PSICONS E LINK
PSICOCINÉTICO
Geraldo Sarti
IPPP/ABRAP –
Fevereiro/2008
Todos nós somos
Agentes Psi.
Os paranormais
são Agentes Psi Confiáveis (IPPP)
INTRODUÇÃO
Estive
conversando com meu psicanalista, o psiquiatra
Paulo Masson, e reparei a dificuldade que ele
tem em compreender a minha proposição objetiva.
Esta crítica não envolve qualquer aspecto
relativo à minha vida subjetiva enquanto seu
paciente e também psicanalista, embora os
aspectos subjetivos de meu mundo tenham um
reflexo incoercível sobre minha produção
objetiva.
Um dos aspectos
que quero salientar é que, apesar de me conhecer
em detalhes do comportamento e das reações, ele
se encontra tolhido em sua compreensão quando
lhe apresento uma questão oriunda da
parapsicologia.
Ele não percebe
que o chamado de “seu pequeno mundo” é pequeno
enquanto fizer parte da minha vida, mas deixa de
ser pequeno e torna-se geral quando se passa a
entender as idéias dentro da parapsicologia.
Para mim o
fenômeno, que hoje é chamado parapsicológico,
não é atributo exclusivo de pessoas dotadas
especialmente, os paranormais, e muito menos meu
atributo. O fenômeno parapsicológico caminha
conosco, com a humanidade toda. Todos nós
estamos ligados, ou linkados, no dizer mais
atual, em níveis de uma supra consciência que
permite a própria compreensão da vida e das
relações dos seres humanos com seus irmãos e com
o ambiente físico que nos rodeia.
Os paranormais,
por sua disposição interna desconhecida, seja de
ordem neurológica, genética, psicológica ou
fisiológica, apresenta facilitações, devidas a
esses aspectos constitutivos dignos de estudos
profundos, que permitem produzir visual e
estatística e ponderavelmente o fenômeno que
ocorre no dia a dia de todos nós, sem que lhe
demos importância, já que faz parte de nossa
“lógica” natural de vida. Quando tais fenômenos
tornam-se flagrantes, aí os indivíduos dotados
devido a algumas disposições internas já
citadas, são tornados como centrais e produtores
e são denominados paranormais ou mais
modernamente, na terminologia do IPPP, agentes
psi confiáveis. Nós, seres comuns e
indiscerníveis logicamente, somos somente
agentes psi, com os fenômenos diários ocorrendo
em suposta baixa intensidade para serem
considerados, ao contrário do que ocorre com os
agentes psi confiáveis, que podem reproduzir a
fenomenologia psi de uma forma tão recorrente e
visível que ela fique intensa e mensurável,
denotando de maneira mais evidente o que está
ocorrendo sempre conosco.
No caso dos
agentes psi confiáveis, o fenômeno parece
merecer estudos. Em nosso caso, não. Mas eu
suponho ou generalizo que os fenômenos psi
acontecem com todo mundo.
Este tem sido,
eu creio, o maior problema objetivo do Dr. Paulo
Masson em entender o que eu presumo ser de
importância geral enquanto ele classifica como
uma área de estudo muito particular, um
verdadeiro “pequeno mundo”, não percebendo que
ele próprio está incluído no rol dos agentes
psi.
Porém, o Dr.
Paulo reconhece que o link mente – matéria é
algo interessante. Mas, é claro que para ele
pelo menos esse estudo faz sentido, já que ele
lida com os problemas do ser humano relativos às
relações da mente com a fisiologia e com o
comportamento, mais particularmente com as
neuroses, processos do recalque inconsciente
para Freud e com as psicoses, endógenas ou
reativas, comprometedoras das relações da alma
humana com o ambiente da realidade, ou falhas
originárias no processo de dissolução do
narcisismo primário pré EU segundo Lacan. Para
nós, parapsicólogos, tanto as neuroses quanto as
psicoses são fatos potenciais da humanidade, em
maior ou menor grau de severidade, à semelhança
dos fenômenos parapsíquicos e suas manifestações
“apenas psi” ou psi confiáveis.
Na verdade, a
tendência da parapsicologia atual é substituir o
termo inconsciente ou completá-lo, em parte, por
essa consciência geral que não nos é dada a
conhecer e a qual ignoramos ou que delas não
temos consciência (paradoxalmente esta super
consciência não se manifesta a não ser nos casos
já citados de paranormalidade dos agentes psi
confiáveis, pois, para nós, que somos apenas
agentes psi, elas nos são inconscientes como
adjetivo. Nós poderíamos dizer que uma parcela
do inconsciente freudiano é formada pela
consciência coletiva inconsciente de toda a
humanidade como um todo. Nesse caso, a proposta
é tipicamente jungueana. Mas, Freud, Dr. Paulo
Masson, Lacan e Jung, são todos “psicólogos” e
“psicologizam” suas interpretações da natureza
humana. Eu, como parapsicólogo e como
permanente vigilante da injustiça social,
procuro desenvolver a super consciência dos
homens a aspectos atômicos independentes, tal
como o faria Wittgenstein, o filósofo lógico com
seu teorema Z, de maneira a permitir o
entendimento do fenômeno de forma inequívoca e
objetiva. As conseqüências desse estudo são
várias e poderão implicar em transformações bem
radicais das sociedades e dos homens como
indivíduos físicos separados mas mantidos em
supra consciente e inseparável link social.
O LINK
PSICOCINÉTICO E A PSICOCINESE
1 – PSICONS
O Psicon é a
representação semântica ou conceitual do objeto
material e de suas expressões secundárias como
energia, quantidade de movimento e outros em que
surja a massa como elemento central. A massa em
repouso do objeto, aqui chamada m0, é
real e pode ou não estar relacionada à massa em
repouso do objeto material dependendo de como se
desenvolverá a escolha do indivíduo. O objeto
real ou material pode ser um neurônio, uma
partícula subatômica ou gen, um planeta
ou uma galáxia. Dependerá da conceituação feita
pelo agente, isto é,

