O fenômeno parapsicológico indica que a atividade mental, o pensamento, está
além do sistema nervoso (1a lei da Parapsicologia).
Sendo o sistema nervoso humano um produto evolutivo no tempo real de sistemas
nervosos menos evoluídos e estes, por sua vez, produtos abiogenéticos entrópicos
em tempo real, nada mais resta que formular-se a 2a lei da
Parapsicologia, qual seja, a atividade semântica é independente da matéria
entrópica que evolui em tempo real. A esta atuação semântica, um
movimento ondulatório (Física Quântica) ou linear (Relatividade), ambos
geométricos, que, por obra de verificação experimental ou por aplicação quântica
de operadores de criação de massa, transforma automaticamente a geometria em matéria, eu
chamei de PSICON, sinônimo de informação semântica.
Esta parece-me ser uma nova interpretação das relações de significação entre
informação semântica e sintaxe, com prevalência da primeira, que foi
consubstanciada no artigo deste site "INTERPRETAÇÃO PARAPSICOLÓGICA DA
NATUREZA."
Alguns parapsicólogos norteamericanos como Honorton, Palmer e Radin, vêm
cometendo um erro básico em aplicar Ganzfeld apenas em humanos.
A privação sensorial pode ser também aplicada a seres menos evoluídos do ponto
de vista da evolução em tempo real e o comportamento animal comparado ao humano
na ausência de inputs de sintaxe. E claro, estamos chamando de tempo real
aquele que conduz a matéria e a sintaxe, embora ambas auto-equilibrantes, ao
invés do tempo imaginário da hiperdimensão do significado. Além disso, os
parapsicólogos brasileiros já sabem há muito tempo que inibido o fator de
redução do link, a primazia semântica assume o controle do SN e PSi ocorre.
Ainda assim, Ganzfeld pode ser utilizado para retirar-se da representação mental
qualquer aspecto subjetivo ou emocional capaz de interferir na pressuposta
independência entre semântica e sintaxe. O "link", entre ambos não há
outro nome mais genérico, ou não encontrei, pode-se chamar de significação e,
por extensão, pode-se falar de sistemas de significação, variáveis histórica,
cultural e geograficamente.
A noção de atividade residual neuronal, com disparo de potenciais de ação neural
após o estímulo, pode ser retirada da verificação de pós-imagem e de privação
sensorial em experimentos de Ganzfeld. Tais atividades sensoriais do
sistema nervoso na ausência da estimulação externa mostram, por exemplo, que a
emoção, como atividade nervosa, está presa aos sistemas nervosos, talvez nas
formas não vegetais de vida.
Horta Santos, em sua experiência de MEGA GANZFELD, com tempo de duração bem
acima do usualmente protocolado, interrompido por timer pré-programado, não me
pôde relatar com perfeição o que esteve vivenciando no período entre a
consciência manifesta, Ganzfeld e protocolo, e a vivência entre o tempo deste
Ganzfeld usual até o disparo do timer do seu experimento solitário de
Megaganzfeld.
Experimentos transpessoais de Ganzfeld fora de controle mas sob monitoração,
revelaram uma ausência dos aspectos subjetivos e emocionais, e voluntários.
É chamada EXPERIÊNCIA DE VÁCUO, e pode ser encontrada cartograficamente
detalhada no "Pequeno Tratado de Psicologia Transpessoal", da editora Vozes,
organizado por Pierre Weil em 1978.
Devo,ou posso concluir, que vontade, emoção, memória associada e derivados
particulares dos indivíduos devam-se não à atividade mental pura mas à atividade potencial eletroquímica do sistema nervoso à qual
a mente direciona o Link Cessada
tal ação neural remanescente, que se poderia chamar de histerese emocional, fica
indubitável que permanece ainda a ação mental, agora extracerebral.
Outros exemplos retirados de experiências Ψ, tais como coma e pensamentos e
observações de si próprio e das cercanias em anestesia geral e experiência de
morte iminente, nos fazem, sem dúvida, quase que axiomatizar e repetir a 2a
lei da Parapsicologia:
"A MENTE E A
MATÉRIA ESTÃO FISICAMENTE SEPARADAS"
Obs.: (O LINK MENTE - MATÉRIA SINTAXE, NEGUENTRÓPICA É A
SIGNIFICAÇÃO. ESTA SIGNIFICAÇÃO DÁ-SE NA REGIÃO DA
VELOCIDADE LIMITE DE CAUSA E EFEITO DA GEOMETRIA DO
ESPAÇO - TEMPO)
A figura abaixo esclarece em parte a 2a
lei que se torna obrigatória:

v = velocidade
c = velocidade limite (luz na relatividade).
ou ainda, mapeando qualitativamente:

O remanescente neuronal também pode ser verificado pela
memória do sujeito sob experimentação de Ganzfeld.
Só assim é possível que algum expectador posterior ao
ocorrido com o sujet tenha acesso às suas experiências.
Em geral a memória está associada à atividade hipocampal
do sistema límbico responsável como um todo pela
resposta emocional à representação, com permanência da β
- endorfina na neurotransmissão. A presença desta
neuroamina opióide assegura a seletividade da memória e
a focalização no sistema nervoso de aspectos da
representação autoaplicáveis pelo sujeito da
experiência, permitindo assim sua descrição posterior.
Porque Horta Santos nunca me soubesse explicar ou
relatar o que teria ocorrido com ele em sua experiência
de Megaganzfeld, significando ter ele entrado em um
apagamento profundo do processo de memória de longo
prazo, do TLP (Potencial de Longo Prazo), é bastante
provável que a atividade residual neuronal hipocampal
haja sido suprimida durante a experiência e a ação da
endorfina elevada ao extremo, deixando liberta a
atividade mental, fortalecendo e adequando-se à 2a
Lei.
Esta inferência da 2a Lei foi feita indutivamente, mas
pode-se deduzi-la, por exemplo, nos desvios de
comunicação à longa distância, quando o significado
permanece incólume apesar do redshift astronômico ou das
anomalias sintáticas que ocorrem de fontes emissoras de
informação
a
velocidades diferentes (ex.: som x luz), normalmente
mascaradas pela proximidade entre o emissor e o
receptor.