Parapsicologia RJ - Geraldo dos Santos Sarti

O PRINCÍPIO TRANSFORMATIVO DA MENTE (PTM)
DE RONALDO DANTAS LINS FILGUEIRA

 

G. S.Sarti

(IPPP/ABRAP) – Julho/2008

 

  

Dedicado aos físicos
Asaharu Tomimura, Phd, e
Joseph Martin, Phd,
meus professores de Física Nuclear e
Física Quântica,em mestrado no IME - Instituto Militar de Engenharia.

 

 

O LINK

Nós vimos definindo o link como uma transformação reversível entre mentes e entre objetos e mentes.  Na teoria da relatividade corrigida para muitas dimensões, tal transformação é mensurável como sendo a raiz quadrada de 0,5.

Praticamente, é a passagem do terreno do real ao do imaginário e vice-versa, tendo como elemento central matemático o número aludido na hipótese da Teoria Multidimensional (TMD).  Para espaços euclidianos, o link é medido como a raiz quadrada do número de dimensões considerado.  A mesma TMD com massa central aponta o link como uma função numérica da relação entre a massa, a distância ao objeto massivo central e o número de dimensões contado a partir dele.

Além disso, venho desenvolvendo a idéia de que a massa pode ser descrita ondulatoriamente em termos de freqüência, comprimento de onda e espaço-tempo, com generalização quântico-relativistica.  Estamos obtendo algum sucesso nas equações K - G de função de onda de 2ª ordem, e na hipótese da aplicação do mesmo raciocínio à equação de Dirac de 1ª ordem; embora parecesse ser esta situação de difícil ou mesmo impossível solução matemática.

 

O Dr. Ronaldo Dantas Lins Filgueira

Conheci o Ronaldo Dantas em simpósio anterior ao Congresso Internacional de Parapsicologia realizado no Recife pelo IPPP, Instituto Pernambucano de Pesquisas Psicobiofísicas, em 1997.
Naquela época fazíamos parte da banca examinadora dos candidatos do IPPP, que apresentavam suas teses de pós-graduação em Parapsicologia.  A banca examinadora compunha-se também dos parapsicólogos e professores Valter da Rosa Borges e Ivo Cyro Caruso e do Padre Oscar Gonzalez Quevedo.
O Ronaldo Dantas Lins vinha de formação acadêmica em medicina e matemática.
Posteriormente publicou, com as dificuldades inerentes aos novos campos de investigação no Brasil, alguns livros dos quais destaco "Curas por Meios Paranormais - Realidade ou Fantasia?", editado pelo IPPP e pela ASPEP.
Com a absorção rápida pelo Brasil da Tecnologia da informação, Ronaldo Dantas foi obrigado a, além de exercer suas atividades médicas e de parapsicólogo e professor, publicar suas idéias através do meio digital.
Devido à distância geográfica entre nós, tive, por telefone, de Valter da Rosa Borges, a informação de que a Teoria Parapsicológica Geral elaborada pelo Ronaldo em 1996, não pôde ser editada por motivos técnicos mas constava do Site Parapsicologia.org.br, onde a encontrei finalmente.

Ronaldo foi presidente do IPPP e hoje faz parte do colegiado que dirige o Instituto.

 

O PROBLEMA PARAPSICOLÓGICO

O Brasil e a Parapsicologia que aqui se desenvolve estão bem mais próximos que outros paises de chegar a resolver o problema básico da Parapsicologia que é a formulação de idéias capazes de formalizar, controlar e aproveitar os fenômenos PSI para finalidades práticas.

A questão central encerra-se em entender os processos que influenciam as relações entre os seres humanos e as relações destes com o universo que nos cerca.

Metade da resposta a tão complexa e geral, ao mesmo tempo, questão, teria sido respondida por Freud se ele talvez se interessasse pela primeira correspondência que Einstein lhe enviou em 1933 sobre IGG.  Porém, segundo os historiadores, Einstein sequer teria replicado a Freud e se o fez, fê-lo de forma inadequada, de tal sorte que não foi publicada e eles não entraram em acordo.

