Parapsicologia RJ - Geraldo dos Santos Sarti

ESTRUTURAS DO ESPAÇO - TEMPO
NAS TEORIAS DA RELATIVIDADE GERAL,
RESTRITA E PSICÔNICA

 

Geraldo Sarti

(IPPP - ABRAP - NIAC - IPRJ)

Julho de 2010

  

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Alessandro Dias Pereira - Web Master

 

INTRODUÇÃO

Esta apresentação tem por finalidade dar ao Leitor os elementos para maior compreensão das Teorias dos PSICONS (PSi), e das RELATIVIDADES chamadas de Relatividade Restrita (TRR) e de Relatividade Geral (TRG).

A TRR tem como objetivo a descrição dos Campos Eletromagnéticos.  A PSi pretende descrever os Campos Mentais enquanto a TRG teoriza os Campos Gravitacionais.  A TRG pode ser considerada uma generalização da TRR.  A PSi é uma universalização da TRR para quaisquer dimensões, adeque-se à Física Quântica e, como solução para o Campo Mental, deve ser observada como estabelecendo inequívoca correspondência com os fundamentos da Psicanálise ou das teorias do Inconsciente.  Como Teoria dos Campos Mentais, PSi surge como fundamento para entender-se os fenômenos parapsicológicos, sejam ESP ou PK.  Coincide, também, em quase todos os aspectos, como o Espiritismo de Kardec.

AS ESTRUTURAS DO ESPAÇO - TEMPO

Pode-se considerar na TRR que o tempo universal "t", que progride positivamente, esteja inicialmente alinhado no espaço "x", de tal forma que sempre haja uma diferença positiva   Δ =  c t -  x, em que "c" é  a  velocidade da  luz, a máxima velocidade  em três dimensões.   Em outros termos, se a diferença "Δ" é positiva (ou nula),  c t  >  x.  Rodando de 90°, "i", apenas o espaço "c t", em torno de uma segunda dimensão, ao final desta rotação tem-se o eixo "i c t".  Neste caso, evidentemente, foi exigida uma segunda dimensão de rotação que pode ser considerada a nova "i c t", como abaixo:

Qualquer rotação, spin, de 90° sobre um dado "A" qualquer será:

.

Naturalmente, se  ∂  =  180°, tem-se:

.

Se "A" é um ponto, i A será considerada uma rotação ou spin do ponto sobre si próprio.  Naturalmente, se for feita uma rotação completa de 2 π , poderá ser dito que "A" recebeu spin2, isto é, A ei π =  A i4  =  A.

O Leitor deve saber que

.

Feita esta interrupção e retornando à TRR, após a rotação de 90° de "c t", isto é "i c t", o Teorema de Pitágoras indica que a hipotenusa S é tal que

- S2  =  c2 t2 - x2   e - d S2  =  c2 dt2 - d x2  ou simplesmente, S2  =  c2 t2  - x2, para melhor compreensão.

Para as 3 dimensões x, y  e z tem-se:  -S2  =  c2 t2  - x2 - y2  - z2  e,  - d S2  =  c2  d t2  -  d x2  -  d y2  -  d z2 ,

ou como, antes, o sinal negativo de S2 pode ser acertado.

Deve ser salientado neste ponto que a soma x2  +  y2  + z2  pode ser considerada também como o quadrado do raio "R" de uma esfera tal que:

R2  =  x2  +  y2  +  z2.

Então,

R2  - z2  =  x2  +  y2 .

Sendo R  = constante, qualquer acréscimo infinitesimal nas coordenadas x, y  e  z será tal que:

- 2 z d z  =  2 z d z  +  2 y d y.

Ou simplesmente,

-  z d z  =  x d x  +  y d y

Como x  =  y  = z tem-se:

- z  d z  =  2 z  d z, o que seria impossível.

Integrando, entretanto, os dois termos até o raio R, com liberdade para o primeiro vem:

.

ou, então outras palavras,

.

 

O cálculo com o arco e2  =  R2 θ2  também será o mesmo se

.


Aliás parece mesmo óbvio que a quantidade imaginária não sofra restrições com relação à quantidade real.

Veja-se, além disso, que, - z  d z, como produto i z. i d z, é compatível com  i z  e d (i z)  =  i d z .

Todo o raciocínio pode ser estendido para o quadrado, o cubo, o hipercubo etc...

Tratando-se apenas de infinitésimos, como já feito  - z  d z  =  2 x  d x  =  2 z  d z.

