Parapsicologia RJ - Geraldo dos Santos Sarti

A CONSCIÊNCIA FEMININA E O CONCEITO DE MULHER
AO NÍVEL DE PSI: CONTRIBUIÇÃO AO ENIGMA

 

Por Geraldo Sarti

IPRJ / IPPP / ABRAP/ NIAC / PARAPSICOLOGIA E CIÊNCIAS MENTAIS

Outubro de 2011

 

1.      A Fenomenologia de Husserl e sua mais forte expressão, a Psicanálise de Freud e o seu Inconsciente Individual masculino, são consideradas, dentro deste site, os mais profundos estudos da mente humana. Seriam seus estudos iniciais e pioneiros.

2.      Entretanto, tanto as psicoses como o Inconsciente feminino foram deixados de lado até a entrada em cena de Lacan e de Jung.  Assim, temos procurado entender a alma feminina excluída, agregando alguns elementos das teorias de Lacan e de Jung, e de nossas próprias experiências e observações.

3.      Considera-se que os arquétipos são personificações e imagens, dotadas de “relativa autonomia”, conforme Jung, carregadas de afetos e inspiradoras dos mitos e lendas quase adimensionais em relação à Geografia e à História das civilizações.  Seriam o conteúdo do Inconsciente Coletivo e Transpessoal, quase não-local com respeito ao espaço e ao tempo.   A partir do arquétipo, Jung conclui da Unicidade do Mundo, da Sincronicidade e da hipótese de um universo fora das relações determinísticas locais.  Estas seriam substituídas pelas conexões acausais, sem causa, probabilísticas, e, portanto informacionais, entre os eventos psicofísicos.  Este universo acausal, centrado no significado psíquico dos eventos, conforme o precursor Kammerer, seria perpendicular ao mundo determinístico local, conforme figura e pensamento conjunto de Jung e Pauli.  O arquétipo central é o Self, já que é coletivo dos Egos individuais, que assumimos a priori.  O Self é, neste site, o conceito de consciência, isto é, a Supraconsciência.  Seus desdobramentos foram identificados como o Velho- sábio, o Herói, a Morte, a Grande-mãe, Trickster, Édipo, ..., todos além da Umbra e da Persona (máscara) no processo de Individuação Cósmica ou integração completa (Mandalas) do ser dentro do Self abrangente.  Uma perspectiva para a abordagem das psicoses  e estados transcendentes não resolvidos.

4.     Neste contexto teórico-experimental, as mulheres são o arquétipo Fada, mentalmente projetado ou materializado localmente.  Elas sempre buscam seu Herói e seus Anjos-crianças, para protegê-los, exercitando para tal seus inegáveis, insondáveis e misteriosos  superpoderes.  Elas representam o amor sem Culpa, isto é, o Amor.

5.      As culpas femininas são fantasias secundárias originadas pela interdição da mãe, a Grande-mãe, em seu desejo de dar Amor e servir ao Herói.  Ciúme e inveja são fantasiados em formas de afastamento e eliminação da mãe no caminho da Fada-mulher em direção ao Herói. Mas, a culpa não lhes é inerente ou intrínseca, sendo derivada e adquirida essencialmente de seu contato com o Herói – homem culpado pelo amor biológico e destruidor.  O Herói está esculpido no Self e não é neste nível que se dá a relação dual de posse para si das “partes boas da mãe” (Masson).  Para esta conclusão participaram as Fadas- mulheres Alci, Lucy, Rafaela, Vera, Sandra, Marilza, Rita, Waehneldt, Neyde, Dany, I, Helô, El, Tati, Kell e Mi.  Algumas Fadas com seus poderes extraordinários podem desempenhar antiteticamente o papel de bruxas.  Exemplo deste caso é o de Magda, a mais poderosa Fada-bruxa.  Mi fez curso para ser bruxa.  O mesmo aconteceu com Su.   Aída tentou transformar-se em Fada - bruxa e falhou.  Leila, uma psiquiatra, foi uma Fada - bruxa e mentora intelectual de conhecido escritor brasileiro.   Sheyla sabia ser uma Fada tendo consciência disto pela astrologia que professa.  Os contatos com estas Fadas-mulheres foram do médio ao longo prazo, e foi digno de considerar-se a presença, em todas elas, das características básicas das fadas, aqui descritas.  Os contatos curtos revelaram forte tendência a serem percebidos como  de  ajuda, reconhecimento e gratidão às boas intenções do participante masculino nos contatos.  Kell-Raquel consolidou, durante a elaboração deste resumo, a certeza total do que foi sintetizado aqui.  Os fenômenos PSI acompanham-na também, sendo uma atratora mental estranha de fractais determinísticos no caos.

6.      Entre o Herói e a Fada está o Trickster masculino-feminino, que se localiza no homossexualismo e na androginia, hoje simplesmente gay.

7.      Os homens são os Heróis da vida, que disputam sexualmente as Fadas-mulheres, Amorosas. Aqui, Édipo é arquetípico e a culpa está inscrita na disputa violenta, destrutiva e radical que se apresenta entre os Heróis.  Como em Sófocles e Édipo - rei, sobre o mito básico de Édipo aproveitado por Freud, e em Cervantes e o Don Quixote contra o moinho de vento, monstro indispensável para conquistar a Fada Dulcinéia.  Estes são dois dramas arquetípicos conhecidos.  Certamente, o moinho é o Herói de Édipo ou a “nomeação” de Laio, sob foraclusão e psicose lacaniana.

8.     O triângulo essencial e universal, em movimento elástico entre os vértices, pai - mãe - criança, ondulatório, é o mesmo triângulo arquetípico Herói - Fada - Anjo que se localiza no Real.

9.         O modelo apresentado, muito genérico e geral, representa, ao nível do Inconsciente Coletivo dominante, as relações interpessoais lineares e locais no espaço - tempo.  Todos os constituintes deste triângulo universal são personificações do Self central e global, entendido como a “consciência coletiva que obriga a ter-se o significado pontual, conceitual, racional e funcional de si mesmo, a consciência individual”.  Sendo assim, somos decoerências quase quânticas, Psicônicas, de um estado entrelaçado e coerente no Self, ageográfico e atemporal.