hiper - relatividade
dimensional,
FÍSICA QUÂNTICA E COSMOLOGIA ESPIRAL
Geraldo Sarti
ABRAP / IPPP / IPRJ / NIAC
dezembro de 2009
Dedicado a Therence
Paoliello de Sarti,
MSc, Geografia - PUC / RJ
e Geologia - UERJ
RESUMO
Nos estudos desenvolvidos neste site
nós temos investigado o que o Prof. Carlos Alberto
Tinoco chama de "Campo de Consciência".
Assim, supondo eu que tal campo seja
descrito por PSICONS ou partículas / ondas livres, e
pela evidência de total correspondência neste terreno
entre a Relatividade Especial e a Física Quântica,
procurei especificamente aproveitar o fato de que os
fundamentos da primeira supõem a existência de PSICONS e
ampliá-los dimensionalmente a todas as velocidades
possíveis como função do que chamei de
Hiper-relatividade.
DEMONSTRAÇÃO CLÁSSICA DAS EQUAÇÕES DE
LORENTZ
Supondo x = Δ x e
t = Δ t, pela invariância suposta dos intervalos
métricos de um ponto livre na mudança de referencial em
Relatividade Restrita, tem-se para o referencial k',
que se move à velocidade V do referencial k, S2
= c2 t2
- x2 = c2
t'2 - x' 2, em que
x e t em cada referencial são as posições e tempos entre
dois eventos. Para facilitar o calculo e
torná-lo pitagórico, Minkowski introduziu a coordenada
x0
= i c t
e
x0'
= i c t', com c sendo a velocidade da luz, de tal
forma que a invariância dos intervalos tornem-se:
s2
= - x02
- x2 = -
x0'2
- x'2.
Veja que estamos tratando de uma só
coordenada espacial. Em princípio, apenas duas
mudanças de referencial entre k e k' são possíveis:
translação e rotação. A translação pode ser
desprezada pois vai significar apenas em mudanças da origem das coordenadas, carregando o tempo
paralelamente ao do antigo sistema referencial.
Resta assim a rotação.
Girando-se os eixos x0
e x de um ângulo φ para obter-se x'0
e x' tem-se então:
x = x' cos φ - x0'
sen φ.
x0
= x' sen φ + x0'
cos φ.
Nesse caso o ângulo φ
será uma função apenas da velocidade relativa entre k' e
k.
Para encontrar-se tal relação
far-se-á x' = 0 e as equações de transformação serão:
x = - x0'
sen φ.
x0
= x0' cos φ.
Naturalmente,
.
Substituindo x0
por seu valor correspondente i c t tem-se:
, isto é,
sendo ,

.
O cosseno de φ pode ser calculado
para x' = 0 como:
.
calculado a partir das equações de
transformação dos referenciais.
Pela equivalência dos intervalos
métricos com x' = 0 vem:
s2
= c2 t2
- x2 = c2
t'2 ou
.
Dividindo-se por t2 teremos:
ou
.
Como
,
como já visto, então
.
,
obviamente
.
Substituindo tais valores nas equações completas de
transformação segue:
.
Fazendo o mesmo para x0
virá:
.
Substituindo os x0
= i c t e x'0
= i c t' virão:
e
.
Inversamente,
,
.
Estas são as equações de transformação de Lorentz que
deverão manter invariantes os intervalos métricos em
referenciais K e K' movendo-se relativamente à
velocidade V.
NOVAS
EQUAÇÕES HIPER-RELATIVAS DE LORENTZ
O leitor
deve estar lembrado que ao fazermos a rotação φ
para os
referenciais K e K' que moviam-se à
velocidade V, foi encontrada a relação
.
Todavia, em um ciclo entre 0º e 90º o valor da tg φ
pode assumir valores que vão de 0 a
∞
. Vamos chamar tais valores de n.
Sendo
assim,
o que significa
que
V = - i n c
Se
n = 1, isso vai significar que V =
- i c, ou que a rotação feita foi de 45º já que tg
45º = 1.
Neste
caso,
,
.
Adotando as últimas expressões de Lorentz,

e
,
vamos substituir o valor geral de V assumindo os
valores de φ de 0º a 90º:
V
= - n i c
Então,