Diferenciando a expressão e, como em PSI  e TRR os infinitésimos de 2ª ordem são zero, pela linearidade da estrutura do espaço - tempo em ambas, tem-se

-  d z2  =  2  d x2  ou, generalizando,

.

Continuando na Teoria PSI a mesma rotação de 90° feita na TRR repete-se.  Entretanto, o elemento a projetar-se é "x":

Novamente, aplicando Pitágoras,  S2  =  c2 t2  -  x2 .

Com a explicação das rotações pode-se escrever

S2  =  c2 t2  -  n x2  =  c2  t2  +  x 2n+1 .

Os elementos espaciais podem ser aumentados sem qualquer limite, fazendo-se a rotação em torno do eixo c t, de tal forma que o ângulo φ simultânea à rotação do plano "i x  x t" resulte em:

Neste caso,

.

, velocidade, resulta

.

Este espaço - tempo PSI é o mesmo que o espaço - tempo em 1 dimensão da TRR.

Efetivamente, para a rotação φ do plano "i c t x x" TRR tem-se:

Neste caso,   .


Vê-se, claramente que, para 1 dimensão, a rotação φ do plano espaço - tempo da TRR é igual ao plano espaço - tempo de PSI.

Repita-se que outras dimensões são sempre agregadas ao plano i x  x  c t  de PSI.  Como as rotações dos "planos" espaciais são igualmente traduzíveis como

.


cada rotação destes planos em torno de c t faz surgir um novo plano i x  x  c t.

Isto ocorre automaticamente quando  tg φ = α = .

Há a mudança para novo espaço - tempo idêntico ao anterior, com mais uma dimensão real, e assim sucessivamente.  PSI é sempre o imaginário criando o real.

Tem-se um desdobramento universal do espaço - tempo como um universo em hélice ou helicoidal, já detalhado no estudo anterior de abril de 2010, intitulado "Universo Helicoidal Móvel - Descrição do Campo Mental em Relatividade: Geometria Física".

Finalmente, é possível que para o spin 2 do suposto Gráviton, correspondente a 4 rotações de π / 2, ele esteja na 4ª dimensão.  Na TRG é suposta uma rotação inicial do espaço - tempo no tempo universal "t", em torno de uma coordenada temporal T, que é o "tempo próprio" daquela estrutura, rotação dirigida para o eixo "z".  Supõe-se pois, uma velocidade angular e o sistema não é mais linear ou inercial como em PSI e TRR.  Assim, as 4 dimensões em TRG são móveis.

A representação construtiva deste espaço - tempo é muito difícil mas pode-se apresentar o universo da TRG como resultado final:

Seja em TRR, PSI ou TRG, o intervalo espacial da métrica do espaço - tempo é feita, em geral como:

-  d  S2  =  g i k  d xi  d xk .

Na TRR:

g11  =  g22  =  g33  = 1  e  x0  =  - 1.

Para as demais coordenadas, i ≠ k  e  g  i k  =  0.

E PSI, g11  =  - 1  =  g n n .  g 0 0  = g(n+1)  (n+1)  =  1

g i k  = 0 para i ≠ k.  Sempre a hiperdimensão englobará as dimensões anteriores Hierarquicas.

Na TRG, esta expressão tem resultado mais complicado e pode ser sintetizada como a Geodésica em torno de T que se escreve:

.


Sendo S  =  c T para um corpo que é apenas um relógio que não se desloca no espaço, então:

.


é negativo, é chamado símbolo de Christoffel e relaciona as variações das coordenadas entre si, conforme o sistema de referência utilizado.

Como já visto, tais coordenadas são

x0  =  c t

x1  =  x

x2  =  y

x3  =  z

isto é, os índices variam de 0 a 4.

Em TRR e PSI,

.


Como esta é a expressão de uma aceleração, em qualquer circunstância ou índice colocado os sistemas de PSI e TRR não são acelerados, isto é, são inerciais.

Em estudos posteriores a TRG será analisada mais detalhadamente.

 

BREVE DISCUSSÃO E CONCLUSÃO

O Leitor pôde perceber que a estrutura PSI é a mesma estrutura da TRR após a rotação de 90°, de tal forma a admitir um número infinito de dimensões a velocidades quaisquer, maiores, iguais ou menores que a da luz.  O fator de correção de Lorentz fica mantido e é apenas, em PSI, uma função do número de dimensões considerados.  Pode-se mesmo dizer que na estrutura de PSI, valem as transformações de Galileu corrigidas por Lorentz e rotacionáveis.

