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A BUSCA DO DESCONHECIDO
Sandra
Waehneldt
A parapsicologia é um
processo científico de investigação dos fenômenos
inabituais de ordem psíquica e psicofisiológica. Mas
esses fenômenos são naturais, comuns a espécie humana.
Embora situada no campo científico da Psicologia, a
Parapsicologia liga-se naturalmente a outras áreas das
ciências, pois os fenômenos são de ordem vital, psíquica
e física. Sua complexidade é grande, por isso eles podem
ser estudados e interpretados de maneiras e posições
diferentes.
Alguns sustentam que os fenômenos pertencem à natureza
fisiológica e portanto material, outros defendem que são
de natureza psicológica, portanto extra-física.
Essas linhas e formas de pensamento não prejudicam ou
invalidam o seu desenvolvimento, que se processa nos
dois campos ideológicos, enriquecendo-se com novas
descobertas. O que interessa é o seu
desenvolvimento, as descobertas através de pesquisas
dirigidas e criteriosamente avaliadas com base em coleta
de dados, levantamento de hipóteses, teorias e,
finalmente de teses que serão apresentados em forma de
leis”.
A primeira lei da Parapsicologia existe há muito: “Os
fenômenos independem de massa, tempo e espaço.” O
pesquisador J.B. Rhine diz que “o mundo novo da mente só
é novo para as ciências”. Na realidade, ele é
conhecido há milênios, desde que o homem existe,
principalmente o que denominamos E.A.C. (estados
alterados de consciência).
Com a necessidade de classificações, escolheu-se para
designar os fenômenos chamados paranormais, do ponto de
vista puramente científico, a letra grega usada na
matemática “psi”, sendo necessário dar a esses fenômenos
uma designação inteiramente livre, sem nenhuma conotação
interpretativa.
Os fenômenos Psi ficaram assim divididos em campos
conhecidos: Psi-Gama – fenômenos subjetivos (telepatia,
precognição, etc.) e Psi-Kappa – fenômenos físicos, que
têm interferência na matéria, como por exemplo:
poltergeist, psicocinésia, telecinésia, etc.
Posteriormente, foi necessário acrescentar o Psi-Tetha –
fenômeno referente a outras dimensões ou “mundo dos
mortos”. A física quântica já reconhece
cientificamente outras dimensões.
Todos nós percebemos um “quantum” ou uma determinada
faixa de espectro cósmico: visível, auditivo, gustativo,
olfativo e tátil. Sensibilidade em termos de
percepção extrasensorial seria a capacidade que certas
pessoas têm de aumentar seu “quantum” ou sua faixa de
percepção. Se a pessoa aumentar mais do que o
normal ou comum sua capacidade de percepção, é evidente
que essa pessoa poderá ver ou perceber coisas pouco
habituais.
“Para alguns pesquisadores essa capacidade é uma
reminiscência do homem primitivo, uma reminiscência
animal que foi desaparecendo. Outros sustentam que
são sutilezas, riquezas e aprimoramento da psique
humana. O importante é que nos proporciona
praticar o permanente anseio humano: o
auto-conhecimento. Lembrando Sócrates - “Homem,
conhece-te a ti mesmo”, sempre nos mobilizando a novas
descobertas”.
Outro aspecto de pesquisa é a memória extra-cerebral
(MEC), que surgiu simultaneamente com outras
nomenclaturas paramemórias, reencarnações sugestivas.
Memória esta que não pode estar no cérebro, pois este
pertence à existência atual do individuo que surge com o
corpo nesta vida, enquanto a referida memória
corresponde a uma possível vida anterior. “De onde ela
vem?”, questiona.
“Era fácil e cômodo até há pouco rejeitar ou negar a
existência de Egos anteriores”, admite a parapsicóloga. Agora, porém, com anos de pesquisas aumentando as provas
de sua validade, só resta reconhecer que continuamos
“engatinhando” pelos campos desconhecidos da mente
humana, mas tendo a certeza que outros depois de nós
continuarão a “vasculhar” o desconhecido.
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