das Esferas e Discos Voadoras tende à eliminação da asa e propõe um novo conceito de voo e de deslocamento, com um grau de liberdade a mais do que  os graus de liberdade dos aviões convencionais, sejam eles turbo-jatos, turbo-hélices ou apenas à hélice.  E também substituem helicópteros e foguetes, embora de maneira diferente.

Evidentemente, toda a logística e toda a lógica de voo deverão ser substancialmente modificadas com o uso das Esferas e Discos Voadores.

Esboça-se esta ideia na figura final deste trabalho, em que é apresentado 1/8 de carcaça esférica.

ESBOÇOS DAS FIGURAS