A CAPACIDADE TRANSFORMATIVA
DA MENTE DA TEORIA PARAPSICOLÓGICA GERAL
NA TELEPORTAÇÃO OU APORTE:
PSICON -> OBJETO -> PSICON -> OBJETO
Geraldo dos Santos Sarti
IPRJ - ABRAP - IPPP - Junho/2008
Original de Junho de 1985
(Constante de
"Tópicos Avançados em Parapsicologia" - EGUSA - 1987)
O que é, é.
Parmênides de Eléia,
Filósofo Grego (520 - 450 AC).
Teleportação
1. O FENÔMENO COMO É PERCEBIDO
A equipe do I. P. R. J. liderada
pelo Prof. Mário Amaral Machado, observou teleportações
recentes nas pesquisas efetuadas com Antônio Alves
Ferreira.
A - De dentro de uma cristaleira
fechada à chave foi aportada para perto de Antônio uma
vasilha de vidro contendo, por coincidência, moedas
paranormalmente dobradas por Thomas Green Morton.
A vasilha de vidro espatifou-se no chão, ao lado de
Antônio, que estava de costas para a cristaleira,
sentado.
B - Antônio auto - aportou-se de fora
de seu quarto de hóspedes, trancado, para dentro dele.
C - Em uma festa, o abridor de latas
sumiu da mesa. Ouviu-se um barulho de peça de
metal caindo. Procurou-se por toda parte da casa e
não foi encontrado nada que revelasse ter caído um
objeto de metal. Posteriormente o abridor foi
encontrado na cozinha, ao lado de onde estavam os
participantes. Supõs-se ter ocorrido a
teleportação do abridor.
Outras possíveis teleportações foram
observadas parcialmente na sua fase de epifanismo
(aparição), particularmente de insetos, inclusive vivos e
de uma lata de cozinha mas não houve nesse caso
condições de avaliar o possível afanismo (desaparição)
correspondente.
2. O FENÔMENO MATEMATICAMENTE
DESCRITO
Seja "x" o espaço ou a posição de um
corpo referenciado seu centro de massa a um sistema
inercial qualquer. Seja "t" o tempo ou a sucessão
de instantes que o corpo ocupa. Se x = f (t) é uma
função do tempo, pode-se ter o seguinte esquema num
gráfico x x t:
x, = f ( t )

Dessa forma, no instante ξ, a f ( t )
torna-se uma distribuição no tempo com uma
descontinuidade Δ = x2 - x1,
correspondente a um salto da função de x2
para x1. Vê-se no gráfico que um corpo,
no instante ξ, ocupa duas posições simultâneas (duplo)
ou como alternativa para a teleportação, ocupa x1,
desocupa x1 e ocupa x2, tudo sem
consumo de tempo. Em verdade houve apenas uma
translação Δ de f ( t ) já que a própria função não
modificou a sua forma. Nesse caso teremos que:
x = f ( t ) + Δ S ( t - ξ )
onde S ( t - ξ ) é a seguinte step
function:

Em gráfico, a distribuição step
function pode ser representada como abaixo:
S ( t - ξ )