Embora a TRG descreva também um contínuo espaço tempo a 4 dimensões, basicamente incorre na questão de como obter matéria a 4 dimensões.  Ele não se aplicaria a nenhum objeto da realidade que percebemos no dia-a-dia e, tempo - espaço, só pode explicar a gravitação com a ausência de corpos de prova.  A gravidade em TRG é uma função exclusiva do encurvamento do espaço - tempo, com massa.  Nesse caso, a Geodésica evolui em corpo acelerado por matéria, um meio ou vácuo, que preenche todo o espaço - tempo.  É realmente muito interessante.  É mesmo como se descrevesse o Campo Mental como se ele fosse real!  Daí nossa freqüente pergunta, feita em trabalhos anteriores, "É Psíquica a Gravitação?".

Feita esta analogia entre o Corpo Mental imaginário de PSI e a TRG e sua estrutura real em 4 dimensões, apresntamos um pequeno apanhado do que se aceite se básico sobre a TRR, PSI e TRG:

 

Campo

Massa

Velocidade

TRR - Eletromagnético

TRR - Real TRR - Menor que a da luz
TRG - Gravitacional TRG - Inexistente em 3D ou 4Dimensional TRG - depende da escolha dos referenciais.  Não pode ser igual à da luz.
           Admite-se que seja inferior à da luz.

 PSI -   Mental

 PSI -   Imaginária  PSI - Qualquer velocidade: n c

 

Princípio Básico

TRR - Corpos localizados

TRG - "Corpos" localizados

PSI -   "Corpos" não localizados

Pelo fato de em PSI os corpos imaginários não estarem localizados, PSI tem estreita ligação com a Física Quântica pela generalização das equações de Lorentz:

.


onde 
,

 

Obviamente, a expressão identifica-se à função de onda plana - onda de matéria (PSICONS), hiperdimensional e de espectro contínuo.  Estas ondas planas são essenciais à Física Quântica:

, onde


i v =  n c  ou simplesmente, i v  =  qualquer.

Por exemplo:

Com 3 dimensões,

.  Com k  = 1 (quantum de massa)

.

 

Estas ondas psicons, clássicas em Teoria Quântica, superpõem-se em intervalos do espectro contínuo de comprimento de onda ou frequências para formar os "pacotes de onda" habituais da Física e que descrevem a realidade em termos de incerteza e probabilidade.  Em TRR e TRG, a incerteza desaparece e a probabilidade é 1.  Têm-se, em ambos os casos, objetos, corpos ou partículas localizados no espaço - tempo de cada estrutura.  Diz-se assim que TRR e TRG são teorias locais.

Entenda-se também que, em PSI, nestas mesmas condições de certeza, os PSICONS admitem matéria real (isto pode ser feito pela projeção ou de Lorentz generalizado ou da massa imaginária localizada da mesma forma que fizeram Lorentz e Einstein na equação

).



Como descritiva do campo mental, PSI tem expressão psicológica e conceitual.  Pode ser equipada ao Inconsciente Freudiano ou ao Significante de Lacan.  Lacan encontrou que o Inconsciente estrutura-se como uma linguagem.  Freud, em seus "Estudos Metapsicológicos", refere-se ao Inconsciente como existindo em espaço de livre locomoção, intemporal e com contradição interna.  Admite claramente a transmissão extrassensorial do Inconsciente.

Tais características significantes nos levam a pensar que os PSICONS são significantes do Lacan estruturado, não mais linguisticamente, mas matematicamente.

Freud procurava entender a realidade toda, em suas próprias palavras.  Mas, talvez a realidade toda só possa ser explicada pela não - realidade que a contém.

Como PSI é hiperdimensional, sempre, termina sendo expressa por uma onda plana qualquer ou pelo contínuo e espectral.  Assim, as mentes que elas representam estão interligadas (Radin).  Este aspecto eleva o Inconsciente de Freud e de Lacan à categoria coletiva de Yung, o Inconsciente Coletivo).

A Teoria PSI tem sido ou foi desenvolvida visando aos fenômenos parapsicológicos em geral, mais especificamente ESP e PK.  Tirando dos objetos a sua realidade mas capaz de uní-la e transitando entre mentes, é portanto plenamente capaz de dar solução ao que é chamado em Parapsicologia de fenômeno PSI.