Anteriormente, Einstein havia se embrenhado em disputas intelectuais com a Escola de Koppenhagen, Bohr - Heisenberg, e a possibilidade que abordasse o problema tornou-se remota, à exceção do Paradoxo Einstein - Podolsky - Rosen que acabava conduzindo a um desfecho psicológico da teoria físico - matemático desenvolvida à época (1ª metade do século XX): Relatividade e Física Quântica.

A solução psicofísica do problema central que, em outra suma, é o da consciência, é identificado de forma inequívoca e unânime pelos parapsicólogos brasileiros, mesmo que adotem pontos de vista diferenciados entre si.

 

MINHA INTRODUÇÃO À TEORIA PARAPSICOLÓGICA GERAL DE RONALDO DANTAS LINS FILGUEIRA (TPG)

A TPG procura através de uma axiomatização cobrir a mais vasta gama possível de eventos psicobiofísicos ou PSI.

São divididas as interações em epsilon e iota.  A interação epsilon dá-se por transformação no espaço - tempo de forma explícita carreando um sinal imprescindível à sua propagação.

Foi considerada de ordem explícita ou desdobrada.  Já a interação iota não depende de espaço - tempo, não tendo sinal e é considerada de uma ordem implícita ou dobrada.  A TPG credita a esta última a produção de PSi.  A não inclusão de sinal implica, na interação iota, em que não há partes desvinculadas umas das outras, isto é, neste nível de realidade os elementos em interação são mais velozes do que a luz (imaginários) e violam o princípio de causa e efeito como o conhecemos.

Da realidade una, dobrada, existiriam dois tipos de desdobramentos holotrópicos: um, quando um ente da ponta indutora da interação conhece a realidade dobrada e a transforma como uma parte sua própria, implicando em perda de definição psicofísica.  O outro desdobramento ocorreria pelo Princípio Transformativo da Mente (PTM) que, por definição na ponta indutora da iota, altera o ente percebido desdobrado.  Além desses movimentos interativos iota, adimensionais, a ponta induzida estaria também desdobrando a realidade dobrada e introduzindo o mesmo PTM.  Se PTM é o mesmo para ambos, indutores e induzidos, a holotropia segue o mesmo princípio.

Porém, se PTM não for um princípio geral, o fenômeno PSi só aconteceria por coincidência.  Então, PTM deveria ser único e não derivável de qualquer experiência anterior, fosse ela física ou psicológica.  Mas, Ronaldo soluciona a questão centralizando na ponta holotrópica induzida o repositório ou o receptáculo do desdobramento como uma tomada de informação na ponta final de PSI.

Em TPG, a interação iota, após o desdobramento, é o que se teria de concreto.  Esta realidade desdobrada poderá ser um objeto ou uma consciência, indistintamente.  A manifestação PSi concretamente centrada na ponta induzida desdobrada holotrópica dar-se-ia por alterações espaciais ou não espaciais, sinteticamente colocadas como cinéticas extrínseca e intrínseca respectivamente.  Creio serem os fenômenos PSi - KAPPA e PSi - GAMA, respectivamente os que denotam as cinéticas extrínsecas e intrínsecas.  Mas, repito, sendo central numa ponta induzida do desdobramento, a atenção que define a tomada de informação admite haver uma prevalência de PSI - KAPPA de 2º grau.  Em outros termos, teríamos dois níveis de ocorrência com o desdobramento:

PSI - KAPPA 2º GRAU - (nível amplificado)

1º Grau - (nível complexo)

 

O esquema assemelha-se semioticamente a uma metalinguagem parapsicológica do fenômeno PSI.

Tentando interpretar a TPG ao pé da letra e fazendo com que o Princípio Transformativo da Mente, o PTM, substitua a PSI-K de 2º grau, esbocei o seguinte esquema explicativo, que procurou ser tão geral quanto TPG solicitando, de antemão, desculpas ao Dr. Ronaldo Dantas pelas prováveis interpretações improcedentes que eu tenha feito nesta minha primeira abordagem mais detalhada, da Teoria Parapsicológica Geral e do seu Princípio Transformativo da Mente.

