Parapsicologia RJ - Geraldo dos Santos Sarti

O Modelo Multidimensional
com Massa e o Conceito de Velocidade limite
no Espaço Euclidiano

 

G. S. SARTI

 IPPP / ABRAP

 Julho/2008

 

Dedicado a IVAN JACCOUD
amigo sempre,e colaborador

 

Na Teoria Multidimensional sem massa, trabalhos deste site, intitulados "Universos Multidimensionais, Psicons e Link", "Correção da Fórmula Hiperdimensional da Velocidade da Luz", "É Provável que Haja Limites Discretos nas Transições de Partículas Livres no Espectro Contínuo de Energia (Buracos Negros)" e "Considerações sobre a Velocidade da Luz no Nível de Hiperdimensões", chegou-se e utilizou-se a expressão geral

v = velocidade
c = Velocidade da luz
n = nº de dimensões
i =

Obs.: na TRR corrigida tem-se

Adotando-se o mesmo raciocínio empregado naqueles estudos, ter-se-á para 2 dimensões e teorema de Pitágoras, a seguinte desigualdade:

         (desigualdade inicial)


Ao dividir-se pelo tempo t virá:


Se
    , uma condição geométrica espacial com o tempo nos dará que de uma maneira geral

                             ( 1 )

Note-se que V acompanha indefinidamente qualquer valor de n, sendo pois independente do número de dimensões, mesmo que

Tal condição geométrica é a mais genérica e chamou-se V como sendo a velocidade limite que se pode atingir sempre, sem qualquer respaldo experimental.  É na verdade a velocidade teórica acima da qual a geometria violaria o princípio lógico de causa e efeito.

Dois pontos devem ser realçados:

A) - O tempo t não acompanhou a mudança de dimensões, ficando portanto como um tempo universal.

B) - Não se deve estranhar que  .

Se os vários v são constantes, por definição



A introdução de uma massa qualquer M altera a condição B) da geometria do espaço como se poderá observar.

Pela cinemática

onde g é a aceleração, no caso gravitacional, devida à massa M, e R uma distância de M tal que nela, colocada uma partícula de massa m, sua velocidade final v acompanhará a expressão com v2 acima.

A força gravitacional F, Newtoniana, é F= mg de tal forma que se tem

.

A força gravitacional por Newton é   ,

onde K é a constante de gravitação de Newton, que faremos igual a 1 para facilitar a exposição.

Combinando as 2 expressões de F com v2 virá:

                                              ( 2 )

Substituindo (2) em (1) virá

, ou,

dividindo pela velocidade limite V2:

                           ( 3 )

Veja-se que (3) poderá ser manipulada de tal forma que:

 

 ( 4 )  ou

 

 ( 5 )


Há três situações extremas que resultam da introdução de massa na TMD:

1) -

Nesse caso, virá para (3):

Então (4) fica.

Para que a mesma desigualdade permaneça será necessário fazer-se:

.

Vemos que isso corresponde à introdução de um elemento imaginário na expressão associada a uma inversão de sentido da velocidade (tempo negativo)

2) -    , com n qualquer.

Equivale a fazer-se vn = V

Nesse caso, vn+1 = 0

3) -

nesse caso, vn+1 = V  pelo emprego das relações (3) ou (4), já que seus segundos membros tornam-se iguais a 1.

Nesse caso, pelas expressões (3), (4), (5) ter-se-á

, o que

equivale a uma troca de dimensão.  O efeito da massa M cessa e a influência gravitacional não altera mais a geometria.

As situações extremas, duas singularidades 1) e 2) e a de número 3) permite-nos visualizar a seguinte figura universal com massa M em um diagrama v x n

Neste modelo TMD de Universo para cada dimensão, ao imaginarmos uma "partícula de prova" m0 ela torna-se imaginária, suponhamos m = im0 (conceito), transformando-se em um PSICON.  A trajetória entre R = 0 e R0 é apenas virtual pois a partícula superaria a velocidade limite V, retornando ao centro M do corpo de gravitação.

