DUAS CONCEPÇÕES COMPLEMENTARES
DO FENÔMENO PSi E O FLUXO OU
RELAÇÃO INTRA-PSi
SARTI - BORGES - CARUSO
1980 e 1985
I - SINCRONICIDADE E FUNÇÃO PSi
Geraldo Sarti
A função PSi
diferencia os fenômenos parapsicológicos
apenas pelo sentido em que a relação tende.
Constante do livro "Parapsicologia e
Psicofísica, WZ, 1980
O estudo psicológico exato do fenômeno
paranormal torna-se difícil de ser prosseguido no momento em que se toca na
unicidade psicofísica do universo sincronístico. Algum formalismo pode ser
conseguido ao fazermos com que haja uma função relacionante substitutiva da
unicidade. Tal função, que chamaremos PSi REL, relaciona matéria e psique,
psique e psique e matéria e matéria e a julgamos imprescindível para a
expressão do fenômeno sincronístico, mesmo considerando sua invialibilidade em
vista dos princípios físicos atuais concernentes às relações de causa e efeito,
mais particularmente no que se refere à teoria da relatividade restrita.
Verificamos porém que esta última tem uma validade empírica inelutável em se
tratando de processos físicos. No caso parapsicológico porém, ela perde
todo seu potencial determinístico, o que no faz supor a existência de um gap
fundamental na teoria. Sei PSi REL não é formal, ela pode ser uma função
do aparelho psíquico, análoga à função PHI de filtragem reticular. De uma
maneira ou de outra, PSi REL é um recurso para abordagem da sincronicidade.
Se PSi REL é uma
função real, ela será apenas passiva e receptiva através de contato com a
sincronicidade, realizando uma duálise, daí a chamarmos nesse caso de PSi DUAL.
Ela seria não produtiva,
pois que toda a fenomenologia sincronística dar-se-ia externamente ao seu
centro de funcionamento tratando-se de processos independentes da atuação do
sistema nervoso. Provavelmente sua fisiologia não seria isolada no ser
humano unicamente, mas também nos animais irracionais, o que nos leva a
inferir que seria uma função primitiva e subcortical. Uma breve
teoria da PSi DUAL seria:
I - A sincronicidade é uma
lei válida.
II - A unicidade se
dicotomiza em subjeto e objeto.
III - O funcionamento
psicológico se dá nas bases dicotomizadas conduzindo à síntese elaborativa de
material psíquico.
Então PSi DUAL realizaria
uma nítida separação na unicidade, sem se envolver com o fenômeno
sincronístico, entrando em ação o aparelho psicológico no efeito de síntese
ou re-unicidade.
Se, por outro lado, tivermos
PSi REL, a função será a geradora do fenômeno sincronístico ainda que
formalmente. Transitoriamente ignoraremos o enfoque fisicalista sobre
PSi REL, sabendo-a substitutiva da sincronicidade. Ela controla e
relaciona o fluxo informativo externo de acordo com o objetivo em confronto
com os sistemas inconscientes do sujeito. Nesse acordo ela tem
importante função sociológica na medida em que incorpora o objeto ao
inconsciente coletivo. PSi REL é uma função invertível pois que
substitui a unicidade sincronística. Tal simetria é necessária porque
a sincronicidade admite a unidade natural entre psique e matéria. Isso
vai de acordo e torna inteligível PK como a função PSI REL responsável pela
psicocinese, não sendo PK necessariamente uma nova função psíquica mas
unicamente uma função representativa do sentido negativo dos fenômenos de
PSi movimento (psique → matéria). A diferença entre os fenômenos de
PSi conhecimento CV, PG e de PSi movimento dá-se apenas quanto ao sentido de
atuação de PSi REL. Chamaremos PSi - REL a função de psicocinese e PSi
+ REL as de clarividência e precognição e de PSi o REL as de telepatia e
interação matéria - matéria. Não há entretanto nada que restrinja PSi
+ REL aos fenômenos exclusivamente paranormais de CV e PG.
