HIPNOSE
Sandra
Waehneldt
Agosto/2008
Existem outras vias de conhecimento que não são as
vias habituais. Vamos aprender e explicar o
que é a hipnose, que é uma ciência fascinante, mas
infelizmente muito mal esclarecida.
Aos olhos da grande maioria, o hipnólogo é aquele que
impõe a sua vontade aos outros e fazendo o que bem
quiser com as pessoas e pior. Como já me perguntaram
muitas vezes, o paciente vai para algum lugar e não
volta. Por isto, psicologicamente falando, as
restrições que se vêm fazendo à prática e à difusão do
hipnotismo. Os hipnólogos dizem não gostar de
difundir seus segredos e geralmente não poupam
sacrifícios para neutralizar uma possível concorrência.
A hipnose nada mais é que sugestão e sugestão pelo que
se entende é poder. As dificuldades desta ciência
derivam, pois, de sua própria natureza complexa, de seu
caráter um tanto espetacular, das manifestações
psicológicas que envolvem os da crença no sobrenatural,
aliada a uma ignorância ainda bastante generalizada a
seu respeito. O público de um modo geral ainda
conserva um temor supersticioso e as ciências ortodoxas
se aproximam com receio e cautela.
A prática do hipnotismo é estritamente velha, velha
como a própria humanidade, conforme achados
arqueológicos na velha Babilônia, Grécia, Egito etc.
Muitos sábios, filósofos e líderes religiosos se
dedicaram ao hipnotismo e ainda nos tempos chamados
modernos ainda se usa, mais no Oriente como há milênios,
mantendo uma tradição ininterrupta na prática
principalmente religiosa entre faraós, hindus, chineses
e tibetanos (e os antigos persas) que são considerados
dignos da atenção de hoje com vasta literatura (sobre
ocultismo).
O súbito aparecimento do hipnotismo no Brasil ocorreram por volta
dos anos 50 a partir do ressurgimento no plano mundial,
após um período de latência.
A hipnose tem como regra que ninguém é hipnotizado sem o
seu consentimento e o super-ego (o censor de Freud) está
sempre presente nesta ação ou seja, se o hipnólogo der
uma sugestão contrária às leis morais do "Sujet" (como é
chamada a pessoa na hipnose) ele reage subitamente.
Hipnose, como foi chamada, vem de HIPNOS = SONO em grego;
após algum tempo observaram que não é SONO e sim um
estado de grande relaxamento, que proporciona um bem
estar enorme, sendo detectado no ELETROENCEFALOGRAMA.
Vamos observar o gráfico:
BIORRITMO CEREBRAL
(BETA - |
+ de 14
ciclos por segundo |
(ALPHA -
|
de 8 a 14 ciclos por segundo |
(THETA -
|
de 4 a 7 ciclos por segundo |
(DELTA - |
menos de 4 ciclos por segundo |
O estado BETA é chamado de atenção ou vigília diurna
como nós estamos agora.
O ALPHA é o que nos interessa, pois é este o estado de
relaxamento.
THETA - Quando estamos sonhando e DELTA já pertence ao
sono profundo. Então o BIORRITMO CEREBRAL ficaria
assim:
(BETA - |
 |
(ALPHA - |
 |
(THETA - |
 |
(DELTA - |
 |
A vida moderna obriga-nos a acumular doses maciças de
tensão e frustração que não temos modo de eliminar na
vida ativa. Como foi comprovado, este estado
chamado ALPHA, equivale a uma (1) noite de sono, repondo
assim nossas forças.
Neste estado também são liberadas as chamadas ENDORFINAS
que, falando na Química CEREBRAL funcionam como
analgésico e aumentam consideravelmente a tolerância à
excitação e à dor física.
Assim sendo este estado só traz benefícios.
Ao hipnotizar uma pessoa ou SUJET podemos ter acesso ao
chamado SUBCONSCIENTE mais facilmente, detectando
traumas vivenciais bons ou negativos, esclarecendo que a
hipnose
nunca é estado de INCONSCIÊNCIA, sendo que a pessoa fica
inteiramente ciente de tudo que ocorre na presença do hipnólogo
e do que ocorre o tempo todo. A hipnoterapia
nos mostra rapidamente os nossos traumas e fobias ou,
como chamam, a nossa CAIXA PRETA. Podemos assim,
curar, amenizar rapidamente os mesmos, pois a própria
pessoa nos relata o que sente, as lembranças, as dores e
tudo o que se refere a estas questões.
A hipnose para um entendimento é uma grande arma de cura
e compreensão e, bem explicado, não existe lugar
de onde a pessoa vai e não volta. O que existe na
verdade são grandes interesses materiais envolvendo a hipnoterapia pois sendo uma terapia breve, não interessa
a muitos esta rápida cura. Espero ter esclarecido
assim o que é a hipnose.
OBS.: Tenho mais de 20 anos como hipnoterapeuta. A
hipnose não é apenas uma ciência é também uma arte, a
arte de convencer. Hipnotizar é convencer.
Só sugestiona quem convence e só quem convence
hipnotiza. Este estado chamado ALPHA é comumente conhecido por todos nós quando, ao acordar,
continuamos deitados, relaxados, mas sabemos e ouvimos
tudo à nossa volta. É chamado, no NORTE e no
NORDESTE, simplesmente "madorna".
ESCLARECENDO OS BENEFÍCIOS DA HIPNOSE
Os PARAPSICÓLOGOS resgataram, e
muito, a hipnose pois usando-a, melhor se consegue obter
das pessoas os chamados dons extrassensoriais,
encontrando-se no SUJET várias gradações de "transe",
como é chamada pela ciência. Hoje utilizamos a
hipnose para facilitar:
1 - Transe Leve
2 - Transe Médio
3 - Transe Profundo
Verificando-se, também, as pessoas
chamadas insuscetíveis, aquelas que mesmo querendo não
conseguem ser hipnotizadas. Na minha opinião e
experiência, a maior causa disto é a má informação que
provoca medo. O que um bom técnico consegue com
informação e insistência é "furar" este empecilho, pois
não há segredos para um bom hipnólogo. Existem,
sim, técnicas que levam a pessoa ao estado ALPHA,
repetindo: grande relaxamento. Com boas técnicas,
voz adequada e repetição das sugestões, conseguimos bons
efeitos. É claro que o paciente deve ter também a
vontade de ajudar, não desistindo logo na primeira
tentativa. Assim conseguimos, rapidamente, bons
resultados. Sabendo-se que a hipnose proporciona
curas e melhoras, ela também auxilia a reprogramação
mental. Como funciona a reprogramação mental?
Simplesmente sugestionando-se o paciente para substituir
os pensamentos negativos com sugestões positivas deste
mesmo pensamento, sem necessariamente alterá-lo.
Na REGRESSÃO INTRAUTERINA, por
exemplo, detectamos que o feto já sabe tudo que ocorre a
sua volta: se é desejado, se foi programado, se os pais
brigam etc. Este trabalho permite que as pessoas
revivam e lembrem fatos relacionados ao seu
desenvolvimento dentro do útero, revivenciando traumas,
fatos e sentimentos que aconteceram a partir do
exterior. Comprova-se assim a sensibilidade da
criança ao que acontece em torno de si mesma, também
relatando seu nascimento que pode ser, em alguns casos,
altamente traumatizante.
Sendo assim, a regressão intrauterina
e a vidas passadas também é forma de autoconhecimento.