Parapsicologia RJ - Geraldo dos Santos Sarti

INTERPRETAÇÃO PARAPSICOLÓGICA DA NATUREZA E USO
DO FENÔMENO PARANORMAL (1a PARTE)

 

G. S.Sarti

(IPPP/ABRAP) – Março de 2009

 

  

 

INTRODUÇÃO

Os desenvolvimentos até aqui feitos nos permitem aceitar que a questão central da Parapsicologia é a do LINK.

Nós, juntamente com Horta Santos, já havíamos destacado que mesmo a PSICOCINESE é de natureza informacional.

Como o leitor deve entender, a PSICOCINESE é a ação da mente sobre a matéria sem estabelecimento de uma relação local entre o agente produto do fenômeno e o fenômeno em si, que é o movimento.

A princípio, adequa-se esta interpretação a uma aproximação quântica que prescinde da causa local.

A relatividade, nesse caso, estaria afastada mas entendemos neste site que as estruturas formais que integram tanto as transformações de Galileu no tempo e no espaço, as equações de Lorentz, como as expressões de onda livre são idênticas, apesar de suas interpretações serem independentes.  No caso, tal estrutura é relativa a uma massa livre, corpo, objeto ou partícula de massa m tal que

, sendo
 
x = espaço
t = tempo
v = velocidade de fase da onda plana Ψ
γ = fator de correção de Lorentz

tem-se que

.

sendo m0 a massa em repouso do objeto.

Naturalmente ,

sendo v a velocidade da partícula livre, ou onda livre, isto é, velocidade de fase e c a velocidade da luz.

Observando que

,

conclui-se que Ψ exprime uma rotação dimensional de 90º das expressões de Lorentz, isto é,

.

sendo

,

com

k = número de onda 2 π /λ
λ= comprimento de onda
w = frequência angular da onda 2π∂
= frequência da onda

As transformações de Lorentz e a onda livre diferem pelo fator de correção γ, adimensional.  Dimensionalmente podemos escrever:

.

Assim, teríamos a igualdade matemática plena

.

Pode-se observar neste ponto, a mudança das dimensões temporal e espacial, T L → M  para massa, fazendo-se necessária a introdução de um operador de produção de massa que aplicado a f (x,t)  ou  Ψ (x, t) produza m.

Em um ou outro caso, há uma radical "criação de matéria" por um operador que atua sobre a geometria do espaço-tempo.  Finalmente, nesta introdução, não poderíamos deixar de assinalar que estamos trabalhando a uma dimensão, expressa em duas dimensões, de tal forma que a velocidade de fase é maior que a da luz, ou v = i c, segunda dimensão (não é a quarta dimensão do espaço de Minkowsky).

O objeto ou partícula associado de massa

,

com sua propriedade entrópica, é contrabalançado por 1 bit de informação sintática Ψ* Ψ por unidade de espaço-tempo, tal que

(vácuo de informação sintética neguentrópica).

sendo = Ψ* = Ψ -iθ  (rotação de 270º ou - 90º)  de conta que

.

Em relatividade Geral será exigida a mesma imposição de um operador de massa na geometria que é apenas resultado da introdução de geradores de campos bosônicos como de massa central, ou carga elétrica ou carga nucleônica ou quarkônica, na constante geométrica originada no desenvolvimento da geometria curva do intervalo métrico.

Cuidaremos deste aspecto em outro artigo.

DIVISÃO UNIDIMENSIONAL DO UNIVERSO

A matéria pode ser um sistema nervoso, humano ou animal, um vegetal ou um objeto, todos entrópicos, aos quais superpõe-se informação sintática neguentrópica:

O link pode ser visualizado como uma "relação" entre mente e matéria ao mesmo tempo que anima de significação a sintaxe neguentrópica.

EVOLUÇÃO MATERIAL DO HOMEM

De uma maneira geral e incompleta, a evolução humana material que culmina no néo - córtex é:

Os inibidores do link entre informação semântica e informação, com seus respectivos inibidores, podem ser sintetizados como segue (até certo ponto acompanha a escala alimentar)

As setas são os links possíveis para cada reino, ramo, classe, ordem...

A dinâmica da matéria fica, para cada input sintático neguentrópico na redução deste pelo fator de redução material de cada indivíduo da escala:

O Input sintático é mensurável em bits, do ponto de vista de sua unidade de informação mas do ponto de vista de sua atuação sobre os subsistemas materiais, embora teoricamente os mesmos inputs, sejam mais ou menos sentidos pelos subsistemas em função de suas capacidades físicas de absorção deles.

Por exemplo, para uma mesma onda luminosa como input, o output fotossintético do vegetal é diferente dos outputs de absorção, reflexão e difração dos objetos.  Isto é óbvio.