A velocidade de transição do ponto x1
para o ponto x2 será:
Onde

Sendo assim a velocidade
de
transição na teleportação é infinita pois

Embora fisicamente se
possa argumentar que uma velocidade infinita é
impossível, o fato é que do ponto de vista matemático é
efetivamente tal velocidade que ocorre, desaparição num
local e aparição noutro local (do mesmo corpo?) sem
consumo de tempo.
A observação nos faz
supor que a energia total do corpo aportado permaneça
constante, o que indica, pelo princípio de conservação
de energia, que a perturbação que originou o afanismo é
não física, ao contrário das perturbações que provocam
as transições entre níveis quânticos.
Cumpre finalmente
ressaltar que o processo de teleportação dá-se na região
imaginária, proibida, do cone da luz.
Sendo constante o
intervalo métrico ds teremos para um certo referencial
inercial:
ds2
= c2 dt2
- dx2 = cte
No caso, o intervalo
temporal infinitesimal dt entre desaparição e aparição é
nulo o que faz com que:
ds = i dx
(entrada em hiperdimensões - vácuo com tempo imaginário:
ds tem dimensão temporal)
Fica assim violado o
princípio de causa e efeito para eventos genidênticos
(que ocorrem sobre um mesmo corpo). O processo
pode ser considerado acausal, embora deva ser facilitado
por uma perturbação externa ao corpo. É tal
perturbação externa que passamos a investigar do ponto
de vista físico-matemático e que nos apontará uma
possibilidade de entendimento da natureza do fenômeno de
teleportação.
3. A NATUREZA
PSICOFÍSICA DA TELEPORTAÇÃO
Vamos aplicar a teoria
das perturbações de Rayleigh-Schroedinger de 1ª ordem.
Seja H° o operador hamiltoniano original. Então a
equação de autovalores que descreve as medidas a serem
obtidas de um sistema será:
( 1 )
Essa equação de autovalores de
energia En contém o vetor de estados
possíveis ψn, a função de onda que descreve o
sistema a ser teleportado.
Vimos anteriormente que a step
function cria uma transição espacial do sistema e
portanto escolhêmo-la como um operador que perturba H°.
Sendo assim:
( 2 )
H nesse caso é o operador
hamiltoniano perturbado. Por outro lado, como uma
função do tempo a equação de Schroedinger torna-se:
( 3 )
Expandindo ψ ( t ) através das
autofunções ψn tem-se:
( 4 )
Nesse caso, os coeficientes de
expansão ficam como valores esperados:
( 5 )onde
( 6 )
Substituindo a expansão ( 4 ) na
equação ( 3 ) vem:
( 7 )
Efetuando um produto escalar por ψm
em ambos os membros de ( 7 ) vem:
( 8 )
Sabendo-se da ortonormalidade das
funções de onda autofunções tem-se:
( 9 )Junto com a expressão apriorística (
2 ) vem que:
( 10 )Tem-se de ( 1 ) e ( 9 ) que:
( 11 )
( 12 )
Por outro lado, a expressão ( 10 )
apresenta a seguinte igualdade interna para m = n
( 13 )Subtraindo tal igualdade de (10
) vem:
( 14 )Sendo 1 um valor inicial do leque n
dos valores assumidos para m = n e considerando que as
condições iniciais são as abaixo:
cm (0) = < Ψm
/ Ψ1 >
( 15 )
e que as perturbações são
fraquíssimas, podendo-se desprezar os termos da expansão
diferentes de c1 vem:
( 16 )
O que ocorre para m = n; como
conseqüência ( 14 ) fica:
( 17 )Como supõe-se que as energias inicial
e final são idênticas na teleportação a equação ( 17 )
torna-se:
( 18 )
Aplicando ( 16 ) vem:
( 19 )
Resolvendo tal equação teremos:
( 20 )
Interessando o metafanismo no tempo ξ
vem:
( 21 )
Sendo θ = f (∆) obviamente θ =
kx, para ter-se a dimensão angular.
Substituindo em ( 4 ) vem:
( 22 )
Logo:

onde
é a perturbação psicônica das auto-funções.
Essa última expressão significa que a onda psicônica,
livre, é o elemento que perturba o corpo e provoca a
transição espacial do mesmo na teleportação.
4. CONSIDERAÇÃO FINAL
Sendo o psicon o substrato do pensamento, a perturbação
da teleportação pode ser atribuída a certas condições
psiconeurológicas que introduzam um "link" informacional
entre o paranormal e o objeto a ser teleportado.
Fica evidenciada assim a importância do estudo da
psicologia do paranormal bem como de seu sistema
neurológico para conhecer-se sob que condições pode ele
provocar a teleportação e outros fenômenos similares. |