O psicon em
movimento será:

,
onde se considera a velocidade da luz igual a
.
Naturalmente
é
a velocidade do Psicon, que é superior à da luz,
.
É evidente que a massa
como
expressa, não viola a teoria da relatividade de
Einstein – Lorentz. É apenas uma outra forma de
escrevê-la:
;
o termo central é a expressão geral para uma
partícula de massa
em
repouso e
a
velocidade da partícula, inferior à luz e o
último permite que
>1.
Naturalmente, não se aplicam ao fóton, que tem
v = c = 1, e possivelmente também
não ao neutrino e ao gráviton, que possuem
hipoteticamente, estes dois últimos, massa nula
e nunca estão em repouso.
Obviamente, a
energia
do
psicon (psiergia) será:
ou
simplesmente
,
ao considerar-se
.
Esta é a
energia total do Psicon e portanto iguala-se à
soma da energia cinética e da energia em
repouso. Relativisticamente tem-se
(1)
No caso,
é
a quantidade de movimento do Psicon e
sua
energia cinética.
Ao dividirmos a
expressão (1) por
ter-se
á:
(2)
Naturalmente
que
,
isto é, a relação entre a
do
Psicon e sua quantidade de movimento é maior que
a
velocidade da luz. Até aí não há novidade.
Cumpre todavia lembrarmos que ao associar-se ao
psicon uma onda associada plana, de comprimento
de onda
e
freqüência
,
pelas expressões de de Broglie chegar-se-á a:
Velocidade da onda psicônica. (h é a constante
de Planck)
Deve-se atentar
que o uso da expressão acima é a velocidade de
fase da onda plana. Não é possível associar-se
uma partícula real, do ponto de vista quântico,
a uma onda plana, pois tal onda não tem
velocidade de grupo por não formar um pacote
representativo da partícula. Deve-se recordar
que a expressão
é
maior que 1 quando se verifica a expressão (2)
aplicada à onda.
Saliente-se
ainda que uma onda plana tem
completamente
definidos, de tal maneira que fogem às relações
de incerteza de Heisenberg. Este fato aplica-se
também aos Psicons, no caso
,
de tal forma que a indefinição resultante na
localização x e o tempo t em que
se encontra o Psicon mostra que se
for
igual a
,
o que seria impossível à exceção da própria luz,
então o Psicon será o próprio vácuo conceitual
(pode parecer um jogo de palavras mas, a
experiência de vácuo relatada por indivíduos que
alcançaram o máximo de ampliação de sua
consciência coincide com o vácuo repleto dos
possíveis Psicons).
Dito de outra
forma, o vácuo estará preenchido em todos os
seus pontos por Psicons.
Ainda deve-se
lembrar que
são
todos imaginários. O leitor poderá substituir
em
(1) e verificar o mesmo resultado imaginário
para
.
2 – LINK
PSICOCINÉTICO
Admiti, à
semelhança de Compton, que o Psicon possa
“colidir” com uma partícula real, alterando-lhe
o movimento ou, simplesmente, sua velocidade.
Sendo assim, se fizermos
a
massa real de uma partícula, objeto, gen,
neurônio, planeta ou grupo local então Psicon
link partícula com velocidade
,
inicial, é igual à mesma partícula
(matematicamente poderá ser outra partícula) com
velocidade
,
final. Aplicando-se as fórmulas conhecidas:
link
ou
então
(3)
Poder-se-á verificar que, até
qualquer diferença
entre as velocidades final
resultam
inferiores a 1 no link. Isto vai significar
que, em módulo, o primeiro termo do link na
equação (3) tem módulo inferior a 1 ou que
.
Basta ao leitor fazer uma substituição numérica,
por exemplo, com
ou
0,7 simplesmente e
.
O resultado <1
indicará que o denominador do primeiro termo de
(3) é maior que 1, isto é,
.
O link consiste em adotar-se o tempo imaginário
ou, o que é o mesmo, o intervalo métrico em
módulo. Uma operação talvez irracional,
remetendo à 4ª dimensão, isto é,
.
3 –
VERIFICAÇÃO DA CONSISTÊNCIA DO PSICON PARTÍCULA PSICON ONDA NA PSICOCINESE
Utilizando e
estendendo Bohr em (3), após substituirmos os
segundos termos pela energia:
, (4)
Devemos nos
lembrar que
é
a freqüência de uma onda suposta psicônica,
plana como as ondas de deBroglie e que são
diferentes do simples hf de Bohr, onde
, que é é a transição quântica idêntica à recepção
ou absorção de um fóton por um átomo ou elétron
orbital e f a freqüência do fóton de massa nula
e velocidade da luz. Então (3) fica:
Elevando ao
quadrado vem:
ou
.
Substituindo pela velocidade de fase da onda,
vem:

Então,
extraindo a raiz:
(5)
Procedimento
semelhante pode ser feito com relação à
quantidade de movimento:

Desenvolvendo
esta expressão vem:

,
confirmando
(5).
Então, a
velocidade do Psicon é a velocidade de fase do
trem de ondas plano contínuo. Como conclusão,
pode-se afirmar que o PSICON – PARTÍCULA está
associada à função de onda plana complexa
.
Alternativamente
ou
ainda
,
em que
,
sendo r o raio do movimento periódico.
Fica claro que
a densidade de probabilidade de Born (com o
tempo),
,
onde * designa o conjugado complexo
.
Então,
(vácuo)
e que
(vácuo),
isto é, incertezas espaço- temporais de
Heisenberg
infinitas, pois
são
constantes e definidas (sem incertezas).
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Eu venho
expondo, em livros, trabalhos, papers, aulas e
conferências a teoria dos Psicons, apresentada
pela primeira vez no III Congresso Brasileiro de
Parapsicologia e Psicotrônica, realizado pela
ABRAP em Julho de 1982. (Proceedings:
“Precognição – Além da relatividade).
Depois disso,
algumas alterações foram introduzidas, mas em
“Psicons – Do Real ao Imaginário” – ABRAP –
Livro editado em 1991, novos desenvolvimentos
surgiram.
As
interpretações da teoria, entretanto
conduziram-me a pensar em muito do que expus na
introdução deste paper, principalmente com a
inestimável colaboração de Horta Santos, autor
da Teoria do Domínio Informacional, apresentada
no mesmo Congresso.
As duas teorias
complementam-se e foram desenvolvidas em longas
conversas e exposições que mantivemos, também
com Gilberto Campista Guarino e o casal Glória
Lintz Machado e Mário Amaral Machado e o então
jovem estudante de medicina Alberto Carlos da
Silva Costa, do qual nos desligamos por
incompatibilidades no relacionamento.
A teoria dos
Psicons não se presta apenas aos fugazes
fenômenos parapsicológicos mas a novas
perspectivas globais para os seres biológicos,
seja do ponto de vista material seja do ponto de
vista da justiça social e da felicidade do
Homem. A teoria permite uma compreensão
extremamente clara de que um ser humano não é
nem produto nem só número, mas tem uma
inigualável importância no concerto da
consciência universal. Ele é um holograma da
humanidade.