Parapsicologia RJ - J Borborema

MEDIUNIDADE

​BORBOREMA

MARÇO DE 2016-03-01


A capacidade da mente humana em interagir com o cosmos não está limitada aos fenômenos percebidos diretamente através dos sentidos e por meio de instrumentos ou aparelhos científico-tecnológicos. A mente também tem a capacidade de perceber fenômenos extra sensoriais, cujo mecanismo ainda não foi explicado cientificamente, como: perceber fatos ocorridos na vida particular de pessoas mortas, sobre as quais a pessoa nunca teve conhecimento, assim como  escrever, desenhar, pintar, falar, andar, gesticular, cantar, tocar instrumentos, etc.,  exatamente igual  como elas faziam.  Deve-se ressaltar que em muitos casos  estas atividades não passam de charlatanismo.
Como normalmente as pessoas não desenvolvem estas atividades  conscientemente, muita gente acredita  tratar-se de atividades mediúnicas, isto é, comunicações entre pessoas  e ”espíritos”, que se incorporam nelas para realizarem  as referidas atividades.  Esta crença é reforçada pelo desejo do ser humano de haver continuidade da vida após a morte, porém o mais provável é que os fenômenos “mediúnicos” sejam resultantes de atividades mentais da pessoa  sem qualquer interferência de agentes externos.

Todas as células têm em seu interior um programa cósmico auto evolutivo específico para gerar suas respectivas atividades.  As células realizam atividades físico-químicas que resultam na produção de substâncias e outros produtos necessários à vida.  As células cerebrais são as únicas que, além de substâncias, produzem também atividades mentais, sendo portanto o cérebro o órgão gerador da mente.

Como  a mente é gerada pelo programa cósmico das células cerebrais, ela só existe enquanto estas células existirem, não havendo portanto possibilidade de ela continuar existindo após a morte da pessoa.  Sem continuidade da mente não pode haver “espírito”, já que ele seria o responsável pelas atividades mentais. 
Os programas cósmicos das células de uma pessoa são herdados dos programas cósmicos das respectivas células de seus antepassados. Eles evoluem em função das condições do meio ambiente desde a gestação até a morte da pessoa e em função dos acontecimentos ocorridos durante a vida dela.  Assim sendo, o programa cósmico das células cerebrais de uma pessoa  possui informações dos programas cósmicos das células cerebrais de seus antepassados.
Fenômenos mediúnicos envolvendo algum antepassado de uma pessoa poderiam ser atribuídos ao acesso, inconsciente, da mente da pessoa às informações do antepassado contidas no programa cósmico de suas células. Se os fenômenos mediúnicos ocorressem somente em relação aos antepassados o mecanismo estaria esclarecido, porém este não é o caso.  Eles ocorrem também com pessoas mortas sem qualquer relação com a pessoa. 
Em vista do exposto, pode-se inferir que os fenômenos mediúnicos sejam devidos à capacidade da mente de uma pessoa de retroagir ao passado, mesmo antes de ela existir, e interagir com mentes que existiram anteriormente e não à existência de espíritos.  Esta interação seria possível se no cosmos, além do espaço-tempo, existir uma dimensão mental, onde ocorrem não só fenômenos mediúnicos como também todos os fenômenos parapsicológicos.