Já que para haver
conhecimento, e isso é uma abstração, deverá haver uma relação atuante entre
subjeto e objeto e se aceitarmos a sincronicidade como lei genérica,
qualquer forma de conhecimento exigirá uma função do tipo PSi + REL,
inclusive CV e PG.
Dessa maneira, pode ser
concretizado um projeto de entendimento de PSi - REL como sendo a função
simétrica do conhecimento. A pergunta que urge é que aparentemente a
psicocinese dá-se muito menos que o conhecimento.
Entretanto, é justo supor-se
que ambas se possam compensar e em assim sendo, PSi - REL desempenharia
fundamental papel na estruturação do universo físico assim como este
desempenha na estruturação do conhecimento.
Realmente na natureza física
existem mistérios tais como a coesão nucleônica e a divisibilidade
progressiva da matéria.
A coesão nucleônica é
realizada por interações nucleares, sendo impossível serem tais interações
coulombianas pois haveria repulsão próton - próton, com desintegração
nuclear e colapso da matéria agregada. Por outro lado, as interações
eletromagnética e gravitacional inter-núcleons são muito mais débeis que
a própria interação nuclear.
Daí não ser a coesão
nucleônica eletro magnética ou gravitacional.
Por sua vez, a
divisibilidade da matéria conduz a partículas superfundamentais com frações
de quanta de carga e spin e, à medida que se vai fracionando, surgem novas subpartículas, com os mésons pi e mions
e quarks, consideradas portadoras de energia
de ligação através de trocas, ficando subentendido serem prótons e neutrons
não diferentes mas apenas aspectos passageiros de um conglomerado de
partículas interatuantes. Porém, continua a divisibilidade progressiva
da matéria, com implicações desastrosas para a teoria da energia de ligação,
a ponto de chegarmos a conceber suposições ad hoc tais como "o
espaço é aglutinante" ou "a estrutura material é de natureza PSi - REL".
Nesse caso PSi - REL fica tão congestionada com PSi + REL, e naturalmente.
O mesmo tipo de abordagem
poderá ser realizada para PSi o REL no que respeita agora às macrointerações
molares e aos fenômenos de telepatia e intercomunicação.
Finalizando o presente
tópico, como complemento do estudo da sincronicidade e da concepção taoísta,
diremos que o uso de funções formais, antes de ser uma mera convenção, surge
como solução de valor para o problema da unicidade fora do empirismo
oriental caracterizado pela certeza de que a introspecção é a rigor a única
maneira de conhecer. A função formal se nos aparece como a solução
objetiva peculiar ao modo ocidental de racionalidade e de controle dos
fatos.
II - UM MODELO PARA A
PARAPSICOLOGIA
- Valter da Rosa
Borges
- Ivo Cyro Caruso
Tese apresentada no I Congresso Nordestino de
Parapsicologia
e no III Simpósio Pernambucano de Parapsicologia, realizados nos
dias 11, 12 e 13 de outubro de 1985, no Auditório da
Universidade
Católica de Pernambuco e promovidos pelo Instituto Pernambucano
de Pesquisas Psicobiofísicas - I. P. P. P.
A Parapsicologia, é uma
ciência invejavelmente rica de fenômenos, como também de hipóteses para a
explicação dos mesmos. Porém, inexiste uma teoria geral da
paranormalidade ou, ao menos, um modelo abrangente capaz de proporcionar
unidade e coerência à multiplicidade de suas hipóteses.
Já advertira Abraham Moles
(1) que o "papel da ciência se acha modificado, não é mais o de
prever a marcha do universo em sua minúcia, mas o de construir um modelo
inteligível que sirva à apreensão da Natureza pelo homem".
Os modelos são sistemas lógicos de conceitos.
O conceito é a representação intelectual de um objeto.
O conjunto de conceitos forma uma estrutura que se define por um sistema.
Esse envolve subsistemas e, por seu turno, é, em si, subsistema de um
sistema maior.
Devemos, na acepção de Karl Popper, estabelecer a demarcação da ciência
daquilo que não é ciência. Mas, por outro lado, é necessário que
façamos a demarcação de cada ciência, definindo, com a precisão desejável, o
seu território fenomenológico.