                

 

PARALELOS E DIFERENÇAS ENTRE TPG E A TEORIA PSICÔNICA

Procurando esquematizar também a Teoria dos Psicons da mesma forma feita em relação à TPG, ter-se-ia:

Na Teoria Psicônica, os Psicons constituem-se nos elementos holográficos do vácuo semântico imaginário da superconsciência, correspondentes à interação iota da TPG.

Todavia, ao invés da TPG, na qual não haveria aplicação explícita da interação epsilon, exigindo pois um Princípio Transformativo da Mente, a Teoria Psicônica prevê como essencial tal interação epsilon (básica) como sendo os próprios fatores de redução do link.  A inclusão do PTM torna-se, entretanto, uma discussão a ser levada à frente.  Se há um PTM isto, na teoria Psicônica, corresponderia à conceituação individualizada, isto é, à não degeneração do conceito im0, ou, o que é o mesmo imi: ≠ imk, i, k = 1... 2... 3....... ∞.  Isto é, em Psicons, a massa não é uma elemento fundamental das equações, como seria se adotássemos a individuação da mente.  Nas equações básicas da Teoria Psicônica pode ou não ser aceita uma capacidade transformativa da mente e isto poderá fazer alguma diferença.  Entretanto, venho tentando expressar a massa como dado prescindível da teoria já que na origem superconsciente não há matéria, evidentemente.  A massa é elemento da vida mas pode não interferir na fonte de produção de PSI;  claro que as interações epsilon são materiais, tanto em PSICONS como em TPG, assim como as cinéticas extrínsecas relativas ao espaço na TPG.  Em outros termos, a operação psicológica efetuada pelo PTM o é descritivamente no Link em psicons.

Finalmente, epsilon em PSICONS é a interação utilizada pelos sistemas nervosos e objetos por interação sintática de comunicação ou sensorial (PSi - GAMA) ou motora (PSi - KAPPA).

Deve ser salientado que as interações epsilon não são negadas pela Teoria Parapsicológica Geral em termos existenciais.  Para a TPG, outrossim, elas não são necessárias para PSi; creio que esta é uma idéia importante subjacente à Teoria.

Finalmente, tanto eu quanto o Ronaldo estamos falando, de maneira diferente, do mesmo objeto de nossa atenção que é PSi.  As conceituações variadas referem-se ou ao PTM ou à degeneração da matéria conceptualizada.

 

CONSIDERAÇÃO FINAL

Na TPG, o Princípio Transformativo da Mente dá-se de forma inconsciente.  Segundo Ronaldo Dantas "a passagem da informação PSi - GAMA do nível inconsciente para o nível consciente não só pode ocorrer instantaneamente como durar horas, dias, meses e anos".

Gostaria de pôr em relevo que essa é uma questão nuclear da TPG.  O Dr. Ronaldo Dantas além de médico e matemático, como já mencionado, é também hipnólogo e conhece mais que eu a passagem a que se refere.  Mas eu, como psicanalista, admito que a própria superconsciência seja afetada pelos comportamentos psicológicos operantes conscientes, no caso dos seres humanos, a nível da consciência portanto.  Talvez nos animais, vegetais e objetos ela se dê como Ronaldo a descreve ou, o que é o mesmo, não se daria nunca.

Acrescento a emoção, o afeto, como o tônus psicológico inconsciente.  Parece que ela surge como Ronaldo a descreve na "passagem".

A informação semântica só teria valor se associada à emoção.  Karl Pribram, neurocientista, afirmou que o cérebro decodifica matematicamente pelo circuito nervoso a informação proveniente de outra dimensão, transformando-a em emoção.;

Para mim, é muito difícil pensar em emoção e o Dr. Ronaldo Dantas nem sequer dela cogita.

De qualquer forma, o que para a TPG é inconsciente, nível profundo da psique, para PSICONS é superconsciente ou consciente, função da desinibição do link.

São pontos de vista diferentes mas com implicações sócio - políticas consideráveis.
Penso que a inconsciência conduz à alienação política e, embora a Teoria Parapsicológica Geral possa estar certa, acredito, ao contrário, que se possa modificar a realidade voluntariamente, conscientemente.
Este é um dos motivos por que me dedico à Parapsicologia.