.
Apenas por verificação, o Leitor
pode fazer com que
,
deduzindo a invariância dos intervalos métricos.
Ainda,
para n = 1, isto é, rotação de 45º. as
expressões de Lorentz podem ser feitas simetricamente:
.
.
O
Leitor, pelo exame das expressões finais de Lorentz,
aqui apresentadas, verificará que a velocidade V de
afastamento é um múltiplo da velocidade da luz imaginária, i c, ou que é o mesmo, a
projeção da velocidade da luz de 90º para uma
hiperdimensão. Poderemos então chamar V
de V2, assumindo apenas a coordenada x1.
Poderemos escrever tranquilamente
V
= V2 = - n i c
ou, para 45º V2 = - i
c
Ao
contrário das tradicionais equações, a introdução de uma
hipervelocidade, que lhe é inerente, permite sua
generalização independente de ser maior ou menor que a
velocidade c da luz.
Além disso, no caso das equações
simétricas encontradas, será possível um melhor
entendimento da estreita relação existente entre a
Relatividade Restrita e a Física Quântica, no caso de
partículas livres e ondas livres, como já vimos
fazendo há algum tempo neste site.
EFEITOS ESPACIAIS, TEMPORAIS E ENERGÉTICOS
Fazendo com que os intervalos
métricos sejam iguais em 1 dimensão espacial e uma
temporal, segue:
.
Como costuma acontecer se o ponto
livre está em repouso no referencial K', isto é, sua
velocidade de afastamento da origem é igual a V2,
vem:
,
entendendo-se x e x' como distâncias em relação à
origem de cada referencial. Dividindo por c2
t2 vem:
.
Extraindo a raiz quadrada vem:
.
Veja-se que fizemos a velocidade do ponto igual à
velocidade do referencial K' em relação a K, isto é, V2,
supondo que o espaço x' em K' fosse nulo.
Novamente, introduzindo o valor de V2,
,
n entre 0 e
∞.
Assim, ter-se-ia, ao contrário do que
prevê a relatividade convencional, uma contração do
tempo:
.
A equação hiper-relativa de Lorentz para o tempo pode
ser aplicada também:
logo
.
Como dissemos, com
vem:
.
Para a posição é feito o mesmo. Supondo em K o
tempo t = 0 obtemos:
.
Então, se para o tempo há uma
contração, para o espaço vai ocorrer uma dilatação.
Fenômeno semelhante ocorre com a
massa e a energia tendo em vista que
,
no qual a relação
foi suposta para a partícula e ponto em repouso no
referencial K'
RELAÇÃO ENTRE RELATIVIDADE ESPECIAL E FÍSICA QUÂNTICA
PARA O CASO DE ONDAS E PARTÍCULAS LIVRES (relatividade)
Uma onda livre com velocidade de fase
que chamaremos adiante de V2, a mesma
velocidade pressuposta por nós pelo exame das equações
de Lorentz, tem sua energia e seu comprimento de onda
relacionados da seguinte forma:
.
A relação
em Relatividade é:
.
Notoriamente, esta relação dá origem à velocidade V2
maior que a velocidade da luz e pode ser escrita
.
(Veremos que o sinal não irá importar).
De fato, substituindo-se a relação
quântica na mesma expressão relativística vem:




Tem-se assim que, para o caso
particular de V2 = - i c,
hiperdimensional, Relatividade Restrita e Física
Quântica igualam-se.
Mas, como em Relatividade Especial, a
expressão isolada
,
não sugere qualquer alusão à Física
Quântica, têm-se por conseguinte que toda a Relatividade
Restrita é desenvolvida para ponto ou partícula livre e
que esta característica interna e particular das
fórmulas relativísticas com massa a tornam também
quânticas. Assim, as mesmas relações de Energia e
Quantidade de Movimento podem ser intercambiadas entre
as duas teorias distintas.
Com isso, observando-se as equações
simétricas de Lorentz que repetimos,

podemos fazer

ou
ainda,

.

.
como já documentado e utilizado
várias vezes neste mesmo site.
Veja-se, então, que a expressão p x -
E t pode ser feita
ћ
K x -
ћ
w t ou, simplesmente dividindo-se por k,

.
Esta é a expressão básica de uma onda
livre plana, seja senoidal ou cossenoidal ou
simplesmente uma função tal como