Em síntese, para cada indivíduo da escala seus limites de transformação protetores dos inputs sintáticos situam-se em níveis diferentes, originando respostas diferentes.  O estudo de cada um deles é objeto das várias ciências e especialidades técnicas e científicas, esta uma reação típica dos humanos aos inputs sintáticos neguentrópicos.

Cada elemento físico da cadeia é entrópico mas o input neguentrópico anula a tendência entrópica.

SISTEMA DE SIGNIFICAÇÃO

Apesar da neguentropia sintática da informação que entra em cada subsistema, tal informação é vazia de significado, que só lhe é conferida pela via do vácuo semântico através do link que o vazio estabelece com os sistemas menos velozes que a luz, entrópicos.

Entretanto, como visto na introdução deste artigo, a fonte da informação neguentrópica é a função de onda Ψ.  Relembremo-nos que ∑Ψ* Ψ é expressa em bits e Ψ é uma geometria espaço-temporal a velocidades superiores à da luz, assim como se é obrigado a adotar um operador de massa na geometria para criação de matéria entrópica.  Os operadores de massa têm como fundamento básico que sua aplicação sobre o vácuo produz matéria.  Isto é básico.  O link da Parapsicologia, por sua vez, é a tradução da influência do vácuo semântico sobre a informação sintática, para produzir um sistema de significação extrassensorial.  Mas, também a origem dos operadores de massa é o vácuo quântico que pode ser confundido com o vácuo semântico.

Este segundo vácuo é a indeterminação infinita espaço-temporal do PSICON como partícula livre com energia e momento definidos.  Talvez sejam o mesmo vazio, em sua origem:

,

com ∆x  e  ∆t = ∞ enquanto

.

O PARANORMAL E O AGENTE PSI

Os índices empregados para identificar o paranormal ou agente PSI é 1%.

Como o teste é bilateral temos 0,5% para mais ou para menos.  Este mesmo índice pode ser considerado em relação à população.

Entretanto, a discussão não é tão simples.  Todos possuímos potencialmente a capacidade paranormal de representação através do link entre informação sintática e o vácuo semântico dependendo das condições neurológicas do sujeito.

A situação em geral do acaso, pode ser visualmente expressa como uma função f (Z), sendo Z = f (x).

Intermediários, pesquisados individualmente: bebês, chimpanzés, gatos, ratos, peixes, plantas etc.:

Enquanto a incerteza para os humanos é de Gauss, a dos objetos é de Dirac, isto é, a incerteza única nos objetos é o próprio ћ de Dirac para localização da partícula livre, um verdadeiro colapso do vácuo em bits.  Efetivamente, se

,

a menos da incerteza ћ.

Para os objetos, pois, não haveria porque incorrer-se em erros e acertos semânticos já que o objeto estabelece uma perfeita relação de causa e efeito com a natureza.  O link semântico que anima paranormalmente o objeto sofreria assim o mínimo de redução e ele seria, em tese, completamente determinado a menos das incertezas ћ características de sua existência.

Passando pela escala intermediária e chegando ao homem, é necessário que o SN atue contra o link, evitando que seja entropizado como o objeto.  Assim, o SN e a informação sintática exercendo materialmente uma resistência contra a semântica do vácuo semântico, evita o acerto em todas as situações.  É como se fosse uma censura imposta pelo EU à significação sintático - semântica.  A existência dos fatores de redução evita a entrada de todos os inputs sintáticos e do link semântico (são duas reduções diferentes, repetimos, embora a origem  Ψ com sua incerteza de vácuo seja a mesma).

Nós podemos interpretar que duas partículas livres em direções opostas colapsem o vácuo e gerem informação sintática e massa degenerada:

Ψ* Ψ = e - i θ  e i θ = 1 bit por ponto: (PSICONS e antipsicons aniquilando-se).

Obviamente,

Ψ* Ψ  =  (cos θ - i sen θ)  (cos θ + i sen θ) = cos2 θ + sen2 θ = 1 = e0 bit por ponto.

DESORGANIZAÇÃO EM CADEIA DOS SNS E ECLOSÃO DE PSI

Deve-se pois entender, e não aceitar apenas, embora eu haja inicialmente ficado frustrado com o resultado obtido em "IDENTIDADE DOS OBJETOS OU ENTROPIA ZERO DO UNIVERSO" e "ENTROPIA DE SHANNON, INFORMAÇÃO de Wiener e os Psicons: Dedução da Lei Neguentrópica do Vácuo Primordial", ambos já publicados neste site, que o UNIVERSO possui entropia zero pois o vácuo semântico produz informação sintática que pode ser medida em bits.  Isto é fundamental para a existência dos objetos e do próprio sistema de matérias.  Como já visto aqui, o ser humano é um produto de evolução neurológica e, naturalmente, genética de indivíduos mais primários.  Suas reações distinguem-se em termos de resposta às mesmas entradas sintáticas neguentrópicas apenas em função da evolução.  A mesma semântica e  a  mesma sintática, aquela como vácuo que envolve o UNIVERSO e esta como elemento neguentrópico, atingem da mesma forma as várias matérias em evolução.

As influências neguentrópicas sintáticas sofrem reações físicas limítrofes dependendo do grau de evolução do indivíduo que as processa internamente.  O SN humano não é exceção.  Se tais influências superarem os limites físicos do SN, ou forem amplificadas por outros elementos físicos com formas exageradas de informação sintática pelos meios de comunicação(*) agonistas de drogas, meditação, ganzfeld, etc..., que reduzem as inibições físicas, automaticamente haverá modificações nas redes neurais.  Afastado da harmonia, o circuito nervoso altera também a resistência ou a inibição dos inibidores do link, que chamei de fator de redução do link (veja-se FUNÇÃO PHI neste site) e a conversão desse link em ação cinética sobre o neurônio, no caso, dá-se mais livremente, assim como a justaposição da semântica aos influxos ou inputs exteriores, caso de percepção extrassensorial.  O número de acertos assim tende a aumentar, inclusive nos casos da psicose associada ao fenômeno Ψ; surgem conteúdos de significação fora do comum, assim como aumenta o número de acertos por abaixamento da redução do link semântico.  O descontrole do input neguentrópico no cérebro altera a representação com prevalência do link universal.  Esse estádio paranormal pode ser diagramado na curva de Gauss

  .

tal que

corresponda a mais que 1%.

x = Quantidade observada acertada ao acaso.

= Média da distribuição normal

D P = Desvio Padrão

Naturalmente, quanto maior Z menor a probabilidade.

À medida que houver um retrocesso virtual na evolução, a forma da curva se altera até o Delta de Dirac, como visto anteriormente.  Nesse caso, ƒ(Z) = δ (Z)

,

e toda medida concentra-se em um ponto:

isto é, , suposto algum desvio - padrão, isto é, Probabilidade até 100%, para o objeto completamente definido e isolado.  O acaso fica eliminado e chega-se à entropia máxima da matéria isolada da informação, como já sugerido. (Deve-se entender que o valor da entropia é negativo e, para P = 1,  δ= 0, máxima).

Retornando ao SN do ser humano, desregulado o aparato neuronal o material semântico linka em uma estrutura "indefesa" e assume o seu controle, com ocorrência de surtos ou eventos paranormais.

É o que se costuma chamar de superinclusão da esquizofrenia.  Toda a dinâmica de representação pode tornar-se embaralhada para o ser humano e a perda de consciência pode ser máxima, desorientação, coma e morte e mistura ao vácuo semântico.  É por isso que diz-se ser o fenômeno PSI inconsciente pois dá-se além do conhecimento do participante.  Todavia, se a sintaxe, ao contrário, reduzir o link de forma harmônica, como em meditação, o ritmo elétrico irá baixar suportando uma invasão mais plena do vácuo e da significação no acoplamento semântico - sintático.  Nesse caso, o fenômeno PSI pode tornar-se consciente.  Mas veja-se, trata-se de uma consciência que assume o controle do fenômeno.  O inconsciente de Freud, insere-se no vácuo semântico linkado ao sistema nervoso como forma de significação, mas pode plenamente ser revertido por exemplo, pela sugestão hipnótica, que restabelece um afrouxamento do fator de redução sob controle do hipnólogo, permitindo transformar-se em conteúdo consciente por parte do paciente.

O controle do fenômeno PSI fica essencial, sob nossa interpretação da natureza,  pois com ele a sociedade humana escapará das matérias e informações sintáticas ainda que neguentrópicas e poderá utilizar mais plenamente toda a potencialidade que o fenômeno paranormal deixa em aberto.

 

NOTA (*)  Os meios de comunicação são blocos transmissores de informação sintática que ganha significação em contato (link) com o vácuo semântico.  Todavia, além dos erros de significação cometidos na fonte emissora já afetada, a maneira como é veiculada a sintaxe pode ser altamente danosa ao SN dos homens.  Exige mesmo a formação de circuitos nervosos novos para veicular as mesmas significações, alterando bastante a arquitetura cerebral e propiciando o aparecimento descontrolado do fenômeno PSI e do que se chama de psicose, aqui por nós redefinida.  Os reflexos no SN das crianças são mais fáceis de acontecerem para os mesmos inputs, gerando distorções cerebrais e consequentemente das próprias representações ou significações, o que afastará evolutivamente a criança da evolução natural.  O mesmo aconteceria aos animais se lhes fossem inadequadamente injetadas sintaxes neguentrópicas que os modificassem artificialmente.