Haveria pois uma violação à desigualdade inicial, imposta pelo próprio princípio de causa e efeito.  Pode-se levantar a possibilidade concreta de que o ponto massa M supere a geometria espacial, de tal forma que a partir de R0 para o centro ocorresse um colapso da geometria:

Invertendo-se o sentido da relação espaço-temporal em R0 ocorreria uma expressão da geometria já em uma dimensão superior subseqüente até que a velocidade nesta última atingisse o valor de V, ou convencionalmente o valor 1.  A taxa de crescimento da velocidade na própria dimensão seria decrescente, o que concorda numericamente com a desaceleração da velocidade de recessão (Sandage: parâmetro térmico de desaceleração de expansão do Universo).  Enfim, a geometria seria expandida ao máximo, quando vn+1 = V.  Ir-se-ia passar à dimensão n +2 com   vn+1 > V, cessando o efeito da massa M na dimensão n + 1, de tal forma que uma possível velocidade vn + 2 seria imaginária.  Numericamente, estaria havendo, mantida V, uma dilatação nas medidas do tempo nesta dimensão n + 1.  Visualmente, pode-se fazer:

No caso, R = ∞ seria o limite máximo de expansão do Universo para a massa M. Talvez pudesse ser calculada a velocidade limite V em relação à Terra, através da lei de Hubble, que foi verificada com auxílio da velocidade da luz e do desvio para o vermelho (redshift) das raias espectrais de elementos - padrão que aqui são, como o célcio e o hidrogênio, impressas em filmes.

A lei de Hubble é

vn+1 = RH,

sendo H a constante de Hubble.  Tem-se então:

, isto é,

, R para grandes distâncias.


Deve novamente ser salientado que se for maior que , então

e a penetração em n + 2 dá-se com uma velocidade imaginária, violando causa e efeito e provocando o surgimento de PSICONS.

Assim, segundo a TMD, PSICONS são naturalmente formados de R0 para       R = 0 e além do limite de R = ∞, este no fim da influência da massa M sobre a geometria (fim do nosso Universo).

 

Adendo para a Teoria da Relatividade.

En Relatividade Restrita, a V é igual a c, velocidade da luz, uma limitação físico- experimental (Michelson e Morley) ao contrário de V que é geométrica, de tal forma que a desigualdade inicial fica expressa diferencialmente por:

 ao invés de

, da TMD.

dS é o chamado intervalo métrico,
c é constante no vácuo e velocidade máxima inatingível por uma massa.

Em vista de tais considerações, ao tomarmos (LORENTZ) 2 observadores, um em um referencial em repouso e o outro em um referencial em movimento, se ambos observarem a emissão de um sinal luminoso na origem quando estavam juntos, com os referenciais movendo-se ao longo da coordenada x1, uma só!, ao invés das nossas três, cdt será o espaço percorrido pela luz medido pelos 2 observadores e dx1 o espaço percorrido pelo 2º observador no intervalo de tempo dt tal que

Então

 e
 


A generalização dessa geometria pode ser escrita como

Onde gik é uma matriz ou tensor de ordem 2 que define a métrica do espaço-tempo, enquanto os dxi  dxk incluem o tempo.

Na Relatividade Restrita, i = k e o tensor métrico é

tal que

.



Em relatividade geral, faz-se c dt = dx0, i pode ser diferente de k e as coordenadas são substituíveis por outras segundo a transformação geral

, com os índices podendo ser abaixados e as derivações invertidas,


em que A pode ser uma quantidade relacionada às coordenadas e expressa segundo uma transformação de coordenadas ortogonais como Aik em outro sistema.  Assegura-se que as leis dependentes dos Aik sejam mantidas para as A'lm.  Para as 4 dimensões, x0, x1, x2, x3 o determinante do tensor diagonal, este podendo ser conseguido por uma transformação de coordenadas, repetimos o tensor diagonal métrico é tal que: 



Construído de forma tal para



Em Relatividade Restrita, se v1 > c ter-se-á um PSICON, o mesmo ocorrendo para g: se g > 0, identicamente só servirá para PSICONS.

Há muitos pontos de contato entre a TMD com massa e a Relatividade geral quando são analisadas as singularidades.  Se R0 = HE, horizonte de eventos de Schwarschild nos buracos negros, tem-se uma singularidade em que v = c, a partir de onde, eliminando-se HE por transformação de coordenadas, em      R = 0, v = c.

A singularidade central e a métrica de Eddington - Finkelstein, incluindo massa, definem os limites dos buracos negros, assim como R0 em TMD.

Chame-se a atenção que as coordenadas em transformação de Eddington apresentam a singularidade 1 - ∞.

Ambas as teorias têm pontos em comum mas TMD foi construída com o fim explícito de clarear a questão da geração de PSICONS, enquanto na Relatividade eles podem ser encontrados num emaranhado de fórmulas.  O leitor interessado poderá ter uma boa noção do que está sendo escrito aqui, no livro "PSICONS - Do Real ao Imaginário, de minha autoria, Edição ABRAP de 1991.