.
que elegemos em nossos estudos pela
sua completude matemática e aplicação generalizada em
Física Quântica como Psicon ou pensamento (consciência).
GENERALIZAÇÃO DA EXPRESSÃO RELATIVÍSTICA DA ENERGIA
Já se viu que V2 =
- n i c.
A energia é dada por E2
= p2 c2 + m02
c4.
Fazendo p = P2
= m V2, a expressão fica:
E2 = P22
c2 + m02 c4.
Fazendo as substituições devidas,
inclusive a da massa
,
chega-se a

tendo em vista que
na substituição de V2 = n.
Deve ser salientado que nesta abordagem não há a
limitação da velocidade da luz. O leitor poderá
estranhar que o produto n c seja diferente de c
na expressão de V2. Mas não deve
esquecer tratar-se V2 de uma velocidade de
afastamento do referencial K' em relação a K que se dá
em outra dimensão diferente da que contém a coordenada
x, a 1ª dimensão. Acho que a imposição do limite
relativístico em uma dimensão não deva ser mantido na 2ª
hiperdimensão.
Se considerarmos, como venho fazendo,
que E = m v2 é a expressão geral
da energia, diferente pois de Newton
e de Einstein (m c2), poderemos obter duas
opções para a energia:
m v2 =
±
m c2, caso v = c ou v
= V2 = - i c.
Ainda, no caso geral,
m V22 =
m (- n i c)2 = - n. m c2,
anti-matéria.
A velocidade c poderia ser a
reprojeção de - i c: i (- i c) = c.
Nesse caso, mesmo o produto i (- i) n c
contrair-se-ia na 1ª dimensão para c, conforme o
requisito n c = c.
COSMOLOGIA ESPIRAL
Vamos supor que os referenciais K
e K' afastem-se à velocidade V2 = - i c,
isto é, K' está rodado 45% em relação a K.
O intervalo para o referencial
suposto K, e seu par em movimento K'1 será:
.
Para uma nova dimensão teremos:
.
Se são invariantes os intervalos, sua
soma também deverá ser:
.
Considerando para cada um deles
,
virá, supondo
,
isto é, mantidos os tempos na mudança de coordenadas:
logo

.
Chamando
,
resulta
ou, generalizando,
.
Naturalmente a soma dos intervalos
será tal que
,
o que a princípio é absurdo, a não ser se
considerássemos dimensionalmente.
Entretanto, é possível que o fator
±
i c seja mantido constante no universo espiral,
variando apenas o número da dimensão.
Também, rodados os "planos" espaciais
em torno do eixo do tempo, a introdução de referenciais
imaginários a partir de uma dimensão inicial provoca o
colapso do intervalo métrico originalmente também
considerado como real em relação ao tempo.
Colapsadas as dimensões temporais dos intervalos
métricos reais, restarão apenas dimensões extras
espaciais imaginárias. Chamando
±
i c de c*, teríamos então a fórmula
.
Então,

.
Além disso, devemos considerar que o
quadrado de - i c = - c2 foi
obtido como um quadrado de velocidade hiperdimensional,
estando contido nesta dimensão extra, isto é, - i c
= c*.
Esta é mais uma demonstração do
universo espiral
.
que já fizemos de várias formas ao
longo dos textos deste site.
Deve-se chamar a atenção que n
é aqui o número de dimensões considerado, igual ao valor
de n que multiplica - i c para
desenvolver-se a hiper-relatividade, apenas interpretado
como um valor descontínuo ou discreto que corta entre
n e n - 1 os infinitos valores relativos à
rotação de 0 a 90°. São ambos positivos.
Apesar de considerar-se neste estudo
o eixo do tempo como parado, e "real", a observação das
nossas coordenadas reais x, y, z nos faz
pressentir que para a velocidade imaginária, sendo reais
os eixos espaciais, consequentemente estar-se-á frente
ao tempo imaginário. Em outras palavras, apesar
das demonstrações aqui feitas considerarem o tempo como
real, nós temos adotado a postura de que o eixo espacial
é inicialmente real. Isto fica mais claro no exame
da função quântica livre
ψ = e i(k x - w t), que
deverá ser mais discutida, incluindo-se a relação entre
γ
e ћ
.
Finalmente, deve ser observado que - i c
geometricamente não é hiperlumínico.
Se certa velocidade v < c é
projetada hiper-dimensionalmente, i v, encontrar-se-ão
efetivamente velocidades superiores à da luz, isto é, se
n < 1. O que ocorre é que a introdução de c* nas
equações físicas reais substitui situações que apontam
para velocidades supralumínicas. Isto pôde ser
visto no item anterior "Relação entre relatividade
especial e física quântica para o caso de ondas e
partículas livres (relatividade)".
A dificuldade básica das formulações
relativísticas e quânticas ficam superadas com esta nova
interpretação hipe-relativista. Ao contrário,
sendo permitida toda "velocidade", substituída pela
idéia de dimensões, qualquer valor pode ser atribuído à
energia e à quantidade de movimento, ligados à massa.