A Parapsicologia necessita, urgentemente, demarcar a sua área objetal, assim
como estabelecer um modelo abrangente que, explicando eventos e processos de
seu universo fenomenológico, proporcione a integração de seus sistemas
classificatórios - psi-gama e psi-kapa – num sistema conceitual coerente,
harmonizando hipóteses até agora isoladas.
Assim, dada a dificuldade atual de se elaborar uma teoria geral da
paranormalidade, resolvemos, na oportunidade da realização do I Congresso
Nordestino de Parapsicologia e do III Simpósio Pernambucano de
Parapsicologia, apresentar, embora de maneira ainda esquemática e sob forma
de simples comunicado, um Modelo Geral da Parapsicologia (MGP) à comunidade
científica do país.
2. PRINCIPAIS CRÍTICAS À POSIÇÃO OFICIAL DA PARAPSICOLOGIA
Preliminarmente, se faz mister arrolar, ainda que resumidamente, as
principais críticas ao atual modelo da Parapsicologia (se este modelo
existe) nos seguintes itens:
a) Os fatos, chamados paranormais, são examinados separadamente, em
compartimentos conceituais isolados psi-gama e psi-kapa, dificultando,
assim, o estabelecimento de uma hipótese ou teoria geral da fenomenologia
parapsicológica.
b) À luz do conceito moderno da metodologia científica, a Parapsicologia
ainda não procedeu à demarcação precisa do seu objeto, de sua área
fenomenológica, da natureza de seus problemas e de suas relações
interdisciplinares com as demais ciências.
c) A Parapsicologia utiliza, prioritariamente, o método
quantitativo-estatístico-matemático em detrimento de outros procedimentos
metodológicos o que poderia proporcionar um substancioso enriquecimento de
seu campo de pesquisa.
d) A Parapsicologia não adotou uma terminologia própria e descompromissada
com a carga semântica de certos vocábulos originários de outras áreas do
conhecimento científico, filosófico e até mesmo religioso, ressentindo-se,
portanto, da necessária autonomia terminológica no trato dos fenômenos que
investiga.
Em nosso Modelo Geral da Parapsicologia (MGP), procuramos enfrentar esses
problemas na tentativa de traçar o perfil epistemológico adequado da
fenomenologia paranormal.
3. CARACTERÍSTICAS DO MGP
A Parapsicologia é uma ciência de extensa interdisciplinaridade e, assim, é
compreensível que as bases do Modelo Geral da Parapsicologia (MGP) possam
ser encontradas, a título de empréstimo, em teorias e hipóteses de outros
domínios científicos. As ciências se enriquecem nas suas relações
recíprocas, na experimentação de modelos alternativos, nos procedimentos
análogos de pesquisas e na permanente elaboração de estratégias
metodológicas para a compreensão, cada vez mais aprofundada, do que se
postula como realidade.
As características do MGP podem, assim, ser resumidas:
a) Não se propõe a resolver problemas insolúveis, tais como a relação
mente-corpo, a essência do conhecimento ou da realidade, etc.
b) Não trata de questões transcendentais ou metafísicas por não dizerem
respeito ao objeto da Parapsicologia.
c) Estuda, de maneira pragmática, as relações concretas entre o homem e o
mundo exterior à luz de processos específicos, ditos paranormais, da mente
humana.
d) Estabelece conceitos próprios e mais adequados à fenomenologia
paranormal.
e) Investiga o homem, na situação de sistema aberto, como provável
epicentro de relações fenomenológicas de alta complexidade, envolvendo
fatores pertinentes às mais diversas áreas do conhecimento.
4. ESTRUTURA DO MGP
Passaremos, agora, ao estudo detalhado, embora conciso, do MGP, onde
procuraremos demarcar o território epistemológico da Parapsicologia e
estabelecer uma nova estrutura terminológica e conceitual da fenomenologia
psi.
Antes, porém, firmaremos os conceitos de fenômeno paranormal ou psi, de
Parapsicologia e de função psi .
4.1. FENÔMENO PARANORMAL
De maneira sintética, podemos denominar de paranormal ou psi a todo fenômeno
que, tendo o homem como seu provável epicentro, apresenta as seguintes
características:
a) Uma modalidade de conhecimento que uma pessoa demonstra de fatos físicos
e/ou psíquicos, relativos ao passado, presente ou futuro, sem a utilização
(aparente) dos sentidos e da razão, assim como de habilidades que não
resultem de prévio aprendizado.
b) Uma ação física que uma pessoa exerce sobre seres vivos e a matéria em
geral, sem a utilização de qualquer extensão ou instrumento de natureza
material.
4.2. PARAPSICOLOGIA
É a ciência que tem por objeto o estudo e a pesquisa do fenômeno paranormal.
Demarcado, portanto, o domínio fenomenológico da Parapsicologia e
clarificadas as suas fronteiras, torna-se possível definir as suas relações
interdisciplinares com as demais ciências, a filosofia e a religião.
4.3. FUNÇÃO PSI
É o conjunto de todos os elementos circunstanciais que pode produzir o
fenômeno paranormal. Segundo esse novo conceito de função psi, os principais
conjuntos de elementos circunstanciais se encontram:
a) No Agente Psi (AP)
b) No Meio Psi (MP)
c) No Fluxo Psi (FP)
O modelo da função psi pode ser expresso por:
f (Psi) = f { (AP), (MP), (FP) }
sendo a função psi, ou f (psi), uma função, f, resultado da interação entre
os conjuntos de elementos circunstanciais do agente psi (AP), do meio psi
(MP) e do fluxo psi (FP). Qualquer elemento ou fator circunstancial, que se
encontre envolvido ativamente no fenômeno psi, poderá ser situado em um dos
conjuntos acima.
Examinaremos, em separado, cada um deles.
4.4. AGENTE PSI (AP)
É qualquer pessoa envolvida no fenômeno paranormal, constituindo um dos
conjuntos de elementos, ou subsistema, que participa da função psi. O agente
psi (AP) conceitua uma agência, enquanto o fenômeno paranormal se manifesta.
A expressão agente psi substitui, no MGP, vocábulos como médium, sensitivo,
paranormal e evita, desse modo, estabelecer qualquer questionamento sobre a
possível existência de um padrão novo de personalidade - o homem paranormal.
Raríssimas pessoas apresentam alta probabilidade de atuar como agente psi
(AP). Por isso, as designaremos de agente psi confiável (APC). As demais,
apenas eventualmente, poderão funcionar como agente psi.
Com fundamento nessa nova estrutura conceitual, poderemos, desde logo,
estabelecer os seguintes postulados:
a) A presença do agente psi, é condição necessária, mas não suficiente, para
a manifestação da função psi.
b) Quanto mais alta for a confiabilidade do agente psi, maior será a
probabilidade de manifestação da função psi.
O agente psi é simples, quando, para a manifestação da função psi, concorre
uma só pessoa.
O agente psi (AP) e complexo, quando, para a manifestação da função psi,
concorrem duas ou mais pessoas.
Quando se colocam os agentes psi em posições relativas nos processos de
emissão e de recepção, podemos designá-los de:
a) Agente psi emissor (APE), quando se encontra na extremidade emissora, no
instante em que se examina o fluxo psi.
b) Agente psi receptor (APR), quando se encontra na extremidade receptora,
no instante em que se examina o fluxo psi.
4.5. MEIO PSI (MP)
É o espaço onde ocorre o fenômeno paranormal, constituindo-se de todos os
elementos circunstanciais que interagem com os demais elementos da função
psi.
No meio psi (MP) interagem as forças e os campos do domínio de elementos
naturais e do agente psi (AP), tanto em níveis microscópicos quanto em
níveis macroscópicos.
4.5.1. CAMPO PSI (CP)
Um dos elementos que se evidencia no meio psi (MP) é o campo psi (CP), ou
seja, o domínio de ação das atividades superiores do cérebro e que interage
com a estrutura energética do espaço. A nível das células do cérebro,
funções elementares bioenergéticas produzem efeitos de campos complexos,
microscópicos e localizados, onde é possível a reversibilidade e as permutas
entrópicas e anatrópicas das energias postas em jogo.
4.6. FLUXO PSI
É, no instante operacional do agente psi, um fator circunstancial da função
psi e se constitui da interação de informação e energia.
O fluxo se estabelece entre estados do processo psi.
A análise do FP se procede segundo um aspecto de dupla polarização:
a) Matéria/energia, quando estudado o aspecto energia.
b) Ação/comunicação, quando estudado o aspecto informação.
Como resultante da interação energia/informação, observa-se a dominância de
um aspecto sobre o outro.
Do desdobramento de uma análise dessa dominância, distinguiremos:
a) o fluxo psi informacional (FPI), quando, nele, a informação é dominante
em relação à energia.
b) o fluxo psi energético (FPE), quando, nele, a energia é dominante em
relação à informação.
O fluxo psi (FP) apresenta duas formas de manifestação:
a) Endopsi, quando a informação ou a energia se transfere do nível
inconsciente (NI) para o nível consciente (NC) do agente psi ou vice-versa.
b) Exopsi, quando o agente psi, nas suas relações com o meio psi,
exterioriza ou recolhe conteúdos informacionais ou energéticos.
Em certos casos, a saída de informação ou de energia pode originar-se do NC
do AP, quando este quer produzir um fenômeno paranormal e o consegue.
Impossível, porém, é o AP tomar conhecimento da entrada da informação ou da
energia em seu psiquismo, porque essa entrada se processa em nível
inconsciente. Ou seja: uma pessoa só sabe que foi afetada por FPI ou FPE,
como receptor, se ocorrer a conscientização do FP. Porém, essa situação de
latência do FP, em nível inconsciente, poderá resultar em alterações
psicológicas e/ou orgânicas na pessoa do receptor.
5. CONCLUSÃO
Estamos esperançosos de que o Modelo Geral da Parapsicologia (MGP) sirva de
ponto de partida a debates provocados pelo estudo crítico de cada um dos
seus elementos estruturais - agente psi, meio psi, fluxo psi, etc. A
natureza de cada elemento desses conjuntos (ou subsistemas) ainda contém
uma, ou mais de uma, caixa preta. Adotando-se a metodologia transcientífica
da Cibernética de que as caixas pretas, encontradas nos subsistemas do MGP,
não impedem a continuação dos estudos dos processos envolvidos, de logo se
descortina a perspectiva às férteis discussões, ensejando novas hipóteses e
procedimentos de pesquisas. Assim, o MGP poderá tornar-se, em futuro
próximo, o alicerce epistemológico para uma teoria geral da paranormalidade.
O êxito, porém, deste Modelo depende, não apenas do trabalho pioneiro e
isolado da equipe do Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofisicas,
mas, principalmente, da colaboração crítica de parapsicólogos e de
Institutos de Parapsicologia, na busca permanente de explicações e
descrições, cada vez mais adequadas, da complexa fenomenologia paranormal.

Esquema dos fluxos Exo -psi
e Endo - psi.
Partindo da imagem A até à
imago A''' exteriorizada pelo Agente psi, tem-se: a imagem A através do FP
exo - psi é captada no NI como imago (imagem derivada da imagem anterior)
A', a qual, pelo FP endo - psi é levada ao NC sendo captada como imago A'',
a qual é conscientizada e, por sua vez, é transmitida semiologicamente
resultando na imago A'''. Cada imago (imagem derivada da anterior) A',
A'', A''', sofreu a ação de ruídos e distorções de acordo com a capacidade
interpretativa do agente psi.
Por raciocínio análogo, o
leitor poderá inverter o percurso do FP, atribuindo aos elementos acima
analisados os sentidos adequados.
(1) Abraham Moles. A Criação Científica. Editora
Perspectiva,Universidade de São Paulo. São Paulo